Rita Benneditto apresenta seu novo show Samba de Benneditto em uma única apresentação, dia 13 de abril de 2024, na Casa Natura Musical. O show mostra o olhar da artista para o samba e as muitas formas com que ele é executado em diferentes regiões do país.
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Ao longo de 26 anos de carreira, o samba sempre esteve presente na vida e na voz de Rita Benneditto. E há muito que a cantora queria dedicar um projeto ao gênero, mais exatamente algo que mostrasse seu olhar personalíssimo sobre ele. Aos pouquinhos, foi maturando o seu “Samba de Benneditto”. Nesse balaio misturam-se 16 sambas, entre clássicos, autorais e inéditos, alguns confiados a ela por autores consagrados ou da mesma geração da intérprete. E os muitos fãs da cantora já estão conhecendo esse novo trabalho. A estreia nacional do show aconteceu em fevereiro de 2020 na cidade de São Paulo, seguiu para o Rio de Janeiro, mas precisou ser suspenso em decorrência da pandemia que assolou o mundo. Com a abertura das atividades, retornou aos palcos em dezembro de 2021 e segue encantando plateias de todo o país.

Discriminado durante décadas, o samba ficou inicialmente segregado aos terreiros e, tempos depois, às patuscadas de fundo de quintal. No caso do Maranhão, os terreiros são os do Tambor da Mata, cuja maior representatividade está na região do Codó. Essas manifestações também ficaram conhecidas como Terecô. Esse lado da sua ancestralidade estará presente no show. Rita ganhou de Nei Lopes “Terecô”, samba em parceria com Everson Pessoa, no qual Lopes, grande conhecedor da história do gênero, faz na letra referências à Encantaria maranhense.
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Da sua terra natal, Rita passeia por outros estados do Nordeste. De Pernambuco, mais exatamente da Ilha do Massangano, ela saúda o tradicional Samba de Véio. Da Bahia, reverencia dois representantes importantes ligados ao coco e ao samba de roda: Bule-Bule (nome artístico de Antônio Ribeiro da Conceição) e Roque Ferreira. O primeiro faz-se presente com “Que moça bonita é aquela?” e, o segundo, com “A filha do macumbeiro” (Roque Ferreira e Dunga).

Em se tratando de Rita Benneditto, ela tem um olho naquilo que fundamenta e outro na modernidade – e seu bem-sucedido projeto “Tecnomacumba” é um exemplo vivo disso. E nesse “Samba de Benneditto” referências e atualidade dão-se as mãos em roda (de samba). A cantora ao mesmo tempo em que resgata pérolas como “Rainha do mar”, de Dorival Caymmi, abre alas à produção de gerações mais recentes, caso de Zeca Pagodinho, de cujo repertório revisita “Minha fé” (Murilão da Boca do Mato), incluindo compositores da mesma geração da cantora, como João Martins, de quem canta “Lendas da mata” e “Banho de Folhas” de Luedji Luna. E permite-se também (re)encontrar faixas da própria discografia, caso de “Caramba, Galileu da Galiléia” (Jorge Ben Jor), gravada por ela no seu terceiro CD, “Comigo”, e “O que é dela é meu” (Arlindo Cruz, Rogê, Marcelinho Moreira), gravada por ela em “Encanto”.
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Ainda na seara das reverências/referências, Rita joga luz sobre o legado de duas mulheres, artistas que conseguiram se impor num meio que, durante anos, foi majoritariamente masculino. São elas Jovelina Pérola Negra e Dona Ivone Lara. Do repertório da primeira, Rita pescou duas pérolas: “Água de cachoeira” e “Sorriso aberto”. De Dona Ivone, escolheu “Axé de Ianga (Pai Maior)”. E já que o assunto é a força autoral feminina, Rita nos brinda com três de suas composições. Além da supracitada “Benneditto seja”, o roteiro traz a também inédita “Rainha do Candomblé” e “7Marias”, single lançado em 2018.

A banda que acompanha a artista nos breques, bossas e partidos altos do samba, é formada por Fred Ferreira (guitarra, violão, viola caipira e vocais e direção musical), Michel Ramos (cavaco e violão 7 cordas), Beto Lemos (rabeca, baixo e vocais), Ronaldo Silva (percussão e vocais), Macaco Branco (percussão e vocais) e Pedrinho Ferreira (percussão).
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Rita Benneditto é hoje um dos principais nomes da nossa música. É uma das cantoras mais representativas do Brasil, e uma artista que tem na sua arte mais do que uma vocação; um sacerdócio. Vê-la em cena é mais do que uma experiência pautada pela diversão ou pelo entretenimento. É um ato de comunhão. E se alguém ainda dúvida disso é só cair no samba… de Benneditto. Benneditto, seja!

revistaprosaversoearte.com - Rita Benneditto em Samba de Benneditto na Casa Natura Musical
Rita Benneditto_Foto Thais Gallar

SERVIÇO
Rita Benneditto | Samba de Benneditto
Data: 13 de abril – sábado
Abertura da casa: 20h30
Show – 22h
Classificação: 16 anos
Casa Natura Musical – Rua Artur de Azevedo 2134 – Pinheiros, São Paulo
INGRESSOS – Valores
Pista em pé – Lote 1: R$ 80,00/R$ 40,00 (meia-entrada)
Pista em pé – Lote 2: R$ 90,00/R$ 45,00 (meia-entrada)
Pista em pé – Lote 3: R$ 100,00/R$ 50,00 (meia-entrada)
Pista em pé – Lote 4: R$ 120,00/R$ 60,00 (meia-entrada)
Bistrô Superior: R$ 150,00/R$ 75,00 (meia-entrada)
Camarote: R$ 200,00/R$ 100,00 (meia-entrada)
bileto.sympla.com.br/meia-entrada
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FICHA TÉCNICA
Concepção e direção geral: Rita Benneditto | Coordenação geral e direção de produção: Elza Ribeiro | Direção musical: Fred Ferreira e Rita Benneditto | Músicos: Rita Benneditto (voz) | Fred Ferreira (guitarra, violão, viola caipira e vocais) | Michel Ramos (cavaco e violão 7 cordas) | Beto Lemos (rabeca, baixo e vocais) | Ronaldo Silva (percussão e vocais) | Macaco Branco (percussão e vocais) | Pedrinho Ferreira (percussão) | Produção executiva: Alessa Fernandes e Júlio Luz | Iluminação: Daniela Sanchez | Técnico de som: Pedro Nuccini (PA) | Roadie: Gugu Ferreira | Cabelo e maquiagem: Luiz Martins | Mídia social: LB Digital e Conteúdo | Loja BennedittoSeja: Valéria Kozlowski | Apoio: Casa Rysco, Isaac, Joe in Jack Eyewear e Três Reis de Umbanda | Realização: Elza Ribeiro Produções
>> Siga Rita Benneditto: @ritabenneditto | http://youtube.com/ritabenneditto

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