O filho do homem
O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo.
Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
O dia o fez branco
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.
Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.
.
(Natal de 1947)
– Vinicius de Moraes, no livro “Antologia poética”. São Paulo: Companhia das Letras, 1002.
Vinicius de Moraes – a última entrevista
Vinicius de Moraes – entrevistado por Clarice Lispector
Vinicius de Moraes – o poeta não tem fim
Vinicius de Moraes – o poetinha
Vinicius de Moraes (poemas e crônicas neste site)
Conheça os 88 artistas indicados nas mais de 30 categorias do Prêmio que, neste ano,…
O bandolinista Vitor Casagrande, músico da cena instrumental paulista, lança o seu primeiro álbum solo.…
Osesp segue com Fischer e Tom Borrow, artista em residência de 2024, e coro da…
Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) por Victória Ribeiro | Estadão As pessoas que…
por Santiago Vanegas | BBC News Mundo Em Oppenheimer, o filme do diretor Christopher Nolan…
por BBC Brasil . É bem sabido que o pintor holandês Vincent van Gogh tinha…