O EIN – Encontros Instrumentais chega à terceira edição com Ana Karina Sebastião (baixo, teclado e piano), Jackie Cunha (percussão) e Rogério Martins (clarone e percussão). EP já está disponível nas plataformas e Sesc digital.
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Em sua terceira edição, o EIN – Encontros Instrumentais, projeto idealizado pelo Selo Sesc que estreou em 2025, traz em julho três novos artistas que toparam encarar o desafio de, em estúdio, comporem e gravarem 3 músicas em apenas 4 dias. O objetivo do EIN é a criação coletiva entre artistas da cena instrumental brasileira que não tenham trabalhado juntos anteriormente.
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Para esta nova edição foram convidadas Ana Karina Sebastião, no baixo, teclado e piano, Jackie Cunha, na percussão e Rogério Martins, no clarone e percussão. O EP chegou em 25/7 às principais plataformas de áudio e no Sesc Digital.
“Eu queria muito trabalhar texturas nesse projeto, então eu trouxe desde graves, alfaia e surdos, até timbal, atabaconga, que é uma mistura de atabaque com conga, xequerê e efeitos. Sempre procurei trabalhar com efeitos”, conta Jackie. Segundo a musicista, esses efeitos podem ser descritos como sugestões de sons conhecidos por meio de instrumentos como sinos, pratos e carrilhão, como por exemplo efeitos de sons de chuva, de pássaros e de floresta.
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A formação da vez mostrou-se bastante desafiadora: duas pessoas dominando a percussão e uma nas cordas. Na visão dos três esse poderia ser um fator que dificultaria a criação.
“Geralmente, o mais usual é se ter instrumentos harmônicos, melódicos, percussivos. E aqui a gente tinha bastante percussão, até porque eu considero o baixo um instrumento muito percussivo. Então eu procurei suprir esses espaços tocando no baixo ou xilofone e complementando às vezes com o teclado”, explica Ana.
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Como nas edições anteriores, o desafio à princípio sempre gera receios quanto ao resultado final. A dúvida se de fato é possível criar em conjunto com desconhecidos em tão pouco tempo é uma das inseguranças que surgem. Felizmente a resposta tem sido sim.
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“Que estranheza, que risco juntar três pessoas que não se conhecem, pode dar muito errado. Mas na real você está apostando no risco e a arte em geral precisa dessas apostas porque fomenta coisas possíveis e novas”, reflete Rogério.
“Num dia a gente já tinha música pronta. No final da tarde já tava gravada com todos os detalhes que a gente precisava. Qual a chance?”, completa Jackie, surpresa.
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O resultado foram as faixas ‘Convergência’, ‘Maré de Sentimentos’ e ‘Pepe’. A unidade que as faixas apresentam enquanto EP demonstram o entrosamento criativo que se desenvolveu entre os músicos.
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“A gente começou a tocar e eu falei da morte do Pepe Mujica, então eu entrei com esse espírito e eu achei bonito porque a gente construiu essa música de um jeito, digamos, mais de ascensão, de um certo brilho. Um lugar de homenagem”, comenta Rogério sobre a faixa Pepe, como exemplo dessa sintonia.
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“Ficou uma identidade dos três. Não é uma coisa isolada, não é a minha cara ou a deles”, completa Ana.

SOBRE O TRIO
ANA KARINA SEBASTIÃO
A trajetória musical de Ana Karina Sebastião é marcada pela fusão entre o apoio familiar e uma sólida formação acadêmica. Iniciou seus estudos musicais aos 9 anos com aulas de violão e teclado, e logo se apaixonou pelo contrabaixo elétrico. Aos 11 anos, ingressou na antiga ULM — hoje EMESP Tom Jobim — onde estudou por oito anos, consolidando sua base técnica e artística. Posteriormente, graduou-se em Licenciatura em Música, ampliando ainda mais seu domínio teórico. Versátil, Ana Karina colaborou com grandes nomes da música brasileira no programa “Conversa com Bial”, da Rede Globo, e participou de apresentações ao lado de artistas nacionais e internacionais em festivais como Rock in Rio e Khyotophonie (Japão). Além dos palcos, também atua na produção musical por meio da Raw Audio e desenvolve uma carreira solo que transita com fluidez entre jazz, R&B, samba, funk, soul e MPB. Em 2019, tornou-se a primeira mulher brasileira a lançar uma linha de baixo signature, o Black Gold, em parceria com a Tagima. Seu talento foi reconhecido com dois álbuns vencedores do Latin Grammy: “Indigo Borboleta Anil” (Liniker, 2022) e “Em Nome da Estrela” (Xenia França, 2023).
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JACKIE CUNHA
Jackie Cunha é percussionista, baterista e diretora musical – com uma trajetória marcada por versatilidade e potência artística. Iniciou sua carreira na ONG Meninos do Morumbi, onde foi aluna e professora, e se especializou em percussão popular pelo Conservatório Souza Lima e pela Escola do Auditório do Ibirapuera. Ao longo dos anos, acumulou apresentações em palcos de destaque como a Sala São Paulo, Auditório do Ibirapuera, Casa Natura Musical e Festivais como WME, Coala, entre outros. Já tocou com grandes nomes da música brasileira como Elza Soares, Criolo, Gaby Amarantos, Liniker e Maria Gadú, Johnny Hooker, Mc Tha, Amanda Magalhães, Mel Lisboa e o musical “Rita Lee: Uma Autobiografia Musical”, além de atuar em projetos como Aerogroove. Jackie também assinou a direção musical do pocket show de lançamento da autobiografia de Martinho da Vila. Com experiência internacional em lugares como Dubai e Chicago, Jackie Cunha é um dos grandes nomes da percussão brasileira contemporânea.
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ROGÉRIO MARTINS
Integrante da banda Hurtmold.

EP ‘EIN – Encontros Instrumentais 3’ • Ana Karina Sebastião, Jackie Cunha e Rogério Martins • Selo Sesc • 2025
Canções / compositores
1. Convergência
2. Maré de sentimentos
3. Pepe
– ficha técnica –
Ana Karina Sebastião – baixo, piano, teclado e voz | Jackie Cunha – percussão e voz | Rogério Martins – caixa do divino, clarone, conga, vibrafone, apetrechos de percussão e voz | Gravado por Alexandre Fontanetti e Pedro Luz, no Space Blues Studio em maio/2025 | Produzido por Amanda Moraes e Luciano Valério – Artéria Produções | Projeto idealizado pelo Selo Sesc | Curadoria: Alexandre Amaral e Raul Lorenzeti | Projeto gráfico: Alexandre Amaral | Comunicação digital: Renan A breu, Bárbara Carneiro e Sofia Calabria | Fotos: Matheus José Maria | Minidoc – Direção e roteiro: Rosielle Machado e Sheila Budney | Produção audiovisual: Taís Barato (coordenação), Michael Anielewicz, Rosielle Machado e Sheila Budney | Direção de fotografia: Flávio Vogtmannsberger | Iluminação: Angelo Gaglioni Júnior (Juninho) | Som direto: Walsmek Silva | Edição e finalização: Flávio Santana | Clipe – Direção: Guesc | Assessoria de imprensa: Selo Sesc | Selo: Selo Sesc | Formato: 25 de julho | Ano: 2025 | Lançamento: Sofia Calabria Y Carnero | ♪Ouça o EP: clique aqui | ♩Sesc Digital
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> Siga: @selosesc | @sescsp

SOBRE O EIN – ENCONTROS INSTRUMENTAIS
Lançado em 2025, o EIN – Encontros Instrumentais é um projeto idealizado pelo Selo Sesc que tem como premissa a criação coletiva entre nomes em destaque da cena instrumental brasileira. A cada edição, a proposta é reunir musicistas de maneira inédita para comporem e gravarem três novas faixas em quatro dias consecutivos em estúdio. O desafio consiste em concretizar essa criação em diálogo, unindo as experiências, referências e criatividades musicais das pessoas envolvidas, dando vida à potência do encontro artístico.
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Na primeira edição, o EIN reuniu as musicistas Jadsa, Lua Bernardo, Saskia e Xeina Barros. Já a segunda edição trouxe Debora Gurgel, Vanessa Ferreira e Vera Figueiredo.
SOBRE O SELO SESC
Desde 2004 o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc. Saiba mais em: sescsp.org.br/selosesc
SOBRE O SESC SÃO PAULO
Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 42 unidades operacionais com atendimento presencial e 4 unidades operacionais com atendimento não presencial no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações em sescsp.org.br
Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / EP digital.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske