A estreia literária de José Amélio Molica, aos 92 anos, é uma celebração da memória como forma de existência e da palavra como casa. O mundo começa em Cajuri é um livro que nasce maduro, cheio de tempo e de humanidade. Lançamento dia 15/8, sexta-feira, a partir das 19h, no Sat’s Botafogo – Rio de Janeiro.
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Alguns livros chegam como semente, outros como árvore antiga. O mundo começa em Cajuri pertence à segunda categoria — uma obra inaugural que carrega em si o peso leve da experiência, o calor das lembranças vividas e a serenidade de quem sabe que a escrita pode ser um gesto de permanência.
Com 92 anos, José Amélio Molica estreia na literatura com um livro comovente, que transforma a memória pessoal em matéria poética. Cajuri, cidade mineira onde o autor passou a infância, não é apenas cenário: é ponto de partida, personagem, atmosfera e pulsação. Cada crônica é um capítulo do Brasil interiorano, de um tempo em que as relações eram costuradas à mão, no fio do afeto, da religiosidade, da oralidade e da comida feita em panela de barro.
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Com uma prosa delicada e musical, Molica convoca o leitor a entrar em sua casa de infância, a sentar no banco da varanda, a ouvir as histórias dos mais velhos, a sentir o cheiro do café passado no coador de pano. Mas não se trata de um saudosismo vazio: há, em cada texto, a consciência aguda de que a memória é também política — e que falar de um tempo em que os laços comunitários eram mais fortes é também uma crítica sutil ao mundo que se constrói hoje.
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Os relatos — breves, bem talhados, quase orais — formam um mosaico de emoções: a infância protegida pelo colo da avó, o despertar para a fé, o reconhecimento do próprio corpo e da própria cor, o susto diante do sofrimento do outro. É um livro que fala com todos os leitores, mas especialmente com aqueles que já ouviram histórias ao pé do fogão ou carregam no nome o rastro de uma árvore genealógica que começa em pequenas cidades do interior.
A estreia tardia de Molica não é um acaso: é um gesto de coragem e delicadeza. Em tempos de velocidade e ruído, sua escrita nos ensina que há valor em olhar para trás — não para se perder no passado, mas para entender de onde viemos, por que resistimos e o que nos torna, ainda hoje, humanos.
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O mundo começa em Cajuri é um livro necessário. Porque não é sobre saudade, é sobre origem. E quem escreve sobre suas origens, com essa verdade que só a vida longa ensina, escreve também sobre todos nós.
FICHA TÉCNICA
Título: O mundo começa em Cajuri
Autor: José Amélio Molica
Editora: Tinta Negra – Grupo Editorial Zit
ISBN: 978-65-87370-21-7
Edição: 2 | 2025
Acabamento: Brochura
Dimensões: 13,5 x 20,5 cm
Páginas:
Gênero: Crônica
Preço de capa: R$ 42,80
À venda pelos sites grupoeditorialzit.com.br / na loja parceira: fokaki.com.br e nas principais livrarias.
Grupo Editorial Zit nas redes: @grupoeditorialzit.com.br / @grupoeditorialzit
Sinopse: Memórias encantadoras de uma infância na roça mineira. Com humor e ternura, José Amélio Molica narra histórias de Cajuri, sua família e a vida simples do interior. Um retrato afetivo do Brasil rural que emociona e diverte.
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SERVIÇO – LANÇAMENTO
Data: 15 de agosto 2025 – sexta-feira.
Local: Galeto SAT’S Botafogo
Horário: 19h
Endereço: Rua Real Grandeza, 212 – Botafogo – Rio de Janeiro
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Assessoria de imprensa: Nanda Dias e Nani Santoro