De quinta-feira (26/jun) a sábado (28/jun), regente faz sua estreia à frente da Orquestra em programa diverso que inclui obras de duas compositoras; apresentação de sexta (27/jun) será transmitida ao vivo no canal de YouTube da Osesp.
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A Fundação Osesp e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, apresentam na Sala São Paulo a Temporada Osesp 2025.
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Nesta semana, de quinta-feira (26/jun) a sábado (28/jun), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp recebe a maestra alemã Ruth Reinhardt, que estreia à frente da Orquestra regendo um programa com obras de duas mulheres compositoras: o Concerto para orquestra de cordas de Grażyna Bacewicz, e o Concerto para piano em lá menor, Op. 7 de Clara Schumann. Esta última peça terá como solista convidado o jovem Estefan Iatcekiw, que aos 21 anos é tido como um dos principais nomes da nova geração do piano brasileiro. Completam o repertório as Melodias elegíacas, de Edvard Grieg, e a Sinfonia nº 4, de Bohuslav Martinů.
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Vale lembrar que o concerto de sexta-feira (27/jun), às 20h, será transmitido ao vivo pelo canal oficial da Osesp no YouTube.
Sobre o programa
O Concerto para orquestra de cordas, de Grażyna Bacewicz (1909-1969), transita entre o fatídico e o misterioso. Inspirada no concerto grosso, forma barroca marcada pela contraposição entre uma orquestra maior e um pequeno grupo de solistas, a obra estreou em 1950 pela Sinfônica da Rádio Nacional Polonesa, e recebeu naquele ano o Prêmio Estatal da Polônia.
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Composto por Clara Schumann (1819-1896) aos 13 anos e estreado em 1835 sob regência de Mendelssohn, o Concerto para piano em lá menor foi interpretado por ela ao longo de toda a vida nos principais palcos europeus. A obra compartilha diversas semelhanças com o concerto de seu marido, Robert Schumann, como a tonalidade, o lirismo e a forma em três movimentos interligados, refletindo a cumplicidade artística do casal. Ainda que o concerto de Robert tenha se firmado no repertório sinfônico, muito graças à própria Clara, sua obra permanece raramente executada.
Embora conhecido pelo Concerto para piano em lá menor e pela música para Peer Gynt, Edvard Grieg (1843-1907) é considerado um mestre da pequena forma, especialmente suas peças para piano. Suas Melodias elegíacas, Op. 34, derivam de poemas de uma de suas obras, sobre poema do norueguês Aasmund Vinje. Grieg orquestrou duas canções desse ciclo — Hjertesar e Varen (também chamada de Última primavera) — formando um díptico melancólico que transforma dor e morte em música delicada. Claude Debussy descreveu essas melodias como inocentes, porém marcadas por acordes dilacerantes.
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Bohuslav Martinů (1890-1959) chegou aos Estados Unidos em 1941 e superou dificuldades graças à encomenda da Sinfonia nº 1 pelo regente Serge Koussevitzky, que deu início a um período altamente produtivo, no qual compôs cinco sinfonias entre 1942 e 1946. Composta em 1945 e dedicada ao casal de amigos William e Helen Ziegler, a Sinfonia nº 4 é uma de suas obras mais populares. Ela exemplifica seu conceito de dinamismo musical, segundo o qual a música deve evoluir por uma força orgânica, e não por mera intensificação mecânica do material, o que resultaria em um acúmulo de som.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Ruth Reinhardt regente
Ruth Reinhardt é diretora musical da Filarmônica de Rhode Island. Foi regente assistente da Sinfônica de Dallas, da Filarmônica de Los Angeles (por meio da Dudamel Fellowship) e da Academia do Festival de Lucerna. Formando-se na Universidade de Artes de Zurique e na Juilliard School of Music, foi bolsista da Sinfônica de Seattle, do Tanglewood Music Center e do programa Taki Concordia, atuando como regente associada. Suas estreias recentes incluem a Orquestra Contemporânea do Festival de Lucerna, as Filarmônicas de Seul e de Hong Kong, as Sinfônicas de Bamberg, de Nuremberg, de Milwaukee e de San Diego, além da Sinfônica de Saint-Louis e a Sinfônica Charlotte. A alemã já regeu importantes orquestras estadunidenses, como a Filarmônica de Nova York, a Cleveland Orchestra e as sinfônicas de San Francisco, Detroit, Houston, Baltimore e Seattle. Na Europa, regeu a Orquestra Nacional da França, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, a Orquestra Tonkünstler, a Filarmônica Real de Estocolmo e a Sinfônica da Rádio de Berlim.

Estefan Iatcekiw piano
O jovem pianista brasileiro conquistou prêmios nacionais e internacionais, como a 4º Competição Internacional Rachmaninov para Jovens Pianistas (Alemanha), o Concurso Prelúdio da TV Cultura [2017], o 2º Concurso Yamaha e os 10º e 11º Concursos Profª Edna Bassetti Habbith, como melhor intérprete de Villa-Lobos. Além disso, recebeu o prêmio Hors Concours do Concurso Nacional Souza Lima, o Concurso Jovens Solistas da Sinfônica de Goiânia, o 2º lugar no Concurso Internacional Santa Cecília no Porto e, em 2020, o Concurso Internacional Cidade de Vigo, na Espanha. Em 2023, Iatcekiw lançou seus dois primeiros álbuns solo, Destiny e Memories, com obras de Rachmaninov. Tem se apresentado em importantes espaços culturais e salas de concerto, como o Conservatório Tchaikovsky e o Museu Scriabin, ambos em Moscou, o Theatro da Paz, em Belém, e a própria Sala São Paulo. Dá nome à Bolsa de Estudos Musicais Estefan Iatcekiw, voltada a jovens músicos.

PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
RUTH REINHARDT regente
ESTEFAN IATCEKIW piano
Grażyna BACEWICZ | Concerto para orquestra de cordas
Clara SCHUMANN | Concerto para piano em lá menor, Op. 7
Edvard GRIEG | Melodias elegíacas, Op. 34
Bohuslav MARTINU | Sinfonia nº 4
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SERVIÇO
26 de junho, quinta-feira, 20h00
27 de junho, sexta-feira, 20h00 [Concerto Digital]
28 de junho, sábado, 16h30
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Luz, São Paulo, SP
Capacidade: 1.388 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: De R$ 42,00 a R$ 295,00 (valores inteiros*)
Bilheteria (INTI): neste link
Telefone: (11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Estacionamento: Rua Mauá, 51 | R$ 39,00 (noturno, sábado e domingo após às 12h30) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
Mais informações nos sites oficiais da Osesp e da Sala São Paulo.
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*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação da rede pública estadual e municipal têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Sala São Paulo Digital conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.