terça-feira, dezembro 3, 2024

No Metrô de São Paulo, a arte pede passagem

As estações do Metrô de São Paulo são “lares” de diversas obras de arte. São painéis, murais, pinturas sobre tela, instalações e esculturas de artistas renomados, como Aldemir Martins, Tomie Othake, Antonio Peticov, Francisco Brennand, Denise Milan, entre outros.
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Existe uma exposição de arte em São Paulo que, diariamente, é mais vista do que todas as exposições de museus, galerias e instituições da cidade juntas. Essa coleção está disponível ao público de segunda a domingo, das 4h40 até pouco depois da meia-noite. Ainda não sabe que acervo aberto é esse? Vale a pena reparar melhor nas estações do metrô de São Paulo, quase um verdadeiro museu público e subterrâneo.
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Tudo começou com a instalação de um parque de esculturas na Praça da Sé, reurbanizada para a inauguração da Estação Sé em 1978, quatro anos após as operações do primeiro trecho do eixo norte-sul. A iniciativa inspirou a ocupação das plataformas, mezaninos e passagens do metrô desde então. Aprovadas previamente por uma comissão consultiva de arte, hoje em dia já são 91 obras espalhadas por 37 estações. Os trabalhos variam na escala, nas técnicas, nos temas, e alguns foram projetados especificamente para cada contexto arquitetônico ou urbanístico.

Descubra um pouco mais sobre algumas das obras mais emblemáticas, que inclusive integram com força o imaginário paulistano, e inspire-se para perceber a presença da arte brasileira nos cantos e momentos mais inesperados.

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Estação Sé, Linha Vermelha, Alfredo Ceschiatti, Sem título, 1978.

O panteão de artistas plásticos que assinam murais, painéis, óleos sobre tela e esculturas dão relevância à coleção:

Estação Sé
  • Alfredo Ceschiatti (‘Sem Título’ – 1978) – escultura em bronze
  • Mário Gruber Correia (‘Como Sempre Esteve o Amanhã está em Nossas Mãos’ – 1979/1987) – mural – tinta acrílica e vinílica sobre concreto, 4,5 X 11 metros.
  • Waldemar Zaidler (Fiesta) – painel – acrílica sobre madeira
  • Marcello Nitsche – (‘Garatuja’ – 1978). O trabalho, feito de ferro e aço, pesa três toneladas e é bastante marcante na estação.
Estação Tatuapé
  • Aldemir Martins (‘Inter-relação entre o Campo e a Cidade’). É um painel cerâmico colorido medindo 2,90 m de altura por 24,80 m de comprimento, montado com azulejos de 20 x 20 cm pintados a mão. Ele foi feito no mezanino da estação em uma parede ondulada (como uma letra S).
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Amelia Toledo – ‘Caleidoscópio’ (1999) – foto: Metrô de São Paulo
Estação Brás
  • Amelia Toledo – (‘Caleidoscópio’ – 1999), chapas de aço inox de dois metros, curvadas e com diferentes tratamentos, como polimento e pintura, geram um ambiente diferenciado no grande hall de circulação no primeiro piso da Estação Brás.
Estação Paraíso
  • Renato Brunello (Equilíbrio) – escultura – mármore
  • Odiléa Toscano (Raios de Sol) – mural – acrílica sobre concreto
Estação Chácara Klabin
  • Marcos Lopes (Tótem Flora Fauna) – painel – chapas de alumínio pintadas
Estação Trianon-Masp
  • Francisco Brennand (Pássaro Rocca) – escultura
  • Wesley Duke Lee (Um Espelho Mágico da Pintura no Brasil) – E-print sobre lona vinílica
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Maria Bonomi – (‘Epopeia Paulista’ – 2005)
Estação República
  • Bené Fonteles (Século XXI – Resíduos e Vestígios – Vitrine / Cápsulas) – instalação – vitrine com elementos naturais, artesanais, tais como seixos rolados, corais marinhos, cocho de madeira, hastes de madeira e cerâmica
  • Luiz Hermano (Século XXI – Resíduos e Vestígios) – duas obras – instalação – estrutura em ferro soldado, vergalhões e tela de ferro
  • Roberto Mícoli (Século XXI – Resíduos e Vestígios – Grande Cocar) – instalação – alumínio, fibra de vidro, madeira, tinta e resina acrílica
  • Xico Chaves (Século XXI – Resíduos e Vestígios – Luz da Matéria) – mural – pintura e aplicação de materiais diversos sobre fibra de vidro e sobre concreto
  • Antonio Peticov – (‘Momento antropofágico com Oswald de Andrade’ – 1990). As figuras presentes no painel foram inspiradas em elementos de três livros de Andrade: O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo, Manifesto Antropofágico e O Homem do Povo. Com 16 metros de largura, a obra do mezanino, junto aos acessos da Praça da República.
Estação Palmeiras-Barra Funda
  • Cláudio Tozzi (Movimento) – painel – acrílica sobre tela
  • Emanoel Araújo (A Roda) – escultura – aço carbono
  • José Roberto Aguilar (Senhores do Movimento) – painel – acrílica sobre tela
  • Valdir Sarubbi (Meditação Labiríntica) – painel – acrílica sobre tela e madeira
Estação Luz
  • Maria Bonomi – (‘Epopeia Paulista’), painel de concreto, com 73 metros de extensão e 3 metros de altura, fixado na galeria anexa de conexão entre metrô e a ferrovia.
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Estação Marechal Deodoro – Gontran Guanaes Netto. Detalhe de Marianne I, 1989. Parte do conjunto de murais chamado A liberdade e o Povo.
Estação Marechal Deodoro
  • Gontran Guanaes Netto (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão) – painel 4 – óleo sobre compensado naval
  • Gontran Guanaes Netto (Traços das Populações Brasileiras) – painel 5 – óleo sobre compensado naval
  • Gontran Guanaes Netto (Marianne I e II) – painel 6  e 7 – óleo sobre compensado naval
Estação Ana Rosa
  • Lygia Reinach – (‘Figuras’ – 1992). São peças de cerâmica que compõem a obra. O barro de sua confecção, queimado a 1260 graus, veio das próprias crateras de obras do subterrâneo. Uma das interpretações dos espectadores relatadas pela artista é a de que a obra – um conjunto de oitenta peças com cerca de 1,70 de altura – representa os passageiros do Metrô.
Estação Consolação
  • Tomie Ohtake – (‘Quatro Estações’ – 1998) – painéis em frente à plataforma sentido Vila Prudente, retratam as estações do ano – primavera, verão, inverno e outono – por meio de quatro cores principais: verde, amarelo, azul e vermelho. Esse é um dos poucos trabalhos de Tomie Ohtake utilizando a técnica de mosaico, com tésseras de vidro.
Estação Sumaré
  • Alex Flemming – (‘Sem título’ – 1998). São 44 retratos de pessoas comuns colados nas paredes de vidro da estação, aludindo a questões de identidade e do respeito às diferenças. Os painéis contêm uma característica marcante das obras de Flemming: a aplicação de palavras impressas em diferentes suportes. Nesse caso, poemas de autores brasileiros, grafados de forma livre e sem alinhamento.
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Estação Jardim São Paulo, Linha Azul, Maria Bonomi, Construção de São Paulo, 1998
Estação Jardim São Paulo
  • Maria Bonomi – ‘Construção de São Paulo’ – 1998), composta por dois cubos: o primeiro retrata o delineamento paisagístico da cidade, enquanto o segundo transmite o resultado destas transformações por meio de placas de concreto justapostas e recortes geométricos.
Quem quiser saber mais sobre as obras pode acessar o livro digital criado pelo Metrô
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Quem quiser saber mais sobre as obras pode acessar o livro digital criado pelo Metrô.

:: Arte no Metrô, de Enock Sacramento. Edição A&A Comunicação Ltda, 2012. Disponível em pdf no link. (acessado em 21.1.2020)

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Estação Sé – Mário Gruber Correia (‘Como Sempre Esteve o Amanhã está em Nossas Mãos’ – 1979 – 1987)

Independentemente da sua rota, a Prosa, Verso e Arte deseja uma boa viagem!

*Com informações de SP-Arte.

Outras fontes: Veja aqui onde encontrar essas e outras obras.


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