terça-feira, dezembro 3, 2024

Ju Dourada faz viagem pessoal pelo Rio São Francisco no clipe e single ‘Filha de Iemanjá’

Ju Dourada revela um novo aspecto de suas composições com “Filha de Iemanjá”, uma música poética que exalta a força feminina encontrada na água, celebrando a cultura ribeirinha do norte de Minas Gerais e os caminhos do Rio São Francisco. O clipe, gravado nas águas do Velho Chico, reflete a influência dos sons e cores da região, contando com a colaboração de cineastas locais e evidenciando a conexão da artista com suas raízes espirituais e a cultura dos orixás.
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Depois de mergulhar nos relacionamentos obsessivos no clipe Voltas, a cantora e compositora Ju Dourada mostra outro lado de suas canções com “Filha de Iemanjá”, uma música poética que busca na água a força e a potência do feminino. A faixa celebra a vivência das populações barranqueiras e ribeirinhas do sertão norte-mineiro, e canta os caminhos que levam o Rio São Francisco até o mar.
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A composição é uma consequência do mergulho pessoal de Ju Dourada em sua própria espiritualidade, em busca de novos caminhos e autoconhecimento. Embora não pratique uma religião específica, a artista abraça o sincretismo, já presente em suas origens católicas, sem se limitar a credos ou crenças. Umbanda, budismo e astrologia fazem parte de suas convicções, de onde a cultura dos orixás desponta como uma importante fonte de conexão.

“‘Filha de Iemanjá’ nasceu da minha ligação com a água, com o mar, que sei é de outras vidas. A melodia me veio quando eu olhava as ondas dentro do mar da Bahia. Muito tempo depois, eu comecei a letra, durante a pandemia de 2020, onde eu vivia um processo de introspecção e resgate da minha espiritualidade. A inspiração veio das lembranças de várias pessoas amigas que cultuam os orixás, que me diziam, do nada: acho que você é Filha de Iemanjá. Pra mim, fez todo sentido, ainda mais da minha ligação com a água. Só tenho paz perto da água. Seja um banho quente, um rio ou o balanço do mar. Como filha do Velho Chico e de Maria Alice, minha mãe (in memorian), incluí o sincretismo das Nossas Senhoras e o nome de minha mãe”, Ju explica.
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A influência dos sons, ritmos e cores do norte de Minas Gerais é palpável tanto na música quanto no clipe, gravado nas águas do Velho Chico. Para isso, Dourada contou com cineastas barranqueiros – Gleydson MotaNan FerrésiLucas Almeida -, cuja vivência às margens do rio é essencial para retratar essa conexão. A fotografia e edição são de Túlio Gustavo e Éric Almeida e  a produção teve participação Coletivo de Cinema Cine Barranco, que já faz um trabalho para popularização do cinema no sertão norte-mineiro.

“Um dos meus maiores sonhos é morar pertinho do mar, o que também é expresso na música. Trabalhando esse sentimento de volta pra casa, gravei o clipe no rio que corre em minhas veias e dá a cor parda de minha pele, o São Francisco, que banha minha terra natal. No videoclipe, relembro que o Velho Chico é minha casa mãe, e, seguindo seus fluxos, um dia chegarei ao meu destino, o mar”, resume Ju Dourada, parafraseando o encerramento do clipe.
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A produção da música é de Thuyan Santiago e Lauro Santana, que captaram a vibração de leveza e fluidez da música, embalada por elementos que fazem uma ponte de Minas à vizinha Bahia, chegando ao mar e cruzando o oceano até a África. Tudo isso para dar forma a uma jornada profundamente pessoal para a artista.

“A música foi meu único alimento quando nada me descia pela garganta. Começar a compor foi a salvação de minha alma, e essa música, em especial, me mostrou que a arte, gigante como o mar, é o meu verdadeiro lar. É a celebração do arquétipo de Vênus através da cultura afro-brasileira dos orixás. É a água que representa as emoções, as origens, o abraço materno e a fluidez da alma. O arquétipo da sereia também existe na cultura barranqueira, como a Sereia Iara, cujo ‘Salve IARA’ na música também deixa clara essa união”, completa Ju.
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Natural de Januária, em Minas Gerais, Ju Dourada é membro do Bloco Ovelha Negra, destaque no Carnaval de sua terra natal, e cofundadora do Movimento Cultural Barrancada, um coletivo que valoriza a cultura musical barranqueira. Agora, revela suas primeiras canções solo.
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Iniciando uma nova fase em 2024, Ju Dourada incorpora em suas composições as experiências da vida, sendo “Voltas” a primeira de muitas canções que servirão para consolidar sua visão autoral, agora ampliada com “Filha de Iemanjá”. Os singles estão disponíveis em todas as principais plataformas de streaming, e os clipes no YouTube.

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Capa do single ‘Filha de Iemanjá’ • Juliana Dourado • Selo Independente • 2024

SINGLE ‘FILHA DE IEMANJÁ’ • Juliana Dourado • Selo Independente • 2024
Música / compositora
:: Filha de Iemanjá, de Juliana Dourado
– ficha técnica –
Juliana Dourado (voz) | Leandro Godoi (baixo) | Marcelo Melo (bateria) | Dinho Lacerda (percussão) | Produção musical, mixagem e masterização: Thuyan Santiago e Lauro Santana | Gravação musical: 1234 Recording Studio – Brasília-DF || VideoclipeDireção: Gleydson Mota | Direção criativa: Gleydson Mota e Juliana Dourado | Produção: Cine Barranco e Juliana Dourado | Assistência de produção: Nan Ferrési (Ernane Silva) | Captação de imagem: Gleydson Mota e L.A Films | Fotografia, montagem e edição: Túlio Gustavo e Éric Almeida | Figurino: Juliana Dourado | Beleza: Nick Roger Beauty | Agradecimentos especiais: Neto Guacho Pescador e ao Velho Chico || Assessoria de imprensa: Daniel Pandeló Corrêa / Build Up Media | Selo: Independente  | Distribuição: Tratore | Formato: Single digital / clipe | Ano: 2024 | Lançamento: 9 de fevereiro | ♪Ouça o single: clique aqui | ♩Assista o clipe: clique aqui.
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>> Siga: @judourada
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Série: Discografia da Música Brasileira /  MPB / Bossa nova / Single / clipe.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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