Festival Choro Jazz retorna a Soure para sua segunda edição no Marajó
Festival Choro Jazz – Entre tradição e experimentação, o evento conecta ritmos, saberes e gerações no coração da Amazônia. Soure, a cidade das marés e da música, volta a ser palco de um dos encontros mais emblemáticos da cena instrumental brasileira. Após o sucesso da estreia em 2024, que reuniu cerca de 10 mil pessoas ao longo de dois dias de apresentações gratuitas, o Festival Choro Jazz confirma seu retorno à Ilha do Marajó em 2025 com uma nova edição que une mestres da música brasileira, tradições locais e oficinas formativas. O evento será entre os dias 8 e 13 de julho 2025.
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Com idealização e curadoria musical da Capucho Produções, organização da Iracema Cultural e apresentação da Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, o festival conta ainda com a parceria da Prefeitura de Soure. Em sua segunda edição no Pará, o Choro Jazz reafirma sua missão de democratizar o acesso à música instrumental brasileira, valorizando a diversidade cultural da região e promovendo encontros únicos entre gerações, ritmos e territórios.
Antes dos grandes shows, o festival promove, nos dias 8, 9 e 10 de julho 2025, oficinas gratuitas e abertas ao público, com vagas limitadas. Os encontros formativos serão ministrados por músicos consagrados em áreas que vão do cavaquinho ao carimbó, do canto ao contrabaixo. A proposta educativa tem sido um dos pilares do evento, como reforça Aline Moraes, diretora da Iracema Cultural e sócia do Choro Jazz:
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“A democratização do acesso à música instrumental, que historicamente foi colocada em espaços elitizados, é uma bandeira que carrego com muito compromisso. Toda a programação é gratuita, feita em um espaço acessível, e buscamos sempre garantir que a comunidade local se reconheça, tanto na plateia quanto no palco e nas oficinas. A nossa equipe é majoritariamente marajoara, e a coordenação local é feita por Manuela Paixão, uma mulher do território, o que pra mim é um orgulho enorme. Isso nos garante escuta, conexão e presença real.”
De 11 a 13 de julho 2025, o Parque de Exposições, no centro de Soure, será novamente tomado por uma intensa programação musical, com Egberto Gismonti, Jane Duboc, Gilson Peranzzetta, Nilson Chaves, Patrícia Bastos, Patrícia Bastos, Renato Braz, Cristovão Bastos, Arismar do Espírito Santo, Filó Machado, Gabriel Grossi, Michel Pipoquinha, Choro na Rua, Manoel Cordeiro e grupos folclóricos marajoaras. O idealizador do festival, Ivan Capucho, reforça que o Choro Jazz vai além da música.
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“Cultura e turismo caminham lado a lado e, quando fortalecidos juntos, transformam territórios. O festival movimentou a cena local, abriu espaço para as culturas regionais se misturarem com grandes nomes nacionais. Teve um impacto bem interessante. Desde que o Choro Jazz chegou ao Marajó, meu desejo sempre foi que ele se tornasse um vetor de valorização cultural e também de desenvolvimento local. Soure tem uma beleza única e uma riqueza simbólica que merecem ser reconhecidas para além do turismo convencional.”
A visão de Capucho se concretiza em cada detalhe da curadoria e da ocupação dos espaços públicos. Durante os dias de festival, pousadas, restaurantes, barcos e feiras ganham novo fôlego com o aumento da circulação de pessoas, impulsionando a economia local. “A cultura, quando enraizada e compartilhada com respeito, tem esse poder de ativar territórios de forma profunda”, completa.
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Para 2025, as lições da primeira edição foram fundamentais. A escuta do território, o diálogo com mestres e saberes locais e o compromisso com a formação do público ajudaram a moldar uma programação que une tradição e experimentação. A identidade visual deste ano é inspirada nas cerâmicas marajoaras, com arte assinada pelo multifacetado artista do Marajó, Caio Guedes.
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“A primeira edição foi um divisor de águas. Aprendi que estar no território, com humildade e escuta, transforma tudo. Em 2025, levo esses aprendizados para cada decisão curatorial, para cada oficina proposta e para cada parceria construída. O Choro Jazz em Soure é, pra mim, uma celebração do encontro entre o que somos, o que herdamos e o que podemos construir juntos”, resume Aline.
OFICINAS GRATUITAS
Dias 8, 9 e 10 de julho de 2025 | Participação gratuita
– Violão de sete cordas no choro – Rogério Caetano
– Interpretação no choro – Silvério Pontes
– Ritmos nordestinos – Tâmara Lacerda e Ranier Oliveira
– Oficina de dança: Carimbó – Percussão
– Introdução ao cavaquinho – Henrique Cazes
– Ritmos amazônicos no contrabaixo – Wesley Jardim
– Canto e improvisação – Filó Machado
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Festival Choro Jazz
Parque de Exposições – Terceira Rua, entre Travessas 11 e 12, Bairro Centro, Soure-PA
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Sexta-feira, 11 de julho – Início: 20h30
– Egberto Gismonti convida Daniel Murray (RJ)
– Mestre Damasceno e os Nativos Marajoara (PA)
– Nilson Chaves (PA) e Celso Viáfora (SP)
– Choro na Rua (RJ)
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Sábado, 12 de julho – Início: 20h30
– Grupo Cultural e Parafolclórico Eco Marajoara (PA)
– Patrícia Bastos (AM), Renato Braz (SP) e Cristovão Bastos (RJ)
– Encontro Norte e Nordeste: Celdo Braga (AM), Tâmara Lacerda e Ranier Oliveira (CE)
Tocaia (RJ)
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Domingo, 13 de julho – Início: 20h00
– Grupo de Tradições Folclóricas Os Aruãs (PA)
– Jane Duboc (PA) e Gilson Peranzzetta (RJ)
– Arismar do Espírito Santo, Filó Machado, Gabriel Grossi, Michel Pipoquinha (SP e RJ)
– Manoel Cordeiro (PA)
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Realização: Ministério da Cultura | Governo Federal
Patrocínio: Petrobras
Organização: Iracema Cultural
Idealização e curadoria musical: Capucho Produções
Parceria local: Prefeitura Municipal de Soure
Assessoria de imprensa: Débora Venturini
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