ARTES

Dona Izabel – artesã do Vale do Jequitinhonha

A arte do barro, uma das maiores riquezas da nossa cultura

“O artesanato é a poesia das mãos…
Revela a alma daquele que sente…
Expressa os seus anseios e virtudes…
Sendo o fruto do trabalho do homem, é sagrado (…)”
– Eloisa Rocia

Dona Izabel – Boneca – Mulher moringa com pássaro. Acervo do Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro, RJ.
Dona Izabel – Boneca – noiva (cerâmica policromada). Acervo Galeria Estacão, São Paulo, SP. foto: João Liberato.
Dona Izabel – Boneca – mulher com pássaro na mão (cerâmica policromada). Acervo Galeria Estacão, São Paulo, SP. foto: João Liberato.
Dona Izabel – Boneca – mulher (cerâmica policromada). Acervo Galeria Estacão, São Paulo, SP. foto: João Liberato.
Dona Izabel – Mulher amamentando (detalhe)
Dona Izabel – Mulher amamentando

Dona Izabel no seu ateliê

Dona Izabel no ateliê (foto:…)
Dona Izabel e suas bonecas

DOCUMENTÁRIO
Documentário: Izabel Mendes da Cunha – Mãos-moldes
Ensaio sobre o método criativo de Dona Izabel Mendes da Cunha, uma das mais importantes artistas do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Reflexões e pensamentos de uma mulher que, através da imaginação e do domínio das mãos, influenciou toda uma geração de ceramistas.
Direção: Hilton Lacerda
Duração: 10min20s
Ano de produção: 2009.

BREVE BIOGRAFIA

Izabel Mendes da Cunha, conhecida como Dona Izabel, nasceu no dia 3 de agosto de 1924 na zona rural do município de Itinga, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Ainda pequena, aprendeu a trabalhar o barro com sua mãe. Criava potes, travessas e figuras de presépio, que seguiu produzindo mesmo depois que se casou e se mudou para Santana do Araçuaí, na mesma região.

Dona Izabel – artesã

Seus trabalhos sempre foram considerados muito bem feitos e, por isso, ela conseguia boas vendas nas feiras das cidades vizinhas. Com a chegada de colecionadores, instituições governamentais e lojistas, Dona Izabel foi estimulada a retomar temas de sua infância, criando bonecas originais que foram prontamente valorizadas. Suas noivas, feitas em grandes formatos, marcaram definitivamente seu estilo. A disponibilidade de Dona Izabel para ensinar fez com que ela se tornasse mestre no ofício. Entre seus principais discípulos, ganharam destaque Placidina, já falecida, seu genro João Pereira, suas filhas, Glória e Maria, e seu filho Amadeu. Os quase trinta integrantes da Associação de Santana do Araçuaí aprenderam direta ou indiretamente com ela, alçando a cidade à condição de importante pólo produtor. Sua arte influenciou grande parte da produção do Vale do Jequitinhonha. Em 2004, Izabel foi premiada pela UNESCO, e no ano seguinte recebeu a Ordem ao Mérito Cultural do governo federal, em reconhecimento a sua ação em favor da cultura brasileira, em 2015 recebe a Medalha da Inconfidência, homenagem (in memorian) do governo do Estado de Minas Gerais aos mineiros de destaque que contribuíram com o desenvolvimento do estado e do país. Faleceu em 30 de outubro de 2014.
:: Fonte: Museu Casa do Pontal

Revista Prosa Verso e Arte

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