sábado, outubro 5, 2024

“Fala Mulher”, o primeiro álbum da cantora e pandeirista Silvia Borba

Silvia Borba se destaca pelo estilo próprio e uma voz marcante. O álbum ‘Fala Mulher’ é um reflexo de sua sensibilidade artística e de sua capacidade de transmitir emoções através da música.

Com um estilo próprio e uma voz marcante, Silvia Borba tem conquistado cada vez mais fãs e admiradores por todo o país. Seu primeiro álbum, “Fala Mulher”, é um reflexo de sua sensibilidade artística e de sua capacidade de transmitir emoções através da música, como tantas pessoas puderam ver nas famosas lives que a cantora Teresa Cristina fez durante a pandemia, pelo Instagram. Indicada pela cantora londrinense Simone Mazzer, Sílvia caiu no gosto de Teresa e passou a abrir diariamente as cantorias com que a sambista carioca marcou presença (e fez diferença na vida de tanta gente) durante o confinamento.
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Cantora pernambucana radicada em Londrina desde 1994, Sílvia Borba tem uma trajetória musical marcada por sua paixão pela música e pela dedicação em aprimorar suas técnicas de canto e escolha de repertório. Um talento que se manifestou incialmente por volta dos 20 anos, ainda no Recife, mas precisou esperar sua vez enquanto ela dedicava seu tempo a empregos formais e ao sustento de três filhos.
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Até que, já morando no Paraná, entrou para o coro da Universidade Estadual de Londrina (onde trabalhava), criou um conjunto musical de mulheres e logo passou a cantar na noite. Pronto: estava de volta à arte, ao exercício de seu talento e de sua versatilidade vocal – características que até hoje permitem que transite por diferentes gêneros musicais, sempre imprimindo sua personalidade única em cada uma de suas interpretações..

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Sílvia Borba – em gravura de ©Maikon Nery

O CDFala Mulher foi concebido com o objetivo de destacar a presença e o talento das mulheres no cenário artístico como compositoras e produtoras de arte. É uma iniciativa importante para dar visibilidade e reconhecimento às mulheres que muitas vezes são sub representadas ou subestimadas nesses papéis. Ao promover a arte produzida por mulheres, esse projeto contribui para uma maior diversidade e igualdade no mundo da música e das artes em geral.
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O projeto teve financiamento público e coletivo (através de compra antecipada) e contou com uma equipe de muito talento. A cantora, escritora, compositora e produtora musical Socorro Lira assumiu a direção artística; o multi-instrumentista e compositor André Siqueira assina a direção musical e os arranjos da maioria das músicas – outro nome fundamental e importante na ficha técnica é o da professora e violinista Cintia Zanco, arranjadora convidada em três faixas. Já a produção executiva é da própria Sílvia Borba.

O repertório tem músicas inéditas, entre as quais destacam-se duas compostas especialmente para a cantora. Uma delas é “Era de aquário”, composição da mineira Déia Trancoso. A outra é “Dona do samba”, com melodia de Frederico Henning e letra de Iara Ferreira – que escreveu os versos a partir de suas impressões sobre as participações de Silvia nas lives da Teresa Cristina. Outros nomes presentes nas autorias do repertório são Chiquinha Gonzaga, Fátima Guedes, Socorro Lira, Luís Felipe Gama, Zélia Duncan, Ana Costa, Regina Machado, Consuelo de Paula, André Siqueira, Brisa Marques e Moyseis Marques. Também destacam-se no disco participações especiais. Como as das cantoras Monica Salmaso, que atualmente percorre o Brasil em turnê com Chico Buarque e divide com Sílvia a faixa “Inhambu” (André Siqueira e Brisa Marques) e Giovanna Sanches, cantora paranaense. Já Luís Felipe Gama comparece como pianista e arranjador da faixa “Falando com ela”, parceria dele com Socorro Lira.

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Capa do álbum ‘Fala mulher’ • Silvia Borba • Selo Independente • 2022 | Gravuras/arte: Maikon Nery

DISCO ‘FALA MULHER’ • Silvia Borba • Selo Independente • 2022
Canções / compositores:
1. Atiaru (Regina Machado e Consuelo de Paula)
2. Dona do samba (Frederico Henning e Iara Ferreira)
3. Juntando cacos (Moyseis Marques) | Participação especial: Giovanna Sanches
4. Mamãe baiana (Xerém e Joraci Camargo)
5. Poesia (Teresa Cristina)
6. Flor de ir embora (Fátima Guedes)
7. Inhambu (André Siqueira e Brisa Marques) | Participação especial: Mônica Salmaso
8. Minha Senhora (Breno Ruiz e Socorro Lira)
9. Falando com ela (Luis Filipe Gama e Socorro Lira) | Participação especial: Luis Felipe Gama
10. Lua branca (Chiquinha Gonzaga)
11. Era de aquário (Déa Trancoso)
12. Saias e cor (Ana Costa e Zélia Duncan)
13. Mar de gente (Gabi Buarque)
– ficha técnica –
Sílvia Borba (voz – fx. 1-13); André Siqueira (violão – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 11, 13; violão barítono – fx. 7; flautas C – fx. 1; flautas G – fx. 1; flauta – fx. 5, 6, 13; baixo, fretless e duduk – fx. 11) | André Vercelino (percussão – fx. 1, 2, 3, 5, 6, 10, 11, 13) | Leandro Perez (percussão e voz – fx. 4 / cantiga para Oxum) | Bruno Cotrim (bateria – fx. 1, 5, 6, 10) | Nelton Essi (bateria – fx. 12) | Gabriel Zara (contrabaixo – fx. 1, 3, 5, 6, 10, 13) | Marinho Andreotti (baixo acústico – fx. 4) | Fred Henning (bandolim – fx. 2) | Guilherme Lamas (violão de 7 cordas – fx. 2, 3) | Josué dos Santos (flautas C e G, sax alto e sax tenor – fx 3) | Ana Eliza Colomar (flauta transversal – fx. 4, 12) | Fabrício Martins (piano – fx. 13) | Gustavo Surian (vibrafone – fx. 8) | Marisa Silveira (violoncelo – fx. 8) | Toninho Ferragutti (acordeon – fx. 6) || Cordas (fx. 4, 10, 12): Cintia Zanco (violino I); Carol Panesi (violino II); Newton Carneiro (viola); Marisa Silveira (violoncelo) || Coro (fx. 1, 13): Carlos Pereira, Giovanna Sanches, Guilherme Kirchheim e Marise Gomes Correa || Participação especial: Giovanna Sanches (voz – fx. 3); Mônica Salmaso (voz – fx. 7); Luis Felipe Gama (piano – fx. 9) || Arranjos: André Siqueira (fx. 1, 2, 3, 5, 6, 7, 10, 11, 13); Cintia Zanco (fx. 4, 8); Luis Felipe Gama (fx. 9) || Direção musical: André Siqueira nas faixas: 1, 2, 3, 5, 6, 7, 10, 11, 13 | Direção musical: Cintia Zanco nas faixas 4, 8 e 12 | Produção executiva: Sílvia Borba | Direção artística: Socorro Lira | Projeto gráfico e gravuras: Maikon Nery | Fotos: Samara Garcia | Gravações: Estúdio Mágico / Técnico de gravação: João Vidotti // Gravação das vozes e violão de ‘Inhambu’ Estúdio Overdub / Técnico de gravação: Felipy Andrade // Gravação de ‘Falando com ela’ Estúdio Space Blues / Técnico de gravação: Alexandre Fontanetti // Gravação dos sopros Juntando Cacos Estúdio do Tuto / Técnico de gravação: Tuto Ferraz // Gravação de violão de 7 cordas Estúdio Síncopa / Técnico de gravação: Marcelo Cecchi // Gravação da voz de Monica Salmaso em ‘Inhambu’ / Teco Cardoso || Mixagem: Estúdio Overdub / Técnico: Caio Freitas || Masterização: Thiago Monteiro | Patrocínio: Secretaria Municipal da Cultura/ Prefeitura de Londrina – Paraná | Selo: Independente | Distribuição: Tratore | Ano: 2022 | Formato: CD / Digital || #* Ouça o disco “Fala Mulher” nas seguintes plataformas musicais: Spotify | Deezer | Youtube  | **Compre o álbum!
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>> Sílvia Borba na rede: Instagram | Facebook | Youtube.

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Sílvia Borba – foto © Fábio Alcover

Sobre Sílvia Borba
Cantora e percussionista com trabalhos realizados na cidade de Londrina há aproximadamente 20 anos. Inicialmente participou de Coros da Universidade Estadual de Londrina e Festivais de Música como coralista. Do coro do campus da UEL, saiu um grupo de mulheres em 2005, com o objetivo de mostrar um trabalho musical com um toque feminino e assim nasceu o Grupo “Entretantas” com um repertório de sambas e arranjos vocais, onde a cantora se apresentou por sete anos. Participou do projeto Menestréis de Noel, aprovado pelo PROMIC em 2011. Encantada com a Cultura popular participou, também do “Grupo Balaio de Canto” – Projeto financiado pelo PROMIC – onde trabalhou um repertório de cocos, sambas de roda, carimbós e cantos de trabalho de mulheres de diferentes regiões do país, que privilegiava arranjos vocais para músicas da nossa tradição popular. O envolvimento com o samba trouxe o gosto pela percussão e assim, a cantora resolveu estudar pandeiro e para isto entrou para uma oficina de choro. Assim foi fisgada pelo universo dos chorões. Participou de dois Festivais de Música de Londrina, nas oficinas de choro, foi percussionista no grupo “Regional Vila Brasil”, em 2012, do Regional Maria Boa, em 2015 ( os dois grupos são resultantes dos estudos da oficina de Choro) e até hoje vive a musicalidade e o repertório deste estilo musical tão marcante para a cultura do país em rodas de choro que aconteciam semanalmente na cidade de Londrina. Em 2016 a cantora participou de um grupo de samba de roda chamado “Angu de Caroço” e com ele trabalhou um repertório de sambas de roda e sambas clássicos com arranjos vocais acompanhada por instrumentos de cordas e percussão. Em 2016 foi proponente, cantora e atriz amadora do projeto ‘Araca, Arquiduquesa do Encanto’, com financiamento do PROMIC, em homenagem à cantora Aracy de Almeida. Ainda em 2016, o projeto Araca foi selecionado pelo ‘Prêmio Arte Paraná’ e através deste edital participou de tournée em 6 cidades do Paraná. Em 2016 iniciou seus trabalhos com o grupo Cadência Sincopada e através dele participou do espetáculo Do Jeito que o Samba Mandou em homenagem ao cantor e compositor João Nogueira, aprovado em edital do SESC Cadeião em 2017, onde atua até os dias de hoje. Ainda em 2016 participou como cantora do grupo Regional Araucária que trabalhava choros e sambas. Participou do projeto aprovado pelo edital PROMIC 2018 Centenário do Geraldo Pereira, o Rei do Samba sincopado, também do grupo Regional Baobá como percussionista e cantora e se apresentou em vários eventos culturais da cidade. Em 2019 apresentou no FILO o espetáculo cênico-musical Cantoras do Rádio com Direção e roteiro do dramaturgo Sílvio Ribeiro. Por ocasião da Pandemia, em 2020 e 2021, participou de várias lives da cantora Teresa Cristina e promoveu lives quinzenais em suas redes sociais, sempre trabalhando repertórios temáticos. No final de 2022, lançou o álbum “Fala Mulher”.  >> Sílvia Borba na rede: Instagram | Facebook | Youtube.
Fonte: Londrina Cultura (acessado 24.5.2023).
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske


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