O grande flautista, clarinetista e saxofonista Copinha (Nicolino Cópia) será homenageado no Auditório Radamés Gnattali da Casa do Choro. No show criado pelo flautista Edu Neves, serão tocadas composições autorais presentes no LP Amando Sempre – além de vários clássicos gravados por ele como Chega de Saudade (Tom e Vinícius), Sarau pra Radamés (Paulinho da Viola), Cuidado Colega (Pixinguinha) entre outros.
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Nesta homenagem prestada ao querido mestre (de quem Edu Neves foi aluno ainda na juventude) um time de craques estará reunido: Edu Neves flauta, Adriano Souza piano, Rogério Caetano violão de 7 cordas, Ana Rabello cavaquinho, Gabriel Loddo pandeiro e bateria. Participação especial: Bruno Patrício sax tenor.

 

Casa do Choro

SERVIÇO
Show em homenagem a Copinha 
com Edu Neves – flauta; Adriano Souza – piano; Bruno Patrício – sax tenor; Ana Rabello – cavaco; Rogério Caetano – 7 cordas – violão 7 cordas e Gabriel Lodo – pandeiro e bateria / Participação especial: Bruno Patrício sax tenor
Data: 6 de junho (2024)
Horário: 19h
Casa do Choro – Auditório Radamés Gnattali
Endereço: Rua da Carioca, 38 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)
Capacidade: 100 lugares
Ingressosclique aqui.
Casa do Choro:  Site / Instagram

 

Copinha – Copia, Nicolino – flautista, clarinetista, saxofonista, compositor

Copinha – Cópia, Nicolino (3.3.1910 – 4.3.1984)
Clarinetista ∙ Compositor ∙ Flautista ∙ Maestro ∙ Saxofonista

Filho de italianos, Nicolino Cópia tinha oito irmãos, todos ligados à música. Com Vicente, o mais velho deles, Copinha iniciou seus estudos musicais aos 7 anos. Aos 9 já tocava flauta, logo acompanhando Américo Jacomino, o Canhoto, em serenatas. Embora tocasse também clarinete e saxofone, aprendidos no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, a flauta sempre foi seu instrumento principal, presente desde o início de sua carreira profissional, em 1934, quando começa a tocar para filmes mudos em cinemas de São Paulo, e se apresenta em programas de rádio ao lado dos violonistas Garoto e Armandinho.
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Em seguida integra a Orquestra Irmãos Cópia, a Orquestra Juca e Seus Rapazes e, mais adiante, a Orquestra Colúmbia, liderada pelo maestro Gaó. Com Gaó, ainda na década de 1930, muda-se para o Rio de Janeiro, onde toca com Pixinguinha, no Dancing Eldorado, e em vários teatros, boates e cassinos.
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Na década de 1940 Copinha cria a primeira orquestra sob sua liderança, chamada inicialmente de Cópia e Sua Orquestra. Com ela, ao longo de quase 20 anos, torna-se um dos principais acompanhantes de cantores como Sílvio Caldas, Francisco Alves, Mário Reis, Carmen Miranda, Cyro Monteiro, Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Orlando Silva e Dorival Caymmi. Em 1958, recebe em sua orquestra o pianista acreano João Donato e um jovem Hermeto Pascoal – que, mais tarde, homenagearia o colega com a composição Salve, Copinha. A partir da década de 1960, tornou-se um dos mais requisitados músicos de estúdio e de shows do Brasil, também viajando pelo mundo, tocando ou regendo orquestras. Mais tarde, com a diminuição de espaço para as grandes formações orquestrais, Copinha foi aos poucos desmontando a sua, indo trabalhar nas orquestras da TV Tupi e da Rede Globo até, por fim, abandonar esse tipo de formação que o novo cenário musical inviabilizara.
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A partir da década de 1960, são raros os cantores e compositores do primeiro time da música brasileira que não tenham contado em seus discos e shows com a originalidade de Copinha, tanto como instrumentista quanto como arranjador: Paulinho da Viola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Cartola e Ivan Lins são apenas alguns deles. É de Copinha a flauta que se ouve na introdução de Chega de Saudade, que abre o primeiro LP homônimo de João Gilberto, assim como em Canção do Amor Demais, de Elizete Cardoso. Copinha tem cerca de 20 composições, canções românticas e seresteiras, a maioria gravada em seus próprios discos. (fonte: Casa do Choro)

 

Revista Prosa Verso e Arte

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