quinta-feira, dezembro 5, 2024

Saber rezar é um remédio para o corpo e a alma – Claudia Martins Durán

As pesquisas sobre a oração e seu impacto na vida das pessoas acontece há muito tempo no meio científico. Em 1872, Sir Francis Galton, primo de Charles Darwin, pesquisou estatisticamente a eficácia da oração, ele perguntava diretamente: “as orações são respondidas ou não?”. Ele comparou os óbitos entre os que rezavam e os que não rezavam e curiosamente, os padres viviam menos.

No século 20, no final da década de 80, médicos americanos começaram a pesquisar o efeito da oração em pacientes cardíacos no San Francisco Medical Care Center, na pesquisa um grupo recebeu orações e o outro grupo não, Os médicos acompanharam 29 indicadores de saúde nos dois grupos e percebeu que em seis deles os pacientes que haviam recebido orações apresentaram melhores resultados.

Um outro estudo da Harvard Medical School apontou que pacientes com cirurgias cardíacas de alto risco eram avisados previamente sobre as suas chances de vida. Isto resultou na queda dos índices de mortalidade, de 33% para 3%, pois os pacientes acabavam sendo encorajados a rezar como nunca havia rezado antes.

Os médicos garantem que mesmo com toda a evolução da medicina, a fé e a auto-confiança são elementos fundamentais para ajudar na eficácia do tratamento.

“ A ciência sem a religião é manca e a religião sem a ciência é cega” e
“Sem Deus, o universo não é explicável satisfatoriamente.”

Estas duas frases de Albert Einstein instigam até hoje a discussão se a ciência e a espiritualidade podem caminhar lado a lado. E os novos cientistas do século 21 garantem que podem!

Em 1946 nas ruínas de Qumran no Mar Morto foram descobertos manuscritos bíblicos dos séculos 200 A.C até o século 1 D.C, que após pesquisas científicas reconhecidas, os manuscritos foram atribuídos ao profeta Isaías e aos Essênios da antiga Cisjordânia.

Este “Código Isaías” representa um modo de orar que fora esquecido há centenas de anos, e que tem sido estudado pela física quântica. A lógica da física quântica está fortemente alicerçada na Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que vivemos num universo onde tudo é energia e no trabalho do físico alemão Max Planck cuja pesquisa garante que a energia pulsa e vibra numa determinada frequência e o universo funciona como um espelho respondendo à vibração predominante.

Estes estudos sugerem que esta maneira de rezar tem o poder de curar nosso corpo e de trazer a paz duradoura.

Segundo os Essênios, cada oração já foi atendida. Esta “resposta da divindade” já existe no presente só que num estado “dormente”.

Para os físicos quânticos, um dos fatores primordiais é termos consciência das vibrações que transmitimos para o universo. Rezar em estado de carência, medo, preocupação e angústia confirma o ditado: “quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”.

Gregg Braden, cientista que estuda o Código Isaías há 27 anos, explica que para a física quântica passado, presente, futuro são interligados, o tempo é circular e não linear em que o passado, o presente e futuro estão separados. Segundo ele, este conceito nos ajuda a viver no momento presente e a nos conectar com o movimento da vida.

Autor do best seller, “A Matriz Divina”, Braden revela também a estreita ligação do Código Isaías com o nosso DNA. De acordo com suas pesquisas, as células se reconhecem através da energia, segundo Braden, o DNA humano exerce efeito direto na matéria que constitui o mundo e a emoção humana exerce efeito direto sobre o DNA. Experimentos revelaram que os efeitos das emoções transcendem os limites espaciais e temporais.

Nesta mesma linha de pesquisa, o médico indiano Deepak Chopra diz que nossas células têm consciência: “somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar a nossa biologia pelo o que nós pensamos e sentimos. As nossas células estão constantemente bisbilhotando os nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico e apaixonar-se, ao contrário, pode fortalecê-lo. A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida.

Suas células estão processando constantemente as experiências, dizendo que são boas ou ruins, e metabolizando de acordo com os seus pontos de vista pessoais.

Quem está deprimido por causa da perda de um emprego, projeta tristeza por toda parte do corpo.

A produção de neurotransmissores por parte do cérebro se reduz, o nível de hormônios baixa, o ciclo do sono é interrompido, os receptores neuropeptídios na superfície externa da pele se tornam distorcidos. As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e propensas a formar grumos e até as suas lágrimas têm traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Todo esse perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição.

Isso reforça a necessidade de usar a nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.

Você quer saber como está o seu corpo hoje? Lembre-se do que vc pensou ontem. Você quer saber como estará o seu corpo amanhã? Olhe os seus pensamentos hoje. Ou você abre o seu coração ou um cardiologista o fará pra você.”

Mente quieta, coração tranquilo… oração atendida

A nossa mente é um fluxo de energia formado pelos pensamentos, sentimentos e emoções. É através dela que nos relacionamos com nós mesmos, com os outros; é na mente que ficam guardadas as memórias, sonhos, desejos, esperanças, assim como os medos, culpas e arrependimentos.

Nosso cérebro é um órgão que funciona como um aparelho de rádio que capta e transmite as informações da nossa mente, que é composta pelo consciente e subconsciente.

A nossa mente consciente calcada no racional e no livre arbítrio e que opera no nível da informação é responsável de 3 a 5% da nossa mente, enquanto que a mente subconsciente representa a camada mais profunda, a qual não temos consciência, é o “porão” onde guardamos as nossas experiências de vida, ela representa representa 95 a 97% da nossa mente e é a responsável pelas escolhas que fazemos, mesmo que depois usemos a mente consciente para justificar.

Praticantes e estudiosos de meditação afirmam que nossos pensamentos e emoções formam um campo vibracional de sentimentos que vai desde a culpa, raiva, medo até alegria, amor e iluminação. E o controle deste campo vibracional passa pela respiração, que é uma espécie de ponte que une o corpo com a mente. Ela nos ajuda a sair do domínio do subconsciente, quando este é alimentado por um estilo de vida estressante e preocupações com o futuro.

Respirar de maneira calma nos leva a experimentar a lei do vácuo, quer dizer, nos esvaziarmos dos sentimentos atrelados aos fatos ocorridos e da ansiedade. Desta forma entramos num estado meditativo em que alinhamos o pensamento ou a intenção com o sentimento e a emoção, este alinhamento potencializa a oração. Contudo, de nada adiantará se sua oração estiver presa à expectativa do resultado.

Orar sem expectativas em um estado de presença no agora nos ajuda a acessar a inteligência natural do nosso corpo: a auto-sugestão e a capacidade de autocura.

* Claudia Martins Durán, colunista da Revista Prosa, Verso e Arte.

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