Osesp e o maestro Thierry Fischer na Sala São Paulo - foto: Íris Zanetti
Concertos acontecem de quinta (13/mar) a sábado (15/mar) na Sala São Paulo; no domingo (16/mar), canadense Marc-André Hamelin faz recital de piano na Estação CCR das Artes; performance de sexta (14/mar) da Osesp será transmitida ao vivo no YouTube oficial.
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É chegada a hora: a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp abre sua Temporada 2025 na Sala São Paulo, entre quinta-feira (13/mar) e sábado (15/mar), sob a regência de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer. As apresentações contarão também com a participação do Coro da Osesp e da soprano sul-africana Masabane Cecilia Rangwanasha, que faz sua estreia conosco.
Ao lado do Coro, a Orquestra inicia o repertório com a obra Crucifixus, de Antonio Lotti; em seguida, tendo Rangwanasha como solista, interpreta as Quatro últimas canções, de Richard Strauss; e finaliza o programa com a Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler. O concerto de sexta-feira (14/mar) será transmitido ao vivo pelo YouTube da Osesp, a partir das 20h.
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E no domingo (16/mar), às 18h, acontece o primeiro recital solo desta Temporada, estrelando o pianista canadense Marc-André Hamelin. A apresentação será na recém-inaugurada Estação CCR das Artes, onde o músico executará peças de Haydn, Beethoven, Medtner e Rachmaninov.
Sobre o programa
Ao longo de uma carreira muito bem-sucedida, Antonio Lotti (1667-1740) produziu música instrumental e vocal de variados gêneros, incluindo aproximadamente 30 óperas. Sua obra mais célebre, existente em inúmeras versões, é Crucifixus. Nela, o uso de polifonia nos remete à música de Palestrina: o tema é introduzido pelos baixos e as outras vozes entram, uma a uma, em sequência orgânica, tornando a música cada vez mais dissonante até culminar em uma cadência de tirar o fôlego.
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Compostas nas montanhas suíças em 1948, um ano antes da morte de Richard Strauss (1864-1949), as Quatro últimas canções orquestrais, publicadas postumamente, podem ser entendidas como uma espécie de epitáfio pessoal e artístico do compositor. A sequência dos poemas (estabelecida pelo editor após os conselhos do maestro Wilhelm Furtwängler, que estreou a obra com a soprano Kisten Flagstad, em 1950), configura o arco metafórico de uma serena jornada, das alegrias da primavera até o acolhedor crepúsculo invernal.
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A Quinta Sinfonia, de Gustav Mahler (1860-1911), foi composta entre 1901 e 1902 e é marcada por contrastes, oscilando entre gritos de desespero e declarações de amor. Mahler conta que, após seu encontro com a jovem Alma Margaretha Maria, com quem se casa em março de 1902, a composição tomou um rumo completamente diferente do planejado. A extrema disparidade entre as partes da obra não passou desapercebida para o compositor, que uma vez disse: “A Quinta é uma obra amaldiçoada. Ninguém a compreende ou compreenderá”.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
Coro da Osesp
O Coro da Osesp, além de sua versátil atuação sinfônica, enfatiza o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral transcriptions (Naxos, 2019). Apresentou-se em 2006 para o rei da Espanha, Filipe vi, em Oviedo, no 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, em filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e artistas de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa no elogiado Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 por Aylton Escobar, integra a Osesp desde 2000, completando 30 anos de atividade em 2024. Teve como regentes Naomi Munakata [1995-2015] e Valentina Peleggi [2017-2019]. A partir de fevereiro de 2025, Thomas Blunt assume a posição de regente titular.
Thierry Fischer regente
Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des canyons aux étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarcou junto à Osesp para a turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.
Masabane Cecilia Rangwanasha soprano
Com uma trajetória marcada por colaborações com regentes renomados e performances em algumas das mais prestigiadas instituições musicais do mundo, Rangwanasha continua a se destacar como uma das grandes vozes do cenário operístico e sinfônico da atualidade. Vencedora do BBC Cardiff Singer of the World em 2021 e recentemente nomeada Artista da Nova Geração da BBC Radio 3, recebeu o Prêmio Herbert von Karajan de 2024. Sua carreira tem se consolidado junto às mais prestigiadas orquestras e nos palcos de importantes salas de concerto da Europa e dos Estados Unidos, como as Sinfônicas de Chicago e da BBC, a Orquestra Nacional de Bordeaux e The Hallé, as Óperas Nacional de Washington, Estatal de Hamburgo e a Royal Opera House, em Londres, além da Konzerthaus de Viena e do Wigmore Hall. Na temporada 2024-2025, a sul-africana se apresenta com as Filarmônicas de Munique e Bergen, a Sinfônica de Londres, a Orquestra de Minnesota e a Accademia Nazionale di Santa Cecilia, além da própria Osesp.
Marc-André Hamelin piano
Reconhecido mundialmente por sua fusão excepcional de musicalidade e virtuosismo técnico, Hamelin se apresenta regularmente com algumas das principais orquestras do mundo e em prestigiadas salas de concerto e festivais internacionais. Na temporada 2024-2025, faz recitais na China, na Coreia do Sul e no Japão. Na Europa, apresenta-se em cidades como Varsóvia, Copenhague, Toulouse, Florença, Budapeste, Hamburgo e Londres. No Brasil, retorna à Osesp para concerto e recital. Na América do Norte, Hamelin se apresenta no Carnegie Hall e colabora com orquestras como as de Cleveland, Montreal, Atlanta, Quebec, Ottawa e Edmonton. Participa de festivais como Schubertiade, Banff Center e Lanaudière. Artista exclusivo da Hyperion Records, lançou quase 90 álbuns, com repertórios solo, sinfônico e de câmara. Nascido em Montreal, Hamelin já recebeu diversas honrarias, incluindo Juno Awards e indicações ao Grammy. É Oficial da Ordem do Canadá, Chevalier da Ordem Nacional do Quebec e membro da Sociedade Real do Canadá.
PROGRAMAS
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
CORO DA OSESP
THIERRY FISCHER regente
MASABANE CECILIA RANGWANASHA soprano
Antonio LOTTI | Crucifixus
Richard STRAUSS | Quatro últimas canções
Gustav MAHLER | Sinfonia nº 5 em dó sustenido menor
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MARC-ANDRÉ HAMELIN piano
Joseph HAYDN | Sonata para piano em Ré maior, Hob. XVI: 37
Ludwig van BEETHOVEN | Sonata para piano nº 3 em Dó maior, Op. 2, nº 3
Nikolai MEDTNER
Improvisação em si bemol menor (em forma de variação), Op. 31, nº 1
Dança festiva, Op. 38, nº 3
Sergei RACHMANINOV
Études-tableaux, Op. 39, nº 5 [Estudos de quadros]
Sonata nº 2 em si bemol menor, Op. 36 (Versão de 1931)
SERVIÇO
13 de março, quinta-feira, 20h
14 de março, sexta-feira, 20h — Concerto Digital
15 de março, sábado, 16h30
16 de março, domingo, 18h [recital]
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Luz, São Paulo, SP
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares [Sala São Paulo] | 543 lugares [Estação CCR das Artes]
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: De R$ 42,00 a R$ 295,00 [Osesp]; de R$ 42,00 a R$ 150,00 [Recital] (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): osesp.byinti.com | salasaopaulo.byinti.com
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Estacionamento: Rua Mauá, 51 | R$ 39,00 (noturno, sábado e domingo após às 12h30)| 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
Mais informações nos sites oficiais da Osesp e da Sala São Paulo.
A Sala São Paulo Digital conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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