AGENDA CULTURAL

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ estreia no Teatro Garagem

Há Vagas para Moças de Fino Trato de Alcione Araújo fala, em tempos modernos, das relações interpessoais e das discussões sobre Humanidade, por isso a escolha da Huma Cia de Teatro em adaptar o texto. A montagem terá 4 apresentações no Teatro Garagem, no bairro Vila Romana
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Huma Cia de Teatro se apresenta no Teatro Garagem em maio e marca a estreia de Fulvio Filho na direção teatral. Texto reflete sobre o feminino e os desafios sociais da mulher, o apagamento da autonomia feminina e saúde mental.

A obra foi escrita em 1972 e ganhou versão cinematográfica nos anos 1980. Inspirada na visão que o autor, Alcione Araújo, tinha de uma janela vizinha ao seu apartamento, a qual evidenciava um ambiente feminino. Essa imagem corriqueira serviu de mote para o texto, uma narrativa psicológica dos traumas amorosos que permeiam o cotidiano de três mulheres bastante diferentes. Gertrudes, uma senhora que aluga vagas em sua pensão e suas inquilinas: Lúcia e Madalena.
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Essas personagens atemporais simbolizam um apanhado das diversas faces do caráter humano. Elas experimentam a solidão, o desejo, compartilham do mesmo medo do mundo, dividem inseguranças, brigam, fazem as pazes, sofrem por amor e sonham juntas. Neste emaranhado de emoções existe apenas um desfecho possível: a dúvida. A história dessas três mulheres se mistura a tal ponto que o público é levado a se questionar sobre o que é real ou não.

“É neste contexto, entre o real e o imaginário, que “Há vagas” vai se estabelecer e criar com o público uma conexão direta e empática.”, diz o diretor Fulvio Filho.
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“Há Vagas para Moças de Fino Trato é um estudo psicológico do sofrido convívio de três mulheres e dos seus traumas. Morando na mesma pensão, essas mulheres diferentes entram em choque e através de situações corriqueiras e cotidianas, desafiam o público a reflexão sobre o feminino e os desafios sociais da mulher, além de dar foco à questão da saúde mental, uma vez que o real e o imaginário fazem parte da narrativa.”, complementa Alana Gardin.

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ – Huma Cia. de Teatro – foto: Marcos Alonso

Sinopse
Não há mais vagas. Nem para o Joaquim, se ele quiser voltar. Gertrudes, a dona da pensão, diverte-se fazendo comidinhas e chás para espantar a solidão do cotidiano. Madalena é uma mulher sensual, enfermeira durante o dia e à noite, diverte-se com seus vários amantes. Lúcia, entre uma mentira e outra, se perde entre a fantasia e a realidade de encontrar um príncipe encantado. Juntas, essas três mulheres de origens e almas diferentes debatem-se, divertem-se, brigam e se amam em uma história que mistura o real e a fantasia.

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ – Huma Cia. de Teatro – foto: Marcos Alonso

Ficha Técnica
Direção – Fulvio Filho | Assistente de direção – Alana Gardin | Iluminação – Nicolas Marchi | Sonoplastia original – André Sakajiri | Contrarregragem – Carolina Purini | Maquiagem – Kelly Alberto | Fotografia – Marcos Alonso | Figurinos – Huma Cia. de Teatro | Elenco – Alana Gardin, Angela Valentin, Rô Carrasco | Assessoria de imprensa – Adriana Monteiro / Ofício das Letras.

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ – Huma Cia. de Teatro – foto: Marcos Alonso

Serviço
Há Vagas para Moças de Fino Trato
Onde: Teatro Garagem (R. Silveira Rodrigues, 331 – Siciliano, São Paulo – SP, 05048-070) / 50 lugares
Datas:
Maio – 24 e 26/5 / 2025
Maio/Junho – 31/5 e 2/6
Sábados às 21h | Segundas-feiras às 20h
Preços
Inteira R$ 66,00
Meia entrada R$ 33,00
Compras online Sympla: clique aqui
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Mais informações: @huma.ciadeteatro

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ – Huma Cia. de Teatro – foto: Marcos Alonso

Huma Cia de Teatro
Da junção de artistas emergentes com anos de experiência no cenário cultural, nasce em 2024 a Huma Cia de Teatro. A premiada cena “Miséria” é o projeto inaugural da Cia e estabelece a investigação do grupo no trabalho de repertório dramatúrgico. Sua estreia no Festival de Santos FESCETE em junho/24, resultou em 3 prêmios: 3ª Melhor Cena, Melhor Diretor para Nicolas Marchi e Melhor Atriz para Alana Gardin, com cenas de “Terror e Miséria no Terceiro Reich”, de Bertolt Brecht. “Miséria” segue em participações pelos festivais do Brasil. Dando sequência com a pesquisa de repertório dramatúrgico de vanguarda, neste momento, a Huma estreia duas peças longas:”Há Vagas para Moças de Fino Trato”, com direção de Fulvio Filho e “Asilo para mulheres lunáticas ou um ensaio sobre Sonias” – contemplado pelo PNAB 2025 -, com direção de Nicolas Marchi, mesmo diretor de “Miséria”.

Espetáculo ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’ – Huma Cia. de Teatro – foto: Marcos Alonso

MINI BIOS

Alana Gardin
Alana Gardin é atriz, diretora e jornalista. Nos palcos, destaca-se o trabalho: “Miséria”, com direção de Nicolas Marchi, onde foi reconhecida com o prêmio de Melhor Atriz no Fescete 2024 (Santos/SP) pela Huma Cia. de Teatro, da qual é fundadora e sócia. Também como atriz, esteve nos espetáculos: “Deu Ruim” uma comédia de Natan Bandeira (em cartaz nos Teatros Paiol e Jardim Sul entre os anos de 2021-2022), “A Ordem Secreta dos Elefantes Brancos” de Renan Mozzer (2º lugar no FESTEVI em 2022), Agreste de Newton Moreno (com participações em festivais pelo interior de São Paulo e prêmios de Melhor Espetáculo entre os anos 2013 a 2015), “Otelo”, com direção de Alexandre Caetano (2011 a 2013), Arlequim servidor de dois amos de Carlo Goldoni, com direção de Renato Bispo (2012). No audiovisual atuou no curta-metragem “Aposta Feita” de Franco Sivina (2012) e no vídeo clipe “Vício” da banda No Ducky (2009). Como diretora e preparadora de elenco, conduziu os trabalhos acadêmicos do CEUNSP “O Despertar da Primavera” (2015), “Nossa Cidade” (2015) e a série “Nicolas” com direção de Jackson Webe e Jessica Pedroso (2014). É formada Bacharel em Artes Cênicas e Teatro Licenciatura pelo CEUNSP em 2015; e Comunicação Social pelo Centro Educacional Anhanguera em 2021. Estuda técnicas de TV e Cinema na Academia de Atores com Paulo Emílio Lisboa e a Técnica Chubbuck de atuação com Raíto Di Caetania.

André Sakajiri
André Sakajiri é formado pelo Teatro-escola Célia Helena. Em seus 18 anos de carreira, possui um currículo bem diversificado no teatro, passando por dramas (“Um Amor de Renúncia” de Chico Xavier, dir. Lucienne Cunha), comédias (“Amor I Love Broadway “de Josinaldo Filho, dir. William Sancar), infantis (“As Três Irmãs de Platapel” da Cia. Caxote, “O Bloco do Povo Encantado” texto e direção Gisela Arantes) e musicais (“Refúgio, o Musical” de Alexandre Biondi). Já atuou em curtas-metragens, como “Verona” de Marcelo Caetano e trabalhou como dublador em “LA Ink” e Pesca Mortal do canal Discovery. Também é cantor e músico há mais de 20 anos, participando de diversos corais (como Coral ESPM e Coral Filarmônico Ikeda do Brasil), bandas e projetos solo. Já dançou jazz, flamenco, street dance, treinou circo e tecido acrobático, além de participar em projetos de arte-educação como “De Bem com a Via” da Ecovias, “Caminhos para a Cidadania” da CCR, e “Água: Nascente Criativa” e “O Bloco do Povo Encantado” da Umiharu Produções

Angela Valentin
Atriz desde 2001, iniciou sua carreira no teatro amador participando de diversos festivais pelo Brasil, conquistando prêmios como melhor atriz e atriz coadjuvante. Ao longo desses anos, já fez mais de 20 peças, sendo algumas delas “A Senhora dos Afogados” de Nelson Rodrigues, “Até que a Morte os Separe” texto inspirado nas obras de Martins Pena e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Em 2015 apresentou programas internos para empresas como Natura e Via Varejo, sendo chamada a partir daí para campanhas e para ser âncora do “Programa de Casal” na Faculdade Metodista. No audiovisual, atuou em séries como “Marcelo, Marmelo, Martelo” exibida pela Paramount+, “Coisa Mais Linda” exibida pelo Netflix e “171 Negócio de família”, exibida pela Universal Channel. E também longas como “A Melhor mãe do mundo” e “Clube das Mulheres de Negócios” direção de Anna Muylaert, “Todos Nós 5 milhões” direção de Alexandre Mortágua e “O filme dos Espíritos” direção de André Marouco. Teve o prazer de participar de novelas como, “Um lugar ao sol” (TV Globo), “A Escrava mãe” (Rede Record) e “Amor à vida” (TV Globo), além de ser protagonista em várias campanhas publicitárias como Walmart, Telhanorte, Prefeitura de SP e Sabesp.

Fulvio Filho
Fulvio Filho é ator e diretor, formado pelo Célia Helena Centro de Artes e Educação em 1994. Tem em seu currículo importantes personagens em mais de 30 anos de experiência em obras relevantes, como “12 Homens e Uma Sentença” e “Papa Highirte de Vianinha”, ambas montagens do grupo TAPA, direção de Eduardo Tolentino, e “O Pai”, vencedor dos prêmios Shell e Bibi Ferreira, com direção de Léo Stefanini. Outras obras de destaque são “Um Grito Parado no Ar de Gianfrancesco Guarnieri”, “O Pedido de Casamento”, com direção de Léo Stefanini, “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna, direção de Edinaldo Freyre, “Não sou Bistrô”, de Paulo Emílio Lisboa, Direção de Léo Stefanini, “Pelos Ares de Diogo Camargos”, direção de Diogo Camargos, “Hotel Tennessee” , compêndio de obras de Tennessee Williams adaptadas por Ana Lys e Brian Penido, direção de Ana Lys e Brian Pedido, “Push Up de Roland Schimmelpfennig”, direção de César Batista, “Escola de Mulheres” com direção de Clara Carvalho, e a opereta “O Morcego” de Strauss, direção de William Pereira no Theatro Municipal de São Paulo. No cinema atuou na língua francesa no longa “Wanderlust” de Marco Matheus. Atualmente está na direção do espetáculo “Há Vagas para Moças de Fino Trato” da Huma Cia. de Teatro.

Nicolas Marchi
Nicolas Marchi é iluminador, diretor e ator. Estudou Artes Cênicas no CEUNSP entre 2010 a 2012, e foi lá que começou suas pesquisas como iluminador. Já assinou como iluminador mais de 20 obras e durante 10 anos (2013 a 2023) foi o iluminador principal da São Paulo Companhia de Dança, em turnê pelo Brasil e no exterior. Foi premiado como melhor iluminação no VI Festeatro 2012, pela peça “Bem me quer, mal me quer”. Como diretor de fotografia e iluminação, assinou as obras “Reflexos de um tempo presente | Dança Hoje” e “Cantares e dançares”, ambos da SPCD e como diretor teatral teve sua estreia com o espetáculo “Miséria” da Huma Cia. de Teatro, onde se destacou com o prêmio de melhor direção e 3º melhor espetáculo no Fescete 2024. Sua experiência nos palcos, como ator, em obras como “Otelo”, “Agreste”, “Bem me quer, mal me quer” e “TPM – Fases de uma mulher” resultou em prêmios por diversos festivais como Festeatro, Mapa Cultural Paulista e Festival de Teatro de Sumaré, além dos espetáculos “Pés de Lótus” (contemplado pelo prêmio estímulo de cultura, montagem e circulação do espetáculo pela cidade de Jundiaí em 2012) e “O Navio Negreiro” (contemplado pelo edital nº 12 – circulação de espetáculo de artes cênicas para artistas residentes em municípios com 50 mil habitantes ou menos no estado de São Paulo em 2012).

Ro Carrasco
Atriz profissional formada em 1998 pelo Teatro-Escola Célia Helena. Também participou do Núcleo de Estudos Grupo Tapa com Guilherme Santana e Brian Penido Ross. Atualmente, faz parte da turma de Interpretação para Cinema e Tv com Paulo Emílio Lisboa na Academia de Atores e estuda a “Técnica do Ator”, curso com Marina Rigueira, tendo como base o Método da Ivana Chubbuck. (2021), a qual estuda até o momento, hoje sob a supervisão de Raito di Caetania. No teatro, se destacaram os projetos “Proibido Criança” de Paulo Emílio Lisboa (2022) e “O Pedido de Casamento” de Tchekhov sob a direção de Léo Stefanini (2006). No audiovisual atuou nos curtas “Encontro” dirigido por Paulo Emílio Lisboa(2023) e “D” A Casa de Deus, roteiro e direção de Paulo Tripitelli (2022), que ganhou o FilmWorks Filme Festival/2023. E nos longas “O Mundo Que Eu Conheço Lá Não Existe Mais” de Thiago Luciano (2023), protagonizado por Lucy Ramos e Du Moscovis e “Apanhador de Almas” dirigido por Fernando Alonso e Nelson Botter Jr (2022)

Tata Nascimento
Tatá Nascimento é atriz, bacharel em Artes Cênicas e licenciada em Teatro pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP). Atualmente é membro dos grupos Núcleo Híbrido de Pesquisas Cênicas e Huma Cia de Teatro. Ao longo de sua trajetória, investiu constantemente em aperfeiçoamento, participando de cursos e workshops com profissionais renomados, incluindo Blanca Rizzo, Silvana Abreu e Andréas (Teatro du Soleil), além de formações em dramaturgia corporal, mímica, cenografia e maquiagem cinematográfica. Reconhecida por seu talento, conquistou diversos prêmios, incluindo Melhor Atriz pelos espetáculos Luiza, ou sobre uma canção que ela nunca poderia cantar e Otelo, além de prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Figurinista, em vários festivais de teatro. Tatá possui uma expressiva experiência teatral, atuando em montagens como Agreste, Otelo em Pedaços, Rapunzel Onde Nasce a Primavera e Relatos Elis Regina, além de ter exercido funções como assistente de direção e sonoplasta. Seu trabalho se estende para projetos sociais, promovendo a inclusão por meio do teatro. Com uma carreira marcada por manifestações e dedicação, Tatá Nascimento se destaca no cenário teatral, contribuindo para a valorização da arte cênica.

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