Não se sabe se Esopo existiu ou não, mas o certo é que as histórias atribuídas a esse suposto escravo grego vêm sendo contadas e recontadas há mais de 2500 anos. Sempre curtas e bem-humoradas, as fábulas de Esopo trazem reflexões sobre comportamentos e costumes cotidianos dos homens. Os protagonistas quase sempre são animais(mas também de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Ás fábulas de Esopo partem da cultura popular, seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens.

A intenção das fábulas é mostrar como os seres humanos podem agir, para o bem ou para o mal. Vamos a fábula de hoje, boa leitura!!!

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Fábulas de Esopo – O Galo de Briga e a Águia

O Galo de Briga e a Águia

(uma fábula de Esopo)

Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o outro para correr e é o vencedor.

O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro.

O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força.

Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.

O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.

Moral da História: O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio.

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Esopo, by Diego Velázquez (Museo del Prado, 1639-41)

Segundo a lenda, já que não se sabe ao certo se ele de fato existiu. Quem foi Esopo?
Esopo teria nascido na Grécia, no século VI antes de Cristo. Até hoje, o seu nome e a história de sua vida são cercadas de mistério. Dizem as lendas que era corcunda, gago e dono de uma rara inteligência. Contava histórias simples e divertidas, com lições moralistas, utilizando os mais variados animais como personagens. Uma biografia egípcia do século I conta que Esopo foi vendido como escravo a um filósofo que, admirado com o seu talento, lhe concedeu a liberdade. Há diversas lendas sobre sua morte. Uma das mais trágicas diz que o fabulista grego teria sido lançado de um precipício, em Delfos, acusado de sacrilégio.

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Congresso internacional do medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
— Carlos Drummond de Andrade, no livro ‘Sentimento do Mundo’ (1940)/ Antologia Poética’. Cia das Letras, 2012.







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