sexta-feira, outubro 11, 2024

‘Se for, me chama’, segundo álbum de Gabriel da Muda

Gabriel Cavalcante, ou da Muda, como é mais conhecido, lança seu 2º disco, “Se for, me chama” com  direção musical e arranjos de Maurício Carrilho e direção artística e produção musical  de Roberto Didio. O álbum reúne composições inéditas de Paulo César Pinheiro, Francis Hime, Cristovão Bastos, João Camarero, Roberto Didio, entre tantos outros
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Aos 10 anos, Gabriel da Muda tirou os seus primeiros acordes no cavaquinho, instrumento que o acompanha por toda sua trajetória musical. Aos 16, já profissional da música, Gabriel convivia com nomes importantes do cenário popular. Atualmente, aos 37 anos, o músico é uma das grandes referências de sua geração. Dia 21 de novembro, Gabriel lança seu 2º álbum –Se for, me chama, com dez composições que transitam entre gerações, trazendo nomes consagrados, como Paulo César Pinheiro, Francis Hime, Cristovão Bastos, Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Paulo Frederico, e compositores que se destacam atualmente no cenário da música brasileira, como João Camarero, Miguel Rabello, Roberto Didio, Douglas Germano.

A direção geral do disco também foi marcada por essa mistura de gerações. O experiente arranjador, compositor e violonista Mauricio Carrilho e o letrista e poeta Roberto Didio trabalharam juntos. Mauricio foi responsável pela direção musical e arranjos, Didio assinou direção artística e produção musical. A música que abre o trabalho – “Se for, me chama” – trata-se inclusive de uma parceria dos dois artistas.
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Gabriel esperou doze anos pra lançar seu segundo disco, período em que estudou o cancioneiro brasileiro e vivenciou os caminhos do samba nas rodas e nos palcos, conseguindo reunir neste trabalho diferentes estilos, temas, andamentos, formações, linguagens e estruturas melódicas. Essa imersão se une a potência de voz, a interpretação e a beleza singular de timbre do músico, resultando em uma entrega especial.

Na formação violão, baixo e bateria (dois sambas que flertam com o cancioneiro) ou nos sambas mais “enfezados” de percussão, inclusive no partido que encerra o álbum, Gabriel traz o raro domínio da combinação característica dos grandes cantores do gênero: corpo / emoção / técnica / divisão.
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Os arranjos foram escritos ao melhor estilo de Mauricio Carrilho. Sopros predominando no álbum, mudando os agrupamentos nas faixas, abusando da sonoridade perfeita na formação de naipes, lugar que só os grandes arranjadores conseguem alcançar. Contando no disco com os irmãos Aquiles e Everson Moraes, Rui Alvim, Naomi Kumamoto, JJ Simões. Tudo isso sem abrir mão da batucada. E que batucada!: Marcus Thadeu, Magno Júlio, Bidu Campeche.

As levadas de violão e cavaquinho chamam bastante atenção, sintonia de quem toca junto desde muito cedo. Luciana Rabello e Ana Rabello assinam os cavaquinhos do disco – com exceção da faixa 10, a única do disco que tem dois cavacos ao mesmo tempo: Gabriel e Ana.

Vale destacar também a formação com Cristovão Bastos (piano), Jorge Helder (baixo) e Mauricio (violão) estruturando base em dois sambas. O bandolinista Marcílio Lopes (do conjunto Água de Moringa) foi solista na faixa 6. O pianista Fernando Leitzke tocou na faixa 8. O violonista (7 cordas) Julião Rabello tocou na faixa 10. Mauricio Carrilho tocou violão em todas as faixas.

revistaprosaversoearte.com - 'Se for, me chama', segundo álbum de Gabriel da Muda
Capa do álbum ‘Se for, me chama’ • Gabriel Cavalcante • Selo Independente distribuição United Masters • 2023

DISCO ‘SE FOR, ME CHAMA’ • Gabriel Cavalcante • Selo Independente / distribuição United Masters • 2023
Música / compositores
1. Se for, me chama (Mauricio Carrilho e Roberto Didio)
2. Capas e copos (João Camarero e Roberto Didio)
3. Um lugar (Cristovão Bastos e Roberto Didio)
4. Samba que nada tem (Miguel Rabello e Roberto Didio)
5. Questão de tempo (Paulo César Pinheiro)
6. Lição de Brasil (Mauricio Carrilho e Paulo César Pinheiro)
7. Pedaços (Francis Hime e Paulo César Pinheiro)
8. Em cada mágoa existe um samba (Luciana Rabello e Paulo César Pinheiro)
9. Fogaréu (Paulo César Pinheiro e Paulo Frederico)
10. Tem cada coisa (Douglas Germano e Roberto Didio)
– ficha técnica –
Gabriel Cavalcante (voz – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10; cavaquinho – fx. 10) | Mauricio Carrilho (violão – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) | Ana Rabello (cavaquinho – fx. 1, 2, 8, 10) | Luciana Rabello (cavaquinho – fx. 3, 4, 5, 6) | Rui Alvim (sax alto – fx. 1; clarinete – fx. 2, 3, 7) | Joaquim Simões (trompete – fx. 1) | Aquiles Moraes (flugel – fx. 1, 5, 7) | Everson Moraes (trombone – fx. 1, 7, 9; trombones – fx. 4) | Naomi Kumamoto (flauta – fx. 3, 8) | Marcus Thadeu (pandeiro – fx. 1, 2, 4, 6, 7, 8, 9, 10; agogô – fx. 1, 4, 9; cuíca – fx. 2, 10; tamborim – fx. 2, 4, 5, 6, 7, 9, 10; xequerê – fx. 3; soroban – fx. 5; caixa – fx. 5, 9; repique de anel – fx. 10; congas – fx. 10) | Magno Júlio (surdo – fx. 1, 2, 4, 6, 7, 9, 10; ganzá – fx. 1, 7, 8, 10; tamborim – fx. 2, 9, 10; reco-reco – fx. 9) | Bidu campeche (tamborim – fx. 1, 2, 9, 10; reco-reco – fx. 7; ganzá – fx. 9; caixa – fx. 9; prato-e-faca – fx. 10) | Cristovão Bastos (piano – fx. 3, 4, 5) | Fernando Leitzke (piano – fx. 8) | Jorge Helder (contrabaixo – fx. 3, 5) | Marcílio Lopes (bandolim ‘solo’ – fx. 6) | Julião Pinheiro (violão de 7 – fx. 10) | Coro (fx. 9, 10): Alice Passos, Ana Rabello, Mauricio Carrilho e Miguel Rabello || Direção musical e arranjos: Mauricio Carrilho | Direção artística e produção musical: Roberto Didio | Produção executiva: Gabriel da Muda e Júlia Menna Barreto | Técnico de som e mixagem: William Luna | Assistente de gravação: Raphael Castro | Gravado no estúdio Cia. dos Técnicos – Rio de Janeiro/RJ | Masterização: Alexandre Hang | Projeto gráfico: Juliana Colussi | Foto de capa e divulgação: Tyno Cruz | Assessoria de imprensa: Lupa Comunicação | Selo: Independente | Distribuição: United Masters | Formato: CD / Digital | Ano: 2023 | Lançamento: 21 de novembro | #* Ouça o álbum: clique aqui
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SHOW
Gabriel Cavalcante – lançamento do álbum ‘Se for, me chama’
14 e 15 dezembro 2023 | Quinta e Sexta | 19h
Casa do Choro – Auditório Radamés Gnattali
Endereço: Rua da Carioca, 38, centro – Rio de Janeiro/RJ
Ingressos à venda no sympla: clique aqui. e aqui

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Gabriel da Muda – foto © Tyno Cruz

Sobre Gabriel da Muda
Com voz grave e potente, Gabriel da Muda faz parte de dois importantíssimos movimentos populares de samba na cidade do Rio de Janeiro: Moacyr Luz e Samba do Trabalhador, roda realizada às segundas-feiras, criada pelo compositor Moacyr Luz e que conta com a participação de Gabriel desde as primeiras horas, em maio de 2005, e o Samba da Ouvidor, roda quinzenal idealizada por Gabriel em 2007, que se tornou uma das maiores referências do samba na cidade.
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Durante 7 anos, o músico foi intérprete do famoso bloco ‘Nem Muda, Nem Sai de Cima’ fundado pelo poeta e letrista Aldir Blanc e pelo Moacyr Luz na Tijuca, bairro onde nasceu e se criou. Atualmente ele é o intérprete oficial do Bloco Corre Atrás, que leva milhares de pessoas ao desfile no Leblon nas segundas de carnaval.
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Em 2011, Gabriel lançou seu primeiro CD, o comentado e bem criticado “O Que Vai Ficar Pelo Salão”. Um trabalho de músicas inéditas dele próprio, Renato Martins e Moacyr Luz para letras de do poeta Roberto Didio.
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Gabriel passou por Florianópolis, Maceió, São Paulo, Belo Horizonte, São Luís do Maranhão, Manaus, Natal, Fortaleza, Brasília, Belém, Rio Branco, Porto Alegre, entre outras, onde foi o convidado especial dos projetos de samba mais importantes das respectivas cidades.
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Em 2013, acompanhado de Moacyr Luz, fez uma turnê pela França, passando por Lyon, Grenoble e Paris. Ainda em 2013, organizou uma homenagem a Paulo Cesar Pinheiro, um dos maiores compositores da história da Música Brasileira. O show contou com a participação do próprio homenageado.
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Em 2015, foi arranjador e diretor musical do terceiro CD do Samba do Trabalhador, recém lançado. Por conta deste trabalho, o grupo ganhou, em 2016, o 27º Prêmio da Música Brasileira, como melhor grupo de samba. Também em 2016, foi arranjador e um dos diretores musicais do novo DVD e CD do Samba do Trabalhador com Moacyr Luz, lançado pela gravadora Universal Music. O CD e o DVD foram premiados na categoria Samba, no 29º Prêmio da Música Brasileira. Começou, em junho de 2016, um novo projeto chamado A Roda, onde, ao lado de Monarco, comandou uma grande roda de samba no Circo Voador acompanhado do Samba da Ouvidor.
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Em 2017 e 2019 Gabriel foi convidado especial no Projeto Clube do Samba Uruguay, o principal movimento de samba do país. Em 2018 e 2019 foi convidado do Projeto Viva o Samba Lisboa, um dos principais movimentos de samba em Portugal. Em 2019, Gabriel faz três apresentações ao lado dos mais importantes movimentos de samba da Argentina, sendo duas em Buenos Aires e uma em La Plata, e foi o convidado especial de Paulo César Pinheiro nos shows de comemoração dos seus 70 anos, no Rio e em São Paulo. Neste mesmo ano entrou em estúdio para gravar o quinto CD do Samba do Trabalhador, que foi indicado ao Grammy Latino.
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Em 2020 se apresentou pela primeira vez em Nova Iorque. Foram três shows. Em todos eles, Gabriel foi acompanhado pelo pianista Fernando Leitzke e pelo violonista João Camarero.
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Em 2023 está lançando o seu segundo álbum solo, “Se for, me chama”, com arranjos e direção musical de Maurício Carrilho e produção artística de Roberto Didio.
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>> Gabriel Cavalcante na rede: Instagram | Facebook | Spotify
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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