quinta-feira, maio 22, 2025

Pesquisa da UFSCar avalia efeito da eletroestimulação na terapia de pessoas com insuficiência cardíaca

Técnica pode aumentar ganho de força e resistência muscular nesses pacientes
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Uma pesquisa de pós-doutorado em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como objetivo verificar os efeitos da eletroestimulação de corpo inteiro na capacidade funcional, composição corporal, fluxo sanguíneo e oxigenação muscular periférica de pacientes com insuficiência cardíaca. A expectativa é que a técnica possa ser uma estratégia terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca, considerando as especificações específicas que muitos apresentam. O estudo convida para a realização de testes e sessões de eletroestimulação de corpo inteiro, que são indolores e não invasivos. A terapia aconteceu em 15 sessões, presenciais e gratuitas, na UFSCar.

O projeto é conduzido pela pós-doutoranda Patricia Camargo, sob supervisão de Audrey Borghi-Silva, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e as avaliações e sessões de treinamento acontecem no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da Instituição.
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De acordo com a pesquisadora, o ganho de força, resistência e massa muscular, convencionalmente, é realizado por meio de exercícios físicos supervisionados, como caminhada, exercícios resistidos e treino aeróbico. “Esses métodos são eficazes, mas nem sempre viáveis para todos os pacientes pois, conforme a gravidade da doença, muitos apresentam grande debilidade física e aeróbica, com fadiga intensa, dispneia (falta de ar), limitações articulares e/ou outras comorbidades que dificultam o exercício convencional”, explica Camargo.

Diante disso, ela aponta que a grande vantagem da tecnologia é a possibilidade de se trabalhar vários músculos de forma ativa, segura e simultânea, principalmente em pacientes com maior limitações clínicas e maior dificuldade para realizar exercícios ocasionais. A pesquisadora acredita que, ao estimular simultaneamente grandes grupos musculares por meio de impulsos elétricos controlados, mesmo com baixos níveis de esforço voluntário, a eletroestimulação de corpo inteiro pode promover ganhos significativos na força e resistência muscular, no fluxo sanguíneo e na oxigenação muscular, com consequente melhora na tolerância ao exercício. “Se for comprovada sua eficácia, a eletroestimulação de corpo inteiro poderá ser incluída nos programas de reabilitação cardiovascular, especialmente para aqueles pacientes de maior gravidade e limitação funcional”, relata sobre a expectativa do estudo, que é pioneiro ao avaliar os efeitos dessa abordagem nos diferentes aspectos de pacientes com insuficiência cardíaca.

Pesquisa
Para realizar o projeto são convidados homens e mulheres, acima de 50 anos, com diagnóstico de insuficiências cardíacas, para participarem de diferentes avaliações e de um protocolo de 15 sessões, de 15 minutos, de eletroestimulação de corpo inteiro, três vezes por semana. Ao final do protocolo, os participantes serão reavaliados. Pessoas interessadas em participar do estudo podem entrar em contato pelo telefone (16) 3306 -6704 ou Whatsapp (16) 99635-0313 até 31 de agosto. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 81516924.8.0000.5504).


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