Sexto lançamento do projeto MPB Ano Zero já está no ar! Desta vez, o músico e compositor Caxtrinho mergulha no samba irreverente de Almir Guineto e Luverci para apresentar sua versão de “Máfia da Miçanga”
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Com violão percussivo, tamborim e muita malícia carioca, Caxtrinho escancara, com humor e crítica social, a “máfia” dos falsos guias, a fé vendida, o amor cobrado… e a tanga que sobra no final.

“Cria de Bel, como entrega já o título de um samba seu, o que logo de cara nos impressionou em Caxtrinho foi a relação do instrumento com sua composição, o que nos remeteu a um Itamar Assumpção: o violão canhoto estaria para a música de @caxtrinbxd como o baixo elétrico para o Nego Dito, a Baixada e sua Belford Roxo como as pequenas cidades e periferias de São Paulo e Paraná. O mais novo e surpreendente artista do MPB Ano Zero, contudo, veio de outro cantor, compositor e instrumentista cujos instrumentos – sobretudo o banjo de braço curto e afinação de cavaquinho – são indissociáveis de sua música, Almir Guineto. Hoje, em aparição raríssima na Zona Sul, Caxtrinho baixa no Humaitá direto de Bel para mostrar as composições de seu primeiro e impressionante álbum, sua poética tão atual e particular, e este pagode tão atual “Máfia da miçanga”, que ele desencavou do Guineto e da história secreta da MPB. É a chance de ver o cara logo em seus primeiros passos, olha a chance…” – Hugo Sukman

Caxtrinho compartilha sua visão sobre a importância de usar a geografia e a arte como ferramentas para construir a identidade de um lugar. Ele ressalta como a Baixada Fluminense, por exemplo, muitas vezes não é abordada de forma positiva, e como a música e o conhecimento podem mudar essa narrativa, incentivando o orgulho e o pertencimento.
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“A gente não tem aulas de história nas escolas da Baixada falando sobre a Baixada. E eu tô estudando geografia nesse sentido de usar a matéria geografia como uma ferramenta de identidade para as gerações futuras. Assim como a minha música também, sabe? Tem poucas músicas falando positivamente de Belford Roxo. E eu acho que a arte, a escola, tudo tinha que ser usado como uma ferramenta de identidade pra gente gostar de onde a gente mora, e se não gostar, pelo menos conhecer o lugar onde a gente mora.”

Idealizado e produzido por Hugo Sukman, Augusto Martins e Marcelo Cabanas, o MPB Ano Zero celebra a Música Popular Brasileira. Uma viagem por clássicos da nossa canção, revisitados por novas vozes e formações. Projeto apadrinhado pelo lendário grupo MPB4, apresentará semanalmente um single nas plataformas digitais, às terças-feiras, e um show, às quintas, no Espaço Cultural Sergio Porto, em Humaitá/Rio de Janeiro, até novembro de 2025. A produção inclui ainda 21 minidocumentários de 5 minutos, mais 21 clipes, sobre cada artista participante, que revisita grandes clássicos da MPB com novas vozes e formações. Os lançamentos já realizados são ‘Bendegó‘ (Cláudia Castelo Branco e Renato Frazão), com MPB4; A Estrada e o Violeiro (Sidney Miller), com Claudia Castelo Branco e Luisa Lacerda; ‘Beradêro’ (Chico César), com Luiza Borges e Thiago Thiago de Mello; ‘Se Eu Quiser Falar com Deus’ (Gilberto Gil), com Ilessi; ‘Construção’ (Chico Buarque), com Augusto Ordine e Mauro Aguiar.

O Artista – Caxtrinho
Caxtrinho, cria de Belford Roxo, é um músico da Baixada Fluminense e um dos principais artistas contemporâneos da região. Seu primeiro disco — Queda Livre (QTV Selo, 2024), foi indicado ao prêmio APCA, ganhador do prêmio Baixada em Cena e elogiado por diferentes meios de comunicação nacionais e internacionais. Com uma musicalidade inventiva e provocadora, guiada por seu violão percussivo, Caxtrinho apresenta suas composições com teor pop cheias de suingue e críticas sociais.

O quinto show do projeto MPB Ano Zero, será com Caxtrinho e banda: Eduardo Manso (guitarra e synths), Vovobebe (guitarra e synths), João Luiz (baixo) e Kalebe (bateria), quinta-feira, 7 de agosto 2025, às 19h30, no Espaço Cultural Sérgio Porto (Rua Humaitá, 163 – Humaitá, Rio de Janeiro/RJ). No repertório canções do seu disco ‘Queda Livre’ e o lançamento do single ‘Máfia da miçanga’, samba de Almir Guineto e Luverci. Os ingressos para a apresentação estão à venda por R$ 60,00.

Capa do Single ‘Máfia da Miçanga’ •  Caxtrinho • Projeto MPB Ano Zero • Selo Biscoito Fino • 2025

Single ‘Máfia da Miçanga’ •  Caxtrinho • Projeto MPB Ano Zero • Selo Biscoito Fino • 2025
Canção / compositor
1. Máfia da Miçanga (Almir Guineto e Luverci)
– ficha técnica –
Violão e voz: Caxtrinho | Tamborim: Renato Godoy | Palmas: Augusto Martins e Caxtrinho | Gravação e masterização: Lucas Ariel no estúdio Biscoito Fino (Rio de Janeiro/RJ) | Mixagem: Renato Godoy | Curadoria: Hugo Sukman | Direção musical: Augusto Martins | Direção de produção: Marcelo Cabanas | Vídeo – Captação de imagem e som: Fabiano Soares / Boneco de Pano Produções | Edição e colorização: Leonardo Miranda | Identidade visual/arte de capa: Gê Pinto/GPS | Realização: Boa Nova, Cabanas Produções e Vale da Tijuca | Assessoria de imprensa do projeto: Braulio Neto | Assessoria jurídica: Carolina Valles | Estagiária de produção: Vitória Almeida || Gravadora Biscoito Fino – Direção geral: Kati Almeida Braga; Direção artística: Olívia Hime; Direção executiva: Jorge Lopes; Gerente de A&R: Rafael Freire; Gerente de marketing: Marcela Maia;  Assessoria de imprensa BF: Belinha Almendra / Coringa Comunicação || Selo: Biscoito Fino | Formato: Single digital | Ano: 2025 | Lançamento: 5 de agosto | ♪Ouça o singleclique aqui | ♩Assista o mini-docclique aqui / Clip making ofclique aqui 

Letra
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Máfia da Miçanga
(Almir Guineto e Luverci)
.
Au revoir, mon amie
Vou cair fora
Aqui só tem Ali Babá
.
Olê, olê, olê, olá
Até banco de memória vai pra glória, Saravá
Olê, olê, olê, olá
Até banco de memória vai pra glória, Saravá
.
Um Caboclo, pai, 171
Fez riqueza sem milagre algum
Se o espírito da lei baixar
No terreiro ninguém vai sobrar
.
Embarquei numa furada, companheiro
De um certo Pai-de-Santo milongueiro
No despacho gastei uma nota preta
Pra ganhar uma ninfeta
E a Máfia da Miçanga me deixou sem a caxanga
Sem a moça e de tanga
.
Au revoir, mon amie
Vou cair fora
Aqui só tem Ali Babá
.
Au revoir, mon amie
Vou cair fora
Aqui só tem Ali Babá
.
Olê, olê, olê, olá
Até banco de memória vai pra glória, Saravá
.
Olê, olê, olê, olá
Até banco de memória vai pra glória, Saravá
.
Um Caboclo, pai, 171
Fez riqueza sem milagre algum
Se o espírito da lei baixar
No terreiro ninguém vai sobrar
.
Embarquei numa furada, companheiro
De um certo Pai-de-Santo milongueiro
No despacho gastei uma nota preta
Pra ganhar uma ninfeta
E a Máfia da Miçanga me deixou sem a caxanga
Sem a moça e de tanga
—**—

> Siga: @mpbanozero | @cabanasproducoes | @biscoitofino

 

Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção /  Single.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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