A montagem inédita de “Irmãs”, que estreia em 26 de junho, na Arena do Sesc Copacabana, apresenta nova versão para a narrativa da obra As Três Irmãs, de Anton Tchékhov, com atrizes negras nos papéis das três irmãs, buscando consonância com a contemporaneidade de hoje.
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As atrizes desta montagem são artistas comprometidos com a valorização da cultura afro-brasileira, narrativas de resistência e ancestralidade em projetos voltados à visibilidade de mulheres negras e às interseções entre arte, política e ecologia.
Isabél Zuaa integrou a seleção oficial do Festival de Cannes 2025 com o filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, e a convite da World Woman Foundation foi uma das vozes no painel de debate sobre identidade, impacto e diversidade nas narrativas audiovisuais globais.
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Responsável pela trilha sonora do espetáculo, o músico e compositor brasileiro de jazz Jonathan Ferr, alcançou notoriedade internacional em festivais como o Rock In Rio e o Womex, na Inglaterra.
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Em “Irmãs”, nova montagem teatral do diretor Renato Carrera, partindo da obra As Três Irmãs , de Anton Tchékhov, três mulheres negras (Dani Ornellas, Isabél Zuaa e Jamile Cazumbá) e uma branca (Alli Willow) experiências de vivências e realidades em ambiências e culturas diversas – Baixada Fluminense, Salvador, Lisboa, Lamu/Quênia, Paris e Nova Iorque –, em ancestraisidades comuns de resistência, conectando-se às suas raízes, misturando elementos da peça original de Tchékhov com questões pessoais, políticas e humanistas, rompendo paradigmas tradicionais do fazer artístico e ampliando as possibilidades da criação teatral, em meio a cenografia de um casarão em construção, buscando reflexões sobre a mulher nos tempos atuais. A estreia nacional de “Irmãs” será na noite de 26 de junho de 2025, na Arena do Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro. A temporada de “Irmãs” segue em cartaz no Rio até a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O conflito das atrizes-personagens Dani Ornellas (Olga), Isabél Zuaa (Macha), Jamile Cazumbá (Irina) e Alli Willow (Natacha), ao ensaiarem um clássico do teatro mundial, explode em um metadrama psicológico trágico, aproximando ancestralidade e atualidade, destacando a dialética temporal das personagens-atrizes em contexto histórico de transição, que proporciona reflexões sobre a vida fragmentada e as nuances do tempo.
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“Essas três irmãs são vozes que ecoam do útero mítico dessa família, mas com questionamentos humanos femininos pertinentes a qualquer época e com a profundidade das nossas memórias e vivências”, destaca a atriz e dramaturga Dani Ornellas.
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Em cena, elas discutem colorismo, feminismo, regionalidades, amor, solidão e desejos não sucumbidos em busca de uma nova vida. São personagens que nos fazem refletir sobre a vida esfacelada, sobre o passado idealizado nunca reposto, sobre um futuro utópico que o resgate da vida vazia ou sobre as mudanças que parecem operar nos bastidores de um presente de inação.
Como metadrama, a peça explora percepções do fluxo temporal e possibilidades históricas de transição. Baseada em afirmação-contraposição irônica, a ideia é unir ancestralidades e atualidades em um único tempo. A validade do discurso e a identidade de cada atriz-personagem estão sempre colocadas em questão. Sujeitos em crise que promovem uma luta sútil íntima, que para ganhar forma, põe em xeque não só as convenções do drama, como também a própria ideia de um presente de ações como a temporalidade estável.
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A versão cênica de Renato Carrera, que assina a dramaturgia ao lado de Dani Ornellas, acontece em três atos e em tempos diferentes. O primeiro ato é dividido em quatro cenas, enquanto acontece uma bateria de testes para a encenação de uma montagem de As Três Irmãs , no conflito entre atriz-personagem, as situações vêm à tona. O segundo ato acontece durante o aniversário de Irina, a irmã mais nova. No terceiro ato, final, é encerrado o quarto ato da peça de Tchékhov. A encenação busca proporcionar uma experiência sensorial ao público pelas falas das atrizes, pelas projeções, pela trilha sonora, mas também quando os espectadores adentram o teatro atravessando e vivenciando a cenografia, o ambiente da cena.
“A encenação traz as vivências dessas quatro mulheres, amigas íntimas de longa data e que mesmo distantes, cada uma em sua cidade, estão sempre juntas, realizando uma sororidade muito forte com depoimentos pessoais que dialogam muito bem com o texto do Tchékhov”, comenta o diretor Renato Carrera.
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“Irmãs” reúne um grupo de artistas, em sua maioria negra, consagrando o encontro das atrizes Dani Ornellas, Isabél Zuaa, Jamile Cazumbá e Alli Willow, sob a direção de Renato Carrera, dramaturgia de Dani Ornellas e Renato Carrera, iluminação de Daniela Sanchez, cenário de Daniel de Jesus, figurinos de Biza Vianna e Dani Ornellas, trilha sonora de Jonathan Ferr, visagismo de Joana Seibel, direção de movimento de Johayne Hildefonso e direção de produção de Gabriel Bortolini.
“A gente precisa revisitar as histórias que nos contaram para poder escrever outras, novas. Narrativas que mostraram o que foi apagado, o que nos foi negado. Realidades que sempre existiram, mas o mundo escolhido não ver. Irmãs nascem desse desejo. E isso para todos, não basta ter pretos só no palco – é preciso ter pretos também na dramaturgia, na trilha, na produção. É preciso se aquilombar em os lados. Porque só assim a gente constrói, de verdade, um outro mundo possível”, comenta o produtor Gabriel Bortolini.
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O espetáculo é uma realização da #pingoéletraproduções e REPRODUTORA. Fruto de patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – PCRJ, por meio da Secretaria Municipal de Cultura – SMC, através do edital Pró-Carioca Linguagens – Programa de Fomento à Cultura Carioca – edição PNAB e também contemplado no Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar 2024/2025. IRMÃS é o terceiro espetáculo da Brunzuncompany, precedido de FIDES = Fé em Latim e Bruzundangas, ambos de 2024.

Sinopse
Quatro mulheres de diferentes origens e vivências conectam-se às suas raízes e ancestralidades, buscando reflexões sobre a mulher nos tempos atuais, enquanto ensaiam para uma montagem de As Três Irmãs , de Tchékhov.
Ficha técnica
Direção: Renato Carrera | Dramaturgia: Dani Ornellas e Renato Carrera | Elenco: Alli Willow (Natacha), Dani Ornellas (Olga), Isabél Zuaa (Macha) e Jamile Cazumbá (Irina) | Direção de produção: Gabriel Bortolini | Iluminação: Daniela Sanchez | Trilha sonora: Jonathan Ferr | Cenário: Daniel de Jesus | Estatueta: Biza Vianna e Dani Ornellas | Visagismo: Diego Nardes e Lucas Tetteo | Assistente de visagismo: Renata Terra | Direção de movimento: Johayne Hildefonso | Assistente de direção: Fernanda Sal | Assistente de direção de movimento: Gisele Bastos | Assessoria de imprensa: Ney Motta | Programação visual: Daniel de Jesus | Fotos de divulgação: Dalton Valério | Visagismo fotos de divulgação: Joana Seibel | Interlocução teórica: Marília Guimarães-Martins | Assistentes de produção: Gabriel Lopes e Patrick Félix | Produção executiva: Luiz Schiavinato Valente | Realização: #pingoéletraproduções e Reprodutora | Um espetáculo da Brunzuncompany

Serviço
Espetáculo ‘Irmãs’
Temporada: 26 de junho a 20 de julho de 2025
Dias e horários: Quinta a sábado às 20h e domingo às 18h
Local: Arena do Sesc Copacabana
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro
Informações: (21) 3180-5226
Ingressos: R$ 10 (associado do Sesc), R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira)
Bilheteria: Funcionamento de terça a sexta das 9h às 20h, sábados, domingos e feriados das 14h às 20h.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 1h40

Minibios do espetáculo “Irmãs”
Dani Ornellas – @ornellas.dani – Atriz, diretora, dramaturga, produtora e roteirista, nascida em 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha –, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, graduada em Turismo, com formações em Alimento Vivo pela Fiocruz, Pedagogia Étnico-racial, Mulherismo Africano e Filosofia Africana, Dani Ornellas vem construindo uma trajetória potente e representativa, rompendo barreiras e ampliando narrativas no teatro e audiovisual. Desde muito cedo foi acolhida e “guiada” por mulheres expoentes, como: Maria Clara Machado, Zezé Motta, Léa Garcia e Ruth de Souza. Sua formação inclui passagens por grupos como Nós do Morro, além de parcerias com artistas como Elisa Lucinda e Hugo Moss. É uma artista comprometida com a valorização da cultura afro-brasileira e com narrativas de resistência e ancestralidade. Seu trabalho é atravessado por um olhar engajado, com foco na representatividade e na reconstrução de imaginários sobre a negritude no Brasil. Nas últimas três décadas, vem consolidando uma carreira marcante no cinema, teatro e televisão. No cinema, estreou com destaque ao vencer o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema Negro de São Paulo (2005) por Cruz e Souza, o Poeta do Desterro, e desde então atuou em mais de 25 filmes, como Filhas do Vento, Modo Avião, Cidade de Deus, Doutor Gama e Diálogos com Ruth de Souza. No teatro, brilhou em 19 espetáculos, dirigindo e atuando em montagens como Os Bruzundangas, Pedro Pedro e o Quadro e FIDES – Fé em Latim. Na TV, participou de mais de 30 produções, incluindo Subúrbia, Liberdade, Liberdade, Nos Tempos do Imperador e Pedaço de Mim, da Netflix. Em 2025, integrou o elenco da série Até Onde Ele Vai, na Univer Vídeo. Como diretora e produtora, co-produziu o documentário Diálogos com Ruth de Souza, premiado no 42º Festival do Rio, e em 2025 lança seu segundo curta-metragem, Quase da Família. Apresentou o programa “Nota Dez – A Cor da Cultura”, no Canal Futura. Seu impacto cultural foi reconhecido ao receber o Prêmio Ubuntu (2020), uma Moção Honrosa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (2021) e uma homenagem no Festival Mostra Cine Marias Corpo é Território (2022).
Isabél Zuaa – @zuaa_isabel – Artista multidisciplinar, com origens na Guiné-Bissau e em Angola, Isabél Zuaa nasceu em Lisboa. Formou-se em interpretação no Chapitô, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa e fez um intercâmbio em Artes Cênicas na UNIRIO. A sua formação como pessoa ativa e em movimento se deve a convivência, desde tenra infância, no bairro onde morou, com pessoas de países, cidades e continentes diferentes, em uma sinergia de saberes e culturas. Desde 2010, tem trabalhado em teatro, cinema, televisão e performance, desenvolvendo projetos em vários lugares do mundo. A sua pesquisa artística centra-se em dramaturgias e biografias invizibilizadas, onde o mapeamento histórico permite uma mistura entre a realidade e a ficção das narrativas, abordando aspectos decoloniais trazendo biografias silenciadas. Constrói obras que expandem territórios, cruzando ancestralidade e contemporaneidade de maneira singular. Em maio de 2025, Isabél integrou a seleção oficial do Festival de Cannes com o filme O Agente Secreto – vencedor dos prêmios de melhor direção (Kleber Mendonça Filho) – onde, a convite da World Women Foundation, foi uma das vozes em um painel de debate sobre identidade, impacto e diversidade nas narrativas audiovisuais globais. Seu ativismo atravessa a arte, reunindo ação política, investigação estética e compromisso com a memória. Foi destacada pela Powerlist da Bantumen como uma das 100 pessoas negras mais influentes da lusofonia. Fundou o Coletivo Aurora Negra e o Festival Kilombo juntamente com Cleo Diára e Nádia Yracema e é cofundadora da UNA – União Negra das Artes. Atuou em filmes dirigidos por Laís Bodanzky, Kleber Mendonça Filho, Yasmin Thayna, Felipe Bragança, Claudia Pinheiro, Flávio Flamingo, Davi Pretto, Marco Dutra e Juliana Rojas, Marcelo Gomes, Ramon Porto Motta, entre outros. O seu trabalho tem sido amplamente reconhecido com prêmios de Melhor Atriz no Festival de Sitges 2017, no Fest Aruanda 2017, Festival Zinegoak 2018, Cineuphoria 2018, no Festival de Gramado 2020, no Brazilian Medium-Length Film 2021, no Festival Rima International Awards May 2021 e no Prêmio Guarani 2022, além de menções honrosas no Festival de Gramado 2021 e no Los Angeles Brazilian Film Festival 2022.
Jamile Cazumbá – @k.zum.ba – Nascida em Salvador, Jamile Cazumbá é uma multiartista do corpo e da palavra, que transita pelas artes visuais, cênicas, curadoria, cinema e literatura. Desde 2019, dedica-se à pesquisa que nomeia de ritual-recital-performático, uma abordagem multilinguagem que investiga as memórias inscritas nos corpos de pessoas negras e suas interseções com as expressões visuais. Fundadora e coordenadora do Instituto Práticas Desobedientes e integrante do Coletivo Angela Davis, atualmente se divide com a graduação em Museologia na UFRB. Sua carreira nas Artes Cênicas começa em 2012, quando ingressa no Instituto Cultural Brasil Itália e Europa (ICBIE), na Piccola Cia de Teatro. Entre 2015 e 2016 integrou a Cia Novos Novos e o Coletivo Coato. Em 2018, iniciou carreira no audiovisual com o filme Eu, Negra de Juh Almeida, que se seguiu de: Alice de Allan Maia, A praia de Pedro Maia e Jornada dupla de Camila Gregório. Em 2022, atuou na série IndependênciaS, de Luiz Fernando Carvalho, e no longa O céu não sabe meu nome, de Carol Aó. Protagonizou o filme Estamos Tentando, de Guilherme Gomes, e participou do longa Arroz de Hauça, direção de Camila Ribeiro. Com a pesquisa ritual-recital-performático, seu primeiro solo foi ¡suspiro!, em 2019. Em 2020, participou do Festival Latino Americano de Performance com o filme experimental Eu Poderia Cantar uma Canção Agora Né?. Em 2021, lançou o filme-performance-experimental Um Transe de Dez Milésimos de Segundos que recebeu Menção Honrosa em Videoarte no II Festival Cinema Negro, Prêmio de Melhor Curta na Competitiva Baiana do XVII Panorama Coisa de Cinema e Prêmio Oficial do Júri no Festival Taguatinga de Cinema. Ainda em 2021, participou da mostra Art-Life Rituals for Radical Tenderness no ArtsEverywhere (Canadá), com I smell, delight myself, and listen: I feel the memory when the light hits the pores in my skin. Em 2022, estreou ritual-recital-performático III ou um lugar que eu digo saber inventar na Mostra Verbo da Galeria Vermelho (São Paulo), apresentado em 2023 no Centro de Investigação Artística (HANGAR), em Lisboa. Também em 2023, integrou a performance A língua sempre se dobra diante do inquestionável ou maldito, na 35ª Bienal de São Paulo.
Alli Willow – @alli_willow – Atriz, diretora e roteirista radicada no Brasil há 12 anos, Alli Willow nasceu em Paris, é francesa e americana. Filha de mãe diretora de arte e pai documentarista, Alli morou entre Lamu/Quênia e Paris/França. Em Paris, Alli se formou no Rick Odums Center International de Jazz. Com 17 anos ganhou uma bolsa de estudos e se muda para Nova Iorque/EUA, onde se formou na Lee Strasberg Film and Theater Institut, em Manhattan, e atuou nos espetáculos Bloodsports e After the fall, dirigidos por George Loros e Antigone de Anouilh, dirigido por Ralf Dickinson. Com 24 anos chega ao Brasil e desde então aqui vive, mantendo compromissos de trabalhos em outros países. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com narrativas femininas, negras e insurgentes, tanto na frente das câmeras quanto nos bastidores. Como artista engajada, participa de projetos voltados à visibilidade de mulheres negras e às interseções entre arte, política e ecologia. Seu trabalho caminha entre diferentes linguagens e territórios, sempre orientado pela liberdade criativa e pelo desejo de transformação social por meio da arte. No audiovisual, atuou em filmes como Bacurau de Kleber Mendonça Filho, Tinnitus de Gregório Graziosi, Três verões de Sandra Kogut, Yellow Cake de Tiago Mello, Criadas de Carol Rodrigues, Irmãs de Sangue de Júlia Ferreira e em séries como: O escolhido, Coisa mais linda, na Netflix, Mais leve que o Ar e Praia dos ossos na HBO, Arcanjo Re#negado, O jogo que mudou a história, Vermelho sangue e Alucinações, na Globoplay, Americana de Maurílio Martins, na Star+. Acabou de gravar, na França, um longa-metragem sobre o caso das Irmãs Papin, ocorrido em 1933 na cidade de Le Mans. Nos últimos anos, Alli tem aprofundado sua atuação como roteirista, tendo escrito três curtas – no início de 2025 dirigiu o primeiro curta – e iniciado o desenvolvimento de seu primeiro longa-metragem.
Renato Carrera – @carrera_renato – Ator, diretor, dramaturgo e educador carioca, Renato Carrera é formado pela Uni-Rio e atua com destaque no teatro contemporâneo brasileiro. É referência em teatro político, combinando sensibilidade artística com reflexão crítica. Sua carreira é marcada por um engajamento estético e político, abordando temas como diversidade, direitos humanos e identidade de gênero. Dirigiu espetáculos com forte impacto social, como: Dois Amores e um Bicho, Gisberta (2017) e Malala (2019). Sua pesquisa cênica inclui a valorização de corpos dissidentes e vozes silenciadas. Criou e atuou em O Ateliê Voador e protagonizou cinco personagens no filme Jardim do Crime. Seus trabalhos recentes incluem a direção de Guerras (2023), FIDES – Fé em Latim (2024) e Tybyra – Uma Tragédia Indígena Brasileira (2025). Recebeu os prêmios Questão de Crítica de Melhor Espetáculo e Melhor Ator, e foi indicado ao Prêmio Shell de Direção.
Jonathan Ferr – @jonathanferr_oficial – Nascido na comunidade do Morro da Congonha, em Madureira, Jonathan Ferr é músico e compositor brasileiro de jazz que alcançou notoriedade nacional e internacional. É um dos expoentes da cena contemporânea do jazz brasileiro, criador do conceito Urban Jazz, um estilo que conecta as tradições do jazz às influências urbanas contemporâneas, como o rap, o R&B e a música eletrônica. Sua música é um convite para experimentar o jazz de forma inovadora, com uma abordagem afrofuturista, psicodélica e profundamente espiritual. Jonathan começou sua jornada musical como autodidata no piano, crescendo no Rio de Janeiro, e rapidamente chamou atenção por sua habilidade técnica e sensibilidade artística. Ao longo de sua carreira, lançou álbuns que marcaram a evolução de sua proposta musical. O primeiro, “Trilogia do Amor”(2019) e depois, “Cura” (2021), um trabalho que explora a música como uma ferramenta de transformação e terapia, foi aclamado por críticos e marcou um momento de maturidade artística. No início de 2023, Ferr apresentou o álbum “Liberdade”, no qual uniu o jazz ao rap em colaborações com grandes nomes da música brasileira, como Luedji Luna, Jesuton, Rashid, Tássia Reis e Tuyo. O álbum consolidou sua posição como um artista que não teme romper fronteiras musicais. O conceito de Urban Jazz vai além da música. É um manifesto cultural que resgata as raízes do jazz como música negra e revolucionária, enquanto dialoga com questões urbanas e contemporâneas. A estética afrofuturista está presente em suas composições, trazendo uma visão de futuro onde a cultura negra ocupa o centro do palco. Esse afrofuturismo foi destaque em sua apresentação no Rock in Rio 2024, um marco em sua carreira, onde Jonathan levou o Urban Jazz para um dos maiores palcos do mundo. É conhecido por suas colaborações com artistas de diferentes gêneros. Sua música transcende estilos, criando pontes entre o jazz tradicional e as expressões culturais da juventude urbana. Ferr tem sido destaque em publicações como GQ, L’Officiel, Jornal El País, Revista Veja, Jornal Extra, Rolling Stone e UOL, que celebram sua inovação e compromisso com a arte. Além do impacto cultural e musical, Jonathan acredita no poder curativo da música. Seu trabalho é guiado pela ideia de que a arte pode transformar vidas e curar feridas emocionais. Em entrevistas, ele frequentemente descreve seu processo criativo como espiritual, usando o piano como um veículo para transmitir energia positiva e consciência.
Gabriel Bortolini – Produtor e gestor cultural desde 2004, é dedicado às áreas de cinema, teatro, eventos e música. Produtor executivo de filmes de longa-metragens, curtas-metragens, clipes e programas de TV. Em 2015 fundou a REPRODUTORA, produtora focada na multiplicação da originalidade, trabalhando com projetos desde a ideia até sua exibição. No teatro já produziu mais de 25 espetáculos, com destaque para: Oréstia, baseado na obra de Ésquilo, direção Malu Galli, O Desaparecimento do Elefante, de Haruki Murakami, direção Monique Gardenberg, A Mecânica das Borboletas, de Walter Daguerre, direção Paulo de Moraes, Outros Tempos, de Harold Pinter, direção Pedro Freire, Adeus à Carne, Seewatchlook e Trilogia Brasileira, todas de Michel Melamed e Louise Valentina, de Felipe Vidal e Simone Spoladore, Babilônia Tropical: Nostalgia do Açúcar, de Marcos Damigo e Ermi Panzo e Bita e a Imaginação que Sumiu, de Chaps Mello e Alessandra Colasanti. Também foi assistente de direção de Michel Melamed em Seewatchlook e Adeus a Carne e pra Monique Gardenberg em O Desaparecimento do Elefante. Gabriel também trabalha como produtor e preparador com destaque para o casting dos filmes como Transamazonia (Pia Marais), Kasa Branca (Luciano Vidigal), Nosso Sonho (Eduardo Albergaria), Praça Paris e O Mensageiro (Lúcia Murat), Fábrica de Sonhos (Guel Arraes e Patricia Pedrosa). Como preparador de elenco, trabalhou no longa Vilã das Nove (de Teo Poppovic) e nas séries O Jogo que Mudou a História (Globoplay) e Cidade de Deus – A Luta Não Para (1ª e 2ª temporadas, HBO). Também atuou como produtor de elenco, preparador e assistente de direção no premiado Regra 34, de Julia Murat — vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno (2022) e consagrado em mais de 30 festivais internacionais. Atualmente, é responsável pelo casting da vídeo-instalação do cineasta Isaac Julien no MASP, protagonizada por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. Em 2025, prepara o elenco da série Na Batalha, com direção geral de Sabotathi.
Reprodutora – A REPRODUTORA está desde 2015 focada na multiplicação da originalidade e da diversidade, trabalhando com projetos desde a ideia até sua exibição. Destaque para o filme “Eduardo e Mônica”, de René Sampaio, baseado na música homônima de Renato Russo, filme de sucesso de público e crítica da retomada dos cinemas pós covid em 2022, e também para POLIPOLAR SHOW, novo programa de TV de Michel Melamed com lançamento em junho de 2025 no Canal Brasil. No teatro, é responsável pela produção dos espetáculos: “Afinação-Ajuste”, de Georgette Fadel e André Sant’anna, “Púrpura” e “Para Quem Está Me Ouvindo”, de Anna Costa e Silva, “Os Últimos Dias de Gilda”, com Karine Teles e direção de Camilo Pellegrini, pela produção local de “Leopoldina: Independência e Morte”, com Sara Antunes e direção de Marcos Damigo (SP), e de “Manhã”, do Grupo Domo (DF). Em 2023, estreou “Taquicardia”, com Ana Abbott no Rio de Janeiro, e circulou com “Babilônia Tropical: Nostalgia do Açúcar”, de Marcos Damigo, pelos Centros Culturais do Banco do Brasil e “Bita e a Imaginação que Sumiu”, de Chaps Mello e Alessandra Colasanti, em cartaz há mais de 8 anos. Em 2024, produziu o espetáculo FIDES, da Bruzuncompany, no Rio de Janeiro. Em 2021, lançou ELENCO NEGRO, em parceria com o ator Fabrício Boliveira, um portal de cadastramento e fortalecimento de atores e atrizes negros do estado do Rio de Janeiro, promovendo atividades de formação e incremento de materiais de trabalho.