sexta-feira, agosto 15, 2025

Pedro Iaco lança álbum ‘Sangria’

Sangria é um grito de liberdade em sua mais plena amplitude. Conjunção de músicos de diversas nacionalidades, a obra cria novos horizontes com produção & arranjos de Elodie Bouny. A catarse emocional reúne elementos da música erudita, experimental e popular, com instrumentos diversos como o cravo, a harpa e o quarteto de cordas. Corais explosivos se transformam em paz com canções e temas instrumentais: o álbum conta com André Mehmari, Duo Siqueira Lima (Cecília Siqueira e Fernando de Lima), Elaine Martorano, Ensemble SP, Erika Ribeiro, Fernando de Castro, Guegué Medeiros, Hansi Kürsch, Laryssa Alvarazi, Liuba Klevtsova, Luísa Lacerda, Marcus Siepen, Mû Mbana, Paloma Pitaya, Rafael Thomas e Thiago Lamattina. A magia de Sangria é uma travessia entre corpo e alma que nos conecta ao existir, com a delicadeza furiosa do maior mistério que nos cerca – a própria vida.

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Pedro Iaco – foto: Gal Oppido

Pedro Iaco aborda temas como vida, morte e renascimento em novo disco ‘Sangria’
O artista Pedro Iaco lança o seu novo disco ‘Sangria’. O álbum traz participações especiais de Hansi Kürsch e Marcus Siepen, vocalista e guitarrista do Blind Guardian; do Ensemble SP; do pianista André Mehmari; e da violonista e compositora Elodie Bouny, que também arranja e produz o disco.
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A fúria urbana traduzida em catarse se mistura à calmaria das ondas do mar em linhas que vão da música erudita, passam pelo violão popular, transitam pelo choro e desembocam na música flamenca e cigana com DNA ibérico, características fundamentais da música de Pedro Iaco, cujo nome artístico foi escolhido por Guinga e era um dos nomes de Dionísio na Grécia antiga.

A canção ‘Sangria’, homônima ao disco, é a escolhida para abrir o trabalho. Como um jorro de sangue que tinge os ouvidos, a música nos convida a uma inflexão sobre a celebração do existir, bem como a espiritualidade que se entrelaça também nos caminhos da morte.
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O clamor pela batalha, pelo passo adiante, são trazidos aos ouvidos pelos versos “a cada um de nós que tomba, dez milhões virão”, que vestem a canção do espírito guerreiro que carrega o artista, nos preparando para o restante da obra.

‘Vênus’, canção seguinte, nos imerge na própria natureza afetiva do planeta para a mitologia, que é retratada por uma harpa com a voz doce de Luísa Lacerda, em dueto com Pedro Iaco.
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A valsa “Deus Sol” também é parte das águas do mar que inundam o compositor. Com uma mensagem de esperança, a ode ao astro-rei é feita de versos que clamam ao Sol que volte a iluminar seus filhos que tanto precisam de luz.
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Única faixa em inglês, ‘Moonvow (The Wind Blows)’ tem participação especial de Hansi Kürsch e Marcus Siepen — vocalista e guitarrista da banda alemã de metal Blind Guardian. A canção narra a história de uma pessoa que, ao cair do luar, se transforma em lobo. Os arranjos foram feitos em contrastes com uivos e trazem Pedro dividindo os vocais com Hansi.

“Enquanto eu canto e toco, muitas vezes sinto e percebo cores dentro de mim. E essa aquarela sensorial acaba sendo uma guia, que me ajuda a entender por onde ir: onde clarear, onde escurecer, mais ou menos vermelho, azul ou amarelo. É como se pra mim a voz fosse um pincel e a música uma verdadeira pintura”, diz o compositor paulistano.
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Em ‘Valsa do Apocalipse’, Pedro aborda o pulso da morte como saída para compreender a vida. Composta durante a pandemia, a canção entoa uma espécie de oração caótica nas vocalizações de Mû Mbana, que, em dueto com Iaco, nos traz uma experiência única em que as linhas de cravo, compostas por André Mehmari, sugerem desespero, exasperação, libertação e sonho. Aqui, traduzindo o momento mais agudo da pandemia, a canção se transfigura em um trilho com direção às camadas mais densas da existência, em que o desespero humano foi de fato levado a seu ponto máximo.
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Como as ditas ondas do mar, “Coraçãozinho” alude ao lado do compositor onde habita a calmaria. Entre solfejos e um violão cadenciado, a canção resulta em uma espécie de esperança ao apocalipse que fora mostrado na canção anterior.

‘Sol do Meio-Dia’ e ‘Sol da Meia-Noite’ evocam a sensação de que os dias e as noites eram partes do mesmo todo durante a pandemia, época em que as canções foram compostas. Propositalmente colocadas no início e no fim do disco, as duas canções trazem o artista em uma mensagem de consagração final, onde encontraríamos a paz, mas sem deixar que a angústia dessa estrada nos arrebatasse de forma visceral e muitas vezes perturbadora— sentimentos universais à época.
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‘O Vôo do Espírito Livre’ encerra o disco nos convidando a entender o sangue dos povos que nos originaram — indígenas, africanos e europeus —, apontando para um futuro em que o Brasil como ator principal toma as rédeas e a consciência de sua formação e pode, então, promover um abraço universal, cosmopolita, diverso, humano e que transcenda as barreiras das nossas diferenças e, por fim, nos conecte pela nossa cosmogonia.

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Capa disco ‘Sangria’ • Pedro Iaco • Selo Independente / dist. Tratore • 2025

Disco ‘Sangria’ • Pedro Iaco • Selo Independente / dist. Tratore • 2025
1. Sangria (Pedro Iaco)
2. Vênus (Pedro Iaco) | Participação Luisa Lacerda e Liuba Klevtsova
3. Deus sol (Pedro Iaco) | Participação Ensemble SP
4. Sol da meia-noite ‘piano’ (Pedro Iaco) / tema instrumental | Participação Erika Ribeiro
5. Moonvow (The Wind Blows). (Pedro Iaco) | Participação: Hansi Kürsch / Marcus Siepen
6. Pavane (Pedro Iaco) | Participação: Ensemble SP
7. Alma de choro (Pedro Iaco) | Participação Duo Siqueira Lima
8. Valsa do apocalipse (Pedro Iaco e Emílio Terron) | Participação André Mehmari, Mû Mbana, Coro Lírico, Thiago Lamattina
9. Coraçãozinho (Pedro Iaco) | Participação Thiago Lamattina
10. Galope em pé de vento (Pedro Iaco) | Participação Guegué Medeiros e Ensemble SP
11. Sol da meia-noite (Pedro Iaco) | Participação Erika Ribeiro
12. Sol do meio-dia (Pedro Iaco) | Participação Elodie Bouny
13. O voo do espírito livre (Pedro Iaco) | Participação André Mehmari
– ficha técnica –
Faixa 1 – Pedro Iaco: vozes; Ensemble SP (Cuca Moreira, Mauro Lombardi Brucoli, Nelson Rios, Marcelo Jaffé e Paloma Pitaya): cordas; Paloma Pitaya: violino | Faixa 2 – Luisa Lacerda: voz; Pedro Iaco: voz; Liuba Klevtsova: harpa | Faixa 3 – Pedro Iaco: voz; Ensemble SP: cordas |  Faixa 4 – Erika Ribeiro: piano | Faixa 5 – Pedro Iaco: voz e violão; Hansi Kürsch: voz; Marcus Siepen: violão (ambos da banda alemã de metal Blind Guardian) | Faixa 6 – Pedro Iaco: voz; Ensemble SP: cordas | Faixa 7 – Duo Siqueira Lima: cordas | Faixa 8 – Pedro Iaco: voz; Mü Mbana: voz; Coro Lírico: voz; André Mehmari: cravo; Thiago Lamarttina: vibrafone e percussão | Faixa 9 – Pedro Iaco: voz e violão; Thiago Lamattina: vibrafone | Faixa 10 – Pedro Iaco: voz e violão; Ensemble SP: cordas; Guegué Medeiros: percussão | Faixa 11 – Pedro Iaco: voz, Erika Ribeiro: piano | Faixa 12 – Pedro Iaco: voz e violão; Elodie Bouny: violão | Faixa 13 – Pedro Iaco: voz; André Mehmari: cravo | Direção musical e arranjos: Elodie Bouny | Produção musical: Elodie Bouny e Pedro Iaco | Gravação, mixagem e masterização: Adonias Jr., no Estúdio Arsis, São Paulo/SP | Direção de imagem e fotos: Gal Oppido | Figurino: Caio da Rocha | Visagismo: Juliana Lima | Luz: Luciano Milano | Logo Sangria por Gal Oppido | Legendas em inglês: Charlotte Algar | Vídeo making of: Wellington Vianna | Montagem: André F. Martins | Selo: Independente | Distribuição digital: Tratore | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 25 de junho | ♪Ouça o álbum: clique aqui | | ♩Assista o making of: clique aqui.
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> Siga: @pedroiaco

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Pedro Iaco – foto: Gal Oppido

Sobre Pedro Iaco
Pedro começa a explorar a voz desde criança. Inicia na adolescência o estudo de canto lírico com a soprano Solange Gonçalves. Vive por um período na Inglaterra, integrando encontros de música contemporânea.
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Participa do concerto de Bobby McFerrin subindo ao palco da platéia e se apresenta no festival TommyFest, capitaneado por Tommy Emmanuel. Realiza descobertas vocais com o músico argentino Guillermo Rozenthuler e retorna ao Brasil na sequência.

Estuda violão, harmonia e solfejo com Chico Saraiva e Emiliano Castro e expressão vocal com Madalena Bernardes. Viaja a Nova Iorque para integrar o Omega Circlesongs com Bobby McFerrin, Rhiannon, David Worm, Judy Vinar e Joey Blake.
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Funda com Lenna Bahule e Zuza Gonçalves o grupo acapella Zulepe, trio que se utiliza da voz como instrumento.
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Em 2012 viaja para a Califórnia, a convite de Guinga no Brazil Music Camp e encontra Alessandro Penezzi, Chico Pinheiro, Arismar do Espírito Santo e outras figuras inspiradoras. Sobe com Guinga aos palcos em Brasília, Pernambuco e Califórnia, iniciando uma frutífera amizade artística.
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Em 2014 participa do Mele a Hakuwale no Havaí, um núcleo de cantores sob orientação da mestra cantora Rhiannon.
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Inicia laboratórios de improvisação vocal com o trompetista Walmir Gil, aprofundando-se no estudo do improviso com um dos fundadores da Banda Mantiqueira.
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Em 2017 lança o disco Rio Escuro com Giovanni Iasi, criando o duo Iasi Iaco com produção de Emiliano Castro e participações especiais de André Mehmari, Edu Ribeiro, Tiganá Santana, Fi Maróstica e Douglas Alonso.

Jornada musicais levam-no de volta ao mundo para imersões em novos camps com Tommy Emmanuel e Bobby McFerrin.
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Realiza turnês européia e se apresenta na Alemanha, Espanha, Escócia, EUA, França, Inglaterra, Portugal e Suécia em shows solo, duetos e workshops com Beatriz Nunes, Caroline Karpinska, Elodie Bouny, Javier Colina, Manuel Linhares, Mû Mbana e Yamandu Costa.
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Cria com o maestro Ruriá Duprat a trilha sonora para o filme Um Incerto Lugar do Desejo, da diretora brasileira Paula Trabulsi.
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Lança oficialmente o disco Rio Escuro pelo duo Iasi Iaco no Teatro Municipal de Ubatuba, com os convidados Divino Sununga e Marcelo Machado, e no SESC Vila Mariana em São Paulo, com os convidados Gustavo Sarzi e Douglas Alonso. Estreia no Rio de Janeiro apresentando-se na Etnohaus, levando o show Rio Escuro com as convidadas especiais Ilessi e Luísa Lacerda.

Luz Sobre as Trevas. uma experiência estética entre música e filosofia com o filósofo brasileiro Emilio Terron estreia na Casa Gramo. O projeto concilia o mundo artístico com o pensamento filosófico contemporâneo, convidando o público a um diálogo musical que atravessa questões vitais da atualidade como afeto, amor, loucura, micro-política e criação.
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Inaugura o octeto Vozes Inquietas, grupo composto por Pedro Iaco, Marcelo Pretto, Lenna Bahule, Tatiana Parra, Vanessa Moreno, Izabel Padovani, Nani Barbosa e Zuza Gonçalves.
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Lança em 2019 o disco Pedro Iaco, gravado por Stephan Oberhoff em Los Angeles. O álbum é um poema vocal sobre o diabo, o anjo, a floresta, a criança e o espírito – com músicas originais e temas de Guinga e Yamandu Costa.
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Se apresenta com o Coral Jovem do Estado de São Paulo com o espetáculo Vozes Líquidas, junto a Caio Chiarini, arrudA e Zuza Gonçalves sob a regência de Tiago Pinheiro.
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Lança os singles ‘Choro de Natal’ e ‘Santuário’ com Yamandu Costa.
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SANGRIA, o novo disco, com a produção da arranjadora e orquestradora Elodie Bouny.

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Pedro Iaco – foto: Gal Oppido

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Série: Discografia da Música Brasileira / Canção / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske


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