Pianolatria, álbum de Cristian Budu, apresenta a diversidade da música para piano no Brasil. Composições de Guarnieri, Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Clarisse Leite, e outros ganham interpretação contemporânea do pianista
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Pianolatria é o título de um artigo de Mário de Andrade publicado pouco depois da Semana de Arte Moderna de 1922. Nele, o intelectual criticava a centralidade do piano na vida musical paulistana.

Foi refletindo sobre a descentralização do instrumento na cultura brasileira e a prática decolonial presente na produção cultural durante a Semana de Arte Moderna que Cristian Budu, pianista da nova geração da música de concerto, encontrou as motivações para o repertório do álbum “Pianolatria”.
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Lançamento do Selo Sesc, o disco duplo chega às plataformas de música no dia 5 de abril e às lojas Sesc no dia 11 de abril, data na qual também ocorreu o recital de lançamento no Sesc Vila Mariana.

“A palavra-título é resgatada em um sentido ampliado e positivo, reverberando as muitas dimensões sociais e estilísticas do piano no Brasil. O piano de Cristian Budu dá conta, em escala esplêndida, de todas as refrações dessa pianolatria expandida”, comenta José Miguel Wisnik em texto no encarte do álbum*.
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Produzido por Ulrich Schneider, Budu contou também com o suporte e pesquisa do pianista Alexandre Dias, do Instituto Piano Brasileiro (IPB), na escolha do repertório. Na seleção, comparecem peças consagradas do repertório brasileiro com outras menos conhecidas, como obras de Clarisse Leite, compositora hoje praticamente apagada da historiografia musical do país.

Cristian Budu trabalha o repertório do piano sem delimitar fronteiras entre o erudito e o popular e promove uma interação entre diferentes linguagens: à música soma-se uma série de 4 vídeos, sendo 3 videoclipes (“Cabaré”, “Evoca” e “Exu”) e um minidocumentário. A ideia foi do próprio pianista, que observou a importância de atrair faixas mais amplas de público por meio de experiências audiovisuais.
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O CD vem acompanhado de encarte ilustrado e com textos de Camila Fresca, Claudia Toni, José Miguel Wisnik e do próprio Cristian Budu. Os desenhos do artista gráfico Chico Shiko retratam todos os compositores presentes no repertório do disco.

A leitura e a escuta são um verdadeiro mergulho na vida e obra destes compositores que partilhavam do ideário de brasilidade modernista. São eles:
Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Nininha Velloso Guerra (1895-1921), Carlos Gomes (1836-1896), Henrique Alves de Mesquita (1830-1906), Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Ernesto Nazareth (1863-1934), Brasílio Itiberê II (1896-1967), Luciano Gallet (1893-1931), Oscar Lorenzo Fernández (1897-1948), Fructuoso Vianna (1896-1976), Francisco Mignone (1897-1986), Radamés Gnattali (1906-1988), Camargo Guarnieri (1907-1993), Cacilda Borges Barbosa (1914-2010), Clarisse Leite (1917-2003) e Tia Amélia (1897-1983).
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Esses autores, dos séculos XIX e XX, contribuíram para a criação de um repertório nacional diverso, influenciados tanto pelas tradições e sonoridades europeias quanto as afro-brasileiras, formando uma identidade musical própria.
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“Ao selecionar o repertório, eu quis trazer à tona outras coisas – músicas que eu mesmo não conhecia e fui descobrindo. Muito mais do que apenas fazer um trabalho ‘diferente’, foi a vontade de me sentir parte do Brasil, à minha maneira, que motivou as escolhas do disco”, conta Cristian.

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Cristian Budu – © Kate L Photography

*Pianólatras, pianistas e pianeiros – por José Miguel Wisnik
Foi Mário de Andrade quem pôs em circulação, logo depois da Semana de Arte Moderna, o termo pianolatria. Significando um culto exagerado ao piano, o neologismo aplicava-se à vida musical paulistana, na qual se praticava obsessiva e quase que exclusivamente o piano, em detrimento de outros instrumentos. Diferentemente do Rio de Janeiro, onde havia uma “tradição de violino, de violoncelo, de canto”, onde se ouviam periodicamente “as manifestações mais elevadas” da música de câmera e sinfônica, a pauliceia recém-modernista carregava ainda provincianamente, segundo Mário, o “preconceito pianístico”, o gosto viciado no repertório romântico e o prejuízo sentimentalista na interpretação, mostrando-se despreparada para a prática e a assimilação da música do século XX. “Há uma fada perniciosa na cidade que a cada infante dá como primeiro presente um piano e como único destino tocar valsas de Chopin!…”(1)
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Essa limitação do gosto médio convivia, no entanto, com outra marca notável: São Paulo era possivelmente àquela altura a mais importante escola pianística da América do Sul, formada antes de tudo pelo eminente professor Luigi Chiaffarelli, italiano e brasileiro de adoção, que teve entre suas alunas e alunos a extraordinária Guiomar Novaes (que veio a ser uma das mais admiráveis pianistas do século XX), a excelente Antonietta Rudge, além do grande pianista e professor João de Sousa Lima (que eu tive o privilégio de conhecer de muito perto como seu aluno). A cidade gozava, pois, das vantagens e desvantagens da síndrome, precisando urgentemente, na visão de Mário, ampliar o arco de suas práticas educativas, de seus repertórios, de seu alcance instrumental camerístico e sinfônico, para estar em condições de sustentar uma verdadeira tradição e assimilar a modernidade musical. Nela, “o progresso implacável do piano” tornara-se, paradoxalmente, “uma das causas do [seu] atraso”.

Vale lembrar que, em contexto europeu, o piano foi o principal anunciador da cultura musical de massas numa época em que ainda não existiam os meios de comunicação e gravação como o rádio e o gramofone. Remontando pelo menos a 1830, quando Liszt e Chopin começam a conquistar Paris, o piano passa a ser um item quase obrigatório no mobiliário das camadas médias e altas, e o comércio de partituras um ramo florescente. O instrumento tornava-se o protagonista da cena musical de concerto e ao mesmo tempo o veículo de sua irradiação pública e doméstica. Uma pesquisa de 1845, realizada na França, estimava em 60 mil o número de pianos em Paris, estipulando em 100 mil o número de pessoas capazes de tocar de alguma maneira o instrumento, numa população total de 1 milhão.(2) O piano ganhava a Europa do século XIX e Paris também cultivava a pianolatria à sua maneira, com a diferença fundamental de que esta estava longe de ser exclusiva e excludente, como a da São Paulo criticada por Mário de Andrade.
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No Brasil, os pianos importados da França, da Inglaterra e dos Estados Unidos começaram a chegar a partir de 1850, não por acaso depois do fim oficial do tráfico escravista no país. O instrumento musical se transformava, segundo Luiz Felipe de Alencastro, no “objeto de desejo dos lares patriarcais”, constituindo-se na “mercadoria-fetiche dessa fase econômica e cultural”, metonímia da civilização europeia, índice de status e ornamento do lar senhorial. Segundo Alencastro, o advento do piano na vida brasileira era um dos indicadores materiais de que o Império iria dançar agora “ao som de outras músicas”, sob “a maioridade efetiva de d. Pedro II”, o fim da “vexaminosa pirataria brasileira” e o “prenúncio de outros tempos” em que “novos europeus” imigrantes viriam “ocidentalizar de vez o país”. Ao comerciar esse “produto caro, prestigioso e de larga demanda”, diz ainda o historiador, os importadores estavam drenando para a Europa e os Estados Unidos “uma parte da renda local antes reservada ao comércio com a África, ao trato negreiro”.(3)

Esta última observação restringe-se, à primeira vista, à economia, envolvendo a transferência internacional de capitais, que abria uma nova e suposta fase de superação das estruturas coloniais no país. Mas ela nos faz pensar numa intrigante associação de fundo entre o piano e o negro escravizado na vida brasileira, pois, nivelados ambos como mercadorias, aquele aparece de certo modo no lugar deste, sem apagá-lo. Mais especificamente, se a importação de pianos se associa, segundo Alencastro, à promessa de disfarçar imaginariamente o estigma da escravização no Brasil, é o escravizado que está aí para carregá-lo pelas ruas, pelas fazendas longínquas, entoando às vezes seus impressionantes “cantos de carregar piano”, como aqueles que a Missão de Pesquisas Folclóricas idealizada por Mário de Andrade encontrou ainda no Recife nos anos 1930.
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Essa relação diz muito sobre a pianolatria à moda brasileira. Pois o pianismo brasileiro oscila, num movimento sem margens, entre o trato europeu e a compulsão a trazer matrizes africanas para o teclado. A inclinação comparece fortemente como busca intencional de estilização nos compositores e intérpretes eruditos, mas acontece como virada fluente e direta, na outra ponta, nos afrodescendentes de origem ou de assimilação que transformam por dentro os toques, as inflexões e a linguagem do instrumento. No conjunto, é um piano de muitas faces: o piano das casas, o piano de salão, o piano de concerto e o piano dançante, apropriado criativamente pelos pianeiros populares. O instrumento tem, assim, uma presença espiral na vida brasileira: participa da esfera da vida privada, dos pequenos círculos de convivência social, dos saraus, dos assustados e dos arrasta-pés, das récitas semieruditas, dos recitais e dos concertos, sem uma fixação nítida de fronteiras. Tal permeabilidade gera, por sua vez, uma oscilante interpenetração de estilos e gêneros, pendulando muitas vezes entre o culto e o semiculto, o popular e o erudito. Tudo aquilo que Machado de Assis captou, de maneira penetrante, no conto “Um homem célebre”, em que um compositor de polcas de sucesso busca em Haydn, Mozart e Beethoven a inspiração para compor música de concerto e o que lhe saem, no entanto, são requintados e geniais maxixes pianísticos.(4)

Dimensões de tudo isso encontram-se nos dois CDs que compõem o projeto Pianolatria – caleidoscópica e fascinante amostragem do piano brasileiro. A palavra-título é resgatada agora em um sentido ampliado e positivo, reverberando as muitas dimensões sociais e estilísticas do piano no Brasil: o dilema de Luciano Gallet entre a exploração de sonoridades não lineares, própria do século XX europeu, e a “rapsódia sertaneja”; o pianismo afrancesado e muito sensível de Nininha Velloso Guerra, que surpreendeu Darius Milhaud no Rio de Janeiro, ainda nos anos 1910, como uma excelente e atualizada intérprete da música moderna; as aproximações virtuosísticas à afrobrasilidade em Fructuoso Vianna, que participou como camerista da Semana de 1922; a maravilhosa pianeira Tia Amélia, cheia de truques e negaceios, limpidamente transcrita por Hércules Gomes; Radamés Gnattali no vértice entre o piano de concerto, a música popular brasileira e as inflexões harmônicas do jazz; o pianismo perolado de Clarisse Leite e o lirismo de Cacilda Borges Barbosa; os rasgos de bravura virtuosística com que Brasílio Itiberê procura enfrentar as entidades rituais do candomblé – Xangô, Ogum e Exu; sem falar na quadrilha-polca de Henrique Alves de Mesquita, em Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth (com direito a uma reinterpretação fantasiosa e saborosa de “Apanhei-te cavaquinho”), mais Villa-Lobos, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. E ainda a curiosa transcrição da “Alvorada” de Carlos Gomes e a instigante transcrição, por Sousa Lima, do “Batuque” de Lorenzo Fernandez, que me trouxe de volta a sensação proustiana e quase tátil das aulas do meu professor.
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O piano de Cristian Budu dá conta, em escala esplêndida, de todas as refrações dessa pianolatria expandida.
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(1). Mário de Andrade, “Pianolatria”, revista Klaxon n. 1,maio 1922, p. 8.
(2). Cf. Benita Eisler, Les funérailles de Chopin, Paris, Éditions Autrement Littératures, , 2004, p. 49.
(3). Luiz Felipe de Alencastro, “Vida privada e ordem privada no Império”. Em História da vida privada no Brasil – Império: A corte e a modernidade nacional (colação dirigida por Fernando A. Novais; volume organizado por Luiz Felipe de Alencastro). São Paulo, Companhia das Letras, 1997, p. 46-47.
(4). Ver José Miguel Wisnik, “Machado maxixe – O caso Pestana”, Sem receita – Ensaios e canções, São Paulo, Publifolha, 2004, p. 15-105.

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Capa do álbum ‘Pianolatria’ • Cristian Budu • Selo Sesc • 2024

DISCO ‘PIANOLATRIA’ • Cristian Budu • Selo Sesc • 2024
Músicas / compositores:
CD 1
1. Alvorada, da ópera “lo schiavo” (Carlos Gomes)
2. Rapsódia sertaneja (Luciano Gallet)
3. Hieróglifo (Luciano Gallet)
4. Com as crianças / Carícias da mamãe (Nininha Velloso Guerra)
5. Com as bonecas, em dança (Nininha Velloso Guerra)
6. Histórias da babá (Nininha Velloso Guerra)
7. Soldados de chumbo (Nininha Velloso Guerra)
8. Boa noite, mamãe (Nininha Velloso Guerra)
9. O que pensa de tudo isso a criança grande (Nininha Velloso Guerra)
10. Homenagem a sinhô (Fructuoso Vianna)
11. Dança de negros (Fructuoso Vianna)
12. Cheio de truque (Tia Amélia)
13. Seresteiro (Tia Amélia)
14. Jaboatão (Tia Amélia)
15. Canhoto “choro” (Radamés Gnatalli)
16. Porque “dos estudos em ritmo de choro” (Radamés Gnatalli)
17. Impressões seresteiras (Heitor Villa-Lobos)
18. Festa no sertão (Heitor Villa-Lobos)
CD 2
1. Lendas… e nada mais / O curupira pula na brasa (Clarisse Leite)
2. A nuvem e o lago (Clarisse Leite)
3. O duende louco (Clarisse Leite)
4. Impressões de Viena (Clarisse Leite)
5. Quadrilha heroica (Henrique Alves de Mesquita)
6. Estudo brasileiro nº 1 (Cacilda Borges Barbosa)
7. Estudo brasileiro nº 2 (Cacilda Borges Barbosa)
8. Gaúcho / “o corta-jaca” (Chiquinha Gonzaga)
9. Cananéa (Chiquinha Gonzaga)
10. Valsa de esquina nº 5 (Francisco Mignone)
11. Valsa de esquina nº 12 (Francisco Mignone)
12. Suíte litúrgica negra – Xangô (Brasílio Itiberê II)
13. Ogum (Brasílio Itiberê II)
14. O protetor exu (Brasílio Itiberê II)
15. Ponteio nº 30 (Camargo Guarnieri)
16. Ponteio nº 40 (Camargo Guarnieri)
17. Ponteio nº 45 (Camargo Guarnieri)
18. Ponteio nº 49 (Camargo Guarnieri)
19. Batuque (Lorenzo Fernández)
20. Confidências (Ernesto Nazareth)
21. Escorregando (Ernesto Nazareth)
22. Apanhei-te, cavaquinho! (Ernesto Nazareth)
– ficha técnica –
Cristian Budu (piano ‘solo’) | Idealização e direção musical: Cristian Budu | Direção de produção: Eduardo Toni Raele | Produção: Toni & Associados | Coordenação editorial e pesquisa: Camila Fresca | Textos: Camila Fresca, Cristian Budu, Claudia Toni, José Miguel Wisnik | Consultoria: Claudia Toni | Consultoria de repertório: Alexandre Dias | Produção musical, edição, mixagem e masterização: Ulrich Schneider | Assessoria técnica: George Boyd | Produção em Curitiba: Marcela Carvalho Campos | Tradução: Thomas Mathewson | Gravação: Estúdio Trilhas Urbanas, Curitiba – Paraná | Cessão de partituras: Instituto Piano Brasileiro – IPB | Vídeos: Fernando Fonini | Projeto gráfico: Nirtu e Alexandre Calderero | Ilustrações: Chico Shiko / @chicoshiko | Assessoria de imprensa: Lalis Meireles / Comunicação Selo Sesc | Selo: Sesc | Distribuição: Tratore | Formato: CD Digital e Físico | Ano: 2024 | Lançamento: 5 de abril | ♪Ouça o álbum: Plataformas de Streaming /e Sesc Digital | ♩Assista videoclipes e minidocumentário no Youtube do Selo Sesc
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>> Siga: @cristian_budu_pianista @selosesc | @sescsp | @instituto_piano_brasileiro

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Cristian Budu – ‘Pianolatria’

CRISTIAN BUDU
Citado pela revista inglesa Gramophone como “um pianista impactantemente original, com visão e maturidade musicais comparáveis a colegas com o dobro de sua idade”, Cristian Budu é uma referência na nova geração da música de concerto. Vencedor do Concurso Internacional Clara Haskil, na Suíça, também recebeu prêmios como Instrumentista do Ano (APCA), Melhor Concerto do Ano (Guia da Folha) e entrou em duas listas “Top 10” da Gramophone, que incluem nomes como Martha Argerich, Arthur Rubinstein, Dinu Lipatti, Murray Perahia e Maria João Pires. Ainda na Gramophone, entrou para a lista “Top 50 Greatest Recordings”, seleta compilação de gravações antológicas de Chopin. A mais honrosa citação que Cristian já recebeu veio de Nelson Freire que, em sua última entrevista, disse acreditar que ele viria a ser seu sucessor. Cristian crê numa concepção humanista da música e teve influências de linguagens diversas, graças ao incentivo e visão cultivados por sua mãe. Filho de romenos, cresceu em Diadema e na infância fez parte do Coral ECO, dirigido pelo maestro Teruo Yoshida, com o qual participou de diversas montagens operísticas. Na adolescência foi aluno do Instituto Brincante, onde teve aulas de danças e ritmos brasileiros e fez parcerias com Antonio Nóbrega, artista que o inspirou e influenciou profundamente. Promotor fervoroso da música de câmara, Cristian já colaborou em duo com Renaud Capuçon, Antonio Meneses e com músicos da Filarmônica de Berlim. Tocou recitais solo em grandes festivais europeus como Verbier e La Roque D’Antheron, e em salas como Ateneu de Bucareste, Liederhalle (Stuttgart), KKL (Lucerna) e Jordan Hall (Boston). Já solou à frente de orquestras como Sinfônica de Lucerna, Suisse Romande, Orquestra de Câmara de Lausanne e Sinfônica da Rádio de Stuttgart. Cristian iniciou seus estudos musicais com Marta Ziller e os estudos pianísticos com Elsa Klebanowski, pupila de Wilhelm Kempff. Foi ainda aluno de Marina Brandão, Cláudio Tegg (Fundação das Artes de São Caetano do Sul), Eduardo Monteiro (USP) e Wha-Kyung Byun no New England Conservatory (Boston), onde também teve aulas com Russell Sherman, uma de suas principais referências. Nos EUA, hospedou os saraus que iniciaram o projeto Groupmuse, plataforma inovadora de música clássica conhecida internacionalmente. No Brasil é criador do projeto de saraus Pianosofia, cujo intuito é levar a música clássica a ambientes informais e caseiros, promovendo artistas locais e a música de câmara. Além disso, colabora com projetos sociais como Projeto Integração e Liga Solidária, na qual é conselheiro voluntário da Unidade Casulo.

SOBRE O SELO SESC
Desde 2004 o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc. Saiba mais no site.

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SOBRE O SESC SÃO PAULO
Com 77 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 42 unidades operacionais com atendimento presencial e 4 unidades operacionais com atendimento não presencial no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.
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Série: Discografia da Música Brasileira / Música instrumental / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske







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