A MELANCOLIA E A ESPERANÇA DAS ÚLTIMAS SONATAS DE BRAHMS
Sonata de Bach completa o programa para viola e piano.
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A Sala Cecilia Meireles, um espaço FUNARJ, apresenta na série Música de Câmara o duo formado por Horácio Schaefer, viola e Sergio Melardi, piano. No programa, a Sonata Op. 120 nº 1, em fá menor e a Sonata Op. 120 nº 2, em Mi bemol Maior de Johhanes Brahms, e completando o programa, a Sonata em Sol menor de Johann Sebastian Bach.
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A Temporada 2023 da Sala Cecília Meireles tem o patrocínio da Petrobras e do Instituto Vale.
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O pianista Sergio Melardi lembra que as sonatas de Brahms foram compostas no fim da vida do compositor, e trazem ao mesmo tempo um sentimento de melancolia, mas “também uma mensagem de luz e esperança, como se dissesse que sua vida foi linda e valeu a pena vivê-la”. O violista Horacio Schaefer pontua que originalmente as duas sonatas foram escritas para clarinete e piano, “porém Brahms percebeu que não havia bons instrumentistas de sopro à sua época, e para aumentar sua divulgação, compôs também para violino e viola.” Quanto à Sonata de Bach, os dois são unânimes – “escritas originalmente para viola da gamba e cravo, nós adoramos esta sonata pela sua expressividade; e ela se encaixa perfeitamente com as obras de Brahms.”
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Série: Música de Câmara
Viola: Horácio Schaefer
Piano: Sergio Melardi
Local: Sala Cecília Meireles (Largo da Lapa, 47 – centro, Rio de Janeiro/RJ).
Data: 14 de abril – sexta-feira, 19h
Ingressos: R$ 40,00
* Compra de ingressos pela internet: acessar o link.
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PROGRAMA 
Johann Sebastian Bach (1685–1750)
Sonata em Sol menor, BWV 1029
I. Vivace
II. Adagio
III. Allegro
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Johannes Brahms (1833- 897)
Sonata Op. 120 nº 1, em fá menor
I. Allegro Appassionato
II. Andante um poco Adagio
III. Allegretto Grazioso
IV. Vivace
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Intervalo
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Johannes Brahms (1833-1897)
Sonata Op. 120 nº 2, em Mi bemol Maior
I. Allegro Amabile
II. Allegro Appassionato
III. Andante com moto
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Horácio Schaefer iniciou seus estudos de violino em São Paulo e após ganhar vários concursos no Brasil, aperfeiçoou-se na Alemanha com Max Rostal, onde terminou seu mestrado já como violista. Foi membro da Orquestra de Câmara Deutche Bach Solisten, spalla das violas da Orquestra Filarmônica de Essen e violista do Quarteto Ravel-Köln, tendo realizado diversas turnês e concertos pela Europa. Durante três anos, tocou na internacionalmente reconhecida Orquestra da Rádio de Frankfurt e no sexteto de cordas daquela orquestra.
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Em música de câmara, recebeu orientação de renomados quartetos, como o Melos Quartet de Stuttgart e o Amadeus de Londres. Foi professor colaborador do Departamento de Música da USP e professor concursado da Escola de Belas Artes da Universidade Estadual do Paraná.
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Membro fundador do Quarteto Amazonia, com o qual ganhou diversos prêmios como o Grammy Latino, APCA e Carlos Gomes. De 1995 a 1998 foi o spalla das violas da Orquestra Sinfonica do Teatro Municipal de São Paulo, a convite do Maestro Isaak Karabtschewski. Desde 1998 é o spalla das violas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

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Sérgio Melardi fez seus primeiros estudos com Gilberto Tinetti e, desde jovem, desenvolveu intensa atividade artística, tendo se apresentado em diversas cidades brasileiras. Atuou tanto como recitalista, camerista e como solista das orquestras mais importantes do País.
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Em 1974, ganhou o 1º Prêmio do I Concurso Nacional de Piano de Porto Alegre. Em 1977, transferiu-se para Londres, onde prosseguiu seus estudos com Maria Curcio e Noretta Conci-Leech. Em Londres, além de realizar apresentações pela Europa, principalmente na Inglaterra, na Itália e na Espanha, desenvolveu também uma intensa carreira pedagógica.
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Em 1979, foi finalista do Concurso Internacional de Jaén, na Espanha e fez seu primeiro recital em Londres. Em 1981, foi selecionado para a BBC de Londres para uma série de gravações e concertos. Em 1982, realizou novas gravações para a BBC e para a RAI italiana. Ainda em 1982, foi finalista do Concurso Internacional de Piano “F. Busoni”, em Bolzano.
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De volta ao Brasil, tem-se apresentado nas mais importantes salas de concertos do país como camerista e como solista de importantes orquestras brasileiras, sob regência de Giovanni Andreoli, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky e Diogo Pacheco, entre outros.
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Convidado a participar do Festival Internacional de Nafplion na Grécia, em 1996 retornou a se apresentar nesse importante Festival em 2008. Melardi segue com sua brilhante carreira – fortemente marcada pela influência de Jacques Klein – de solista e camerista, atuando nas mais conceituadas temporadas de concertos do Brasil, tendo ao lado parceiros de música de câmara como Régis Pasquier, Michel Lethiec, Henry Schuman, Pablo de León, Cármelo de los Santos, Claudio Cruz e Horacio Schaefer, com quem tem tocado regularmente desde 2020.







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