domingo, agosto 24, 2025

Dorina lança álbum ‘É samba!’

É samba! é Dorina, “é ter pé no chão no quintal”, “cadência e compasso com peito macio que nem acaçá”. Os trechos da composição Cura de vó, de Manu da Cuíca e Ana Costa, ressoam com a trajetória de Dorina, celebrando 30 anos de carreira com o novo álbum É samba!. Se o samba é muitas coisas, é verdade que representou a cura para Dorina após 9 anos sem gravar um disco.
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Sua voz encontra a poesia de grandes compositoras e compositores do gênero, e ouvir Dorina é sentar pertinho do samba, dos ventos ancestrais, dos sentimentos que sua voz convida a experimentar. “Voltar compor sorrir cantar”, segundo Caso encerrado, de Luciano Bom Cabelo, Binho Sá e Júnior Dom, representa a superação de um caso de amor. Talvez o amor pelo samba seja o que se vê, a resiliência das águas e a força na batalha, com a beleza que Oxum empresta. Belo é o Centro do coração – de Moacyr Luz, Aldir Blanc e Vitor Martins – como o Rio suburbano de Dorina que passeia pelo centro da cidade e viaja até a Bahia, entre um sabor e outro, ou um saber e outro.
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Além de intérprete, Dorina é uma ativista do subúrbio, do samba, dos seus significados e simbolismos, da independência feminina e artística, da pele preta, e isso se reflete em sua biografia e na escolha de composições como Copa camelô, É vida que segue (por que não?) e Força do samba, que “penou para chegar até aqui”, composição inédita assinada por Luiz Antonio Simas e Suriel. E se “o mundo mais lindo só tem em pedra pequenina”, como diz a canção Tempo velho, de Douglas Germano, Dorina pavimenta seu caminho com a colaboração de valiosos artistas que fazem esse disco possível, bem como uma obra honesta e feliz.
Jessé Castilho (educador, escritor e pesquisador)

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Dorina, por Valéria Martins

Sobre Dorina
Dorina, nascida em Irajá, é uma cantora de samba com 30 anos de carreira, reconhecida por sua voz marcante e por relevantes contribuições à música brasileira. Ganhou destaque já em seu álbum de estreia, Eu Canto Samba (1995), pelo qual recebeu o Prêmio Sharp de – Melhor cantora revelação de samba –. Desde então, lançou discos aclamados como Samba.com, Sambas de Almir, Samba de fé e Sambas de Aldir e ouvir.
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Criadora do bloco Mulheres de Zeca e idealizadora do Encontro Nacional e Internacional das Mulheres na Roda de Samba, Dorina tem se dedicado à valorização da presença feminina no universo do samba. Durante a pandemia, manteve forte conexão com seu público por meio de lives e encontros virtuais.
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Entre suas diversas homenagens e reconhecimentos, recebeu os prêmios Grão de Música (2021) e Inspirar (2022), além das medalhas Chiquinha Gonzaga (2001) e Dona Ivone Lara (2025).
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Ao longo da carreira, dividiu o palco com grandes nomes da música brasileira, como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Wilson Moreira, Wilson das Neves, Walter Alfaiate, Paulinho da Viola, Arlindo Cruz, Dona Ivone Lara, Nilze Carvalho, Mart’nália, Monarco, Mauro Diniz, Luiz Carlos da Vila, Toninho Geraes, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Moacyr Luz, Leci Brandão, Teresa Cristina, entre outros(as).
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Em 2025, estreia o show Celebração no Espaço Cultural BNDES, em homenagem aos 80 anos de Nei Lopes, reafirmando a relevância artística e cultural, do compositor e da intérprete, no cenário do samba. No mesmo ano, circula por 9 unidades do Sesc Rio com o projeto Mulheres na Roda de Samba: Honrando as Referências e lança o álbum É Samba!, com nove faixas – cinco inéditas e quatro releituras –, sob direção musical de Paulão 7 Cordas e direção artística assinada pela própria artista e por Maury Cattermol.

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Capa do disco ‘É Samba’ • Dorina • Selo Independente/Tratore • 2025

Disco ‘É Samba’ • Dorina • Selo Independente/Tratore • 2025
Canções / compositores
1. Pato novo (Aldir Blanc, Ratinho e Abel Luiz)
2. Caso encerrado (Luciano Bom Cabelo, Binho Sá e Júnior Dom)
3. É vida que segue (por que não?). (Serginho Meriti, Rodrigo Leite e Cocão)
4. Centro do coração (Moacyr Luz, Aldir Blanc e Vitor Martins)
5. Força do samba (Luiz Antônio Simas e Suriel)
6. Cura de vó (Ana Costa e Manu da Cuíca)
7. Tempo velho (Douglas Germano)
8. Sabor da Bahia (André Cabeça)
9. Copa camelô (Marquinhos de Oswaldo Cruz e Rogério Lessa)
– ficha técnica –
Faixa 1: Dorina (voz); Ramon Araújo (violão de sete cordas); Rafael Phiodez (“Perninha”) (cavaquinho); Waltis Zacarias (cuíca, surdo e tamborim); Rodrigo Jesus (pandeiro e tamborim); Pedrinho (ganzá, prato e tantan); Marlon Sette (trombone); Angélica Ventura, Elisa Addor, Anibale e Rosi Guará (coro) | Faixa 2: Dorina (voz); Paulão 7 Cordas (violão de 6 e 7 cordas); Alessandro Cardozo (cavaquinho e banjo); Waltis Zacarias (surdo, pandeiro, tantam, ganzá e cuíca); Pedrinho (tamborim e pandeiro); Sarah Si, Yuri Rangel, Narinha, Paulão 7 Cordas e Bia Aparecida (coro) | Faixa 3: Dorina (voz); Samara Líbano (violão de 6 e 7 cordas); Nilze Carvalho (cavaco e bandolim); Pedrinho (tamborim, ganzá e pandeiro) | Faixa 4: Dorina (voz); Ramon Araújo (violão de sete cordas); Rafael Phiodez (“Perninha”) (cavaquinho); Waltis Zacarias (cuíca, surdo e tamborim); Rodrigo Jesus (pandeiro e tamborim); Pedrinho (ganzá, prato e tantan); Marlon Sette (trombone) | Faixa 5: Dorina (voz); Paulão 7 Cordas (violão de 6 e 7 cordas); Alessandro Cardozo (cavaquinho); Waltis Zacarias (surdo, pandeiro, cuíca e congas); Pedrinho (tantan, pandeiro, congas e caxixi); Fabiano Salek, Antônia Braga e Maira Martins (coro) | Faixa 6: Dorina (voz); Paulão 7 Cordas (violão de 6 e 7 cordas); Alessandro Cardozo (cavaquinho); Waltis Zacarias (surdo, pandeiro, cuíca e congas); Pedrinho (tantan, pandeiro, congas e caxixi); Marlon Sette (trombone); Fabiano Salek, Antônia Braga e Maira Martins (coro) | Faixa 7: Dorina (voz); Paulão 7 Cordas (violão de 6 e 7 cordas); Alessandro Cardozo (cavaquinho); Waltis Zacarias (surdo, congas e caxixi); Pedrinho (congas, agogô e guizos); Fabiano Salek, Antônia Braga e Maira Martins (coro) | Faixa 8: Dorina (voz); Wallace Martins (violão de 6 e 7 cordas); Rafael Phiodez (“Perninha”) (cavaco, arranjo e regência); Matheus Balbi (bateria e percussão); Ryan Alexandre (pandeiro, cuíca, timba, rebolo, caixa, repinique, agogô, tamborim e reco-reco) | Faixa 9: Dorina (voz); Wallace Martins (violão de 6 e 7 cordas); Rafael Phiodez (“Perninha”) (cavaco, arranjo e regência); Matheus Balbi (bateria e percussão); Ryan Alexandre (pandeiro, cuíca, timba, rebolo, caixa, repinique, agogô, tamborim e reco-reco) || Participações especiais: Nilze Carvalho no cavaco e bandolim, e Samara Líbano no violão de 6 e 7 cordas (faixa 3) || Direção musical: Paulão 7 Cordas | Direção artística: Dorina e Maury Cattermol | Arranjos: Paulão 7 Cordas (faixas 1, 2, 4, 5, 6 e 7) / e Rafael Phiodez (“Perninha”) (faixas 3, 8 e 9) | Produção fonográfica: Dorina, Paulão 7 Cordas e Ritmiza | Coordenação geral: Ritmiza e Dorina | Produção Dorina: Maury Cattermol e Chris Mendonça | Coprodução: Odoyá Produções | Texto de apresentação e revisão: Jessé Castilho | Capa, comunicação e encarte digital: Maury Cattermol | Fotografia: Valéria Martins | Gravado no Estúdio Umuarama – Rio de Janeiro/RJ | Mixagem e masterização: Ricardo Calafate e Ricardo Cidade | Produção: Ritmiza Produções | Selo: Independente | Distribuição digital: Tratore | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 27 de junho  | ♪Ouça o álbum: clique aqui
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> Siga: @dorinasamba 

 

Série: Discografia da Música Brasileira / Canção / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske


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