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Dopamina: as caças ao bónus e as perspectivas da neurociência

Descubra como a dopamina influencia o comportamento humano na caça ao bónus, explorando os mecanismos neurológicos por detrás da motivação e recompensa.

A caça aos bónus e a procura constante pela dopamina: Perspectivas da neurociência

A era digital que vivemos está dominada por jogos com recompensas instantâneas, o que tem provocado uma enorme procura pela comunidade de jogadores pela caça ao bónus. Essa procura acontece constantemente no online, com o mercado eletrônico a ter um papel crucial.

Mas o que será que leva os utilizadores a procurar incessantemente este tipo de recompensas em plataformas como o Vulkan Vegas? A resposta a esta pergunta está profundamente enraizada no funcionamento do nosso cérebro, em particular, na ação de um neurotransmissor, a dopamina.

Dopamina, o motor da nossa motivação

Podemos referir a dopamina como a “molécula do prazer”, mas também estaríamos a fazer uma simplificação demasiado excessiva deste importante neurotransmissor do comportamento humano. Não é apenas no prazer que este neurotransmissor tem influência, mas também está envolvida na motivação e na antecipação da recompensa.

É a dopamina que nos leva a agir em relação a algo que consideramos benéfico, como um doce, um gosto ou um bónus prometido pela plataforma de jogo online. Desta forma, quando existe a possibilidade de uma recompensa, o nosso cérebro entra em ação ao aumentar os nossos níveis de dopamina.

Psicologia do “bónus”

Todas as ofertas ou promoções que garantam algum tipo de bónus têm o propósito de oferecer algo realmente valioso ao jogador, mas existem, quase sempre, uma certa dificuldade ou uma possibilidade de não obter nada no final.

Com esta estratégia, as plataformas de jogo tentam ativar os circuitos de recompensa que existem no ser humano. Diversos estudos executados ao longo dos anos, afirmam que as recompensas que aparecem de forma imprevisível são mais eficientes na geração de comportamentos repetitivos do que as recompensas garantidas ou previsíveis. Posto isto, toda a imprevisibilidade associada aos bónus leva ao aumento dos níveis de dopamina, o que alimenta todo o ciclo de expectativa e ação.

O ser humano é impressionante, e tudo o que envolve a dopamina continua a surpreender-nos. A dopamina tem os seus níveis mais elevados não quando recebemos a recompensa, mas sim quando temos a possibilidade de antecipar essa possibilidade de receber tal recompensa. Tudo isso ajuda a entender porque é que existem comportamentos que levam à perseguição do bónus, mesmo com um custo/recompensa a ultrapassar os benefícios reais.

Mecanismos de vício

Apesar da dopamina nos indicar momentos de prazer, a caça ao bónus, se levada ao extremo, pode desencadear comportamentos impulsivos ou relacionados com o vício. Esta evidência acontece a muitos utilizadores, pois os nossos circuitos cerebrais são ativados na procura por recompensas, provocando uma dependência química.

A exposição contínua a recompensas como bónus ou promoções personalizadas pode alterar o nosso sistema dopaminérgico, o que provoca a que o cérebro se torne mais sensível a estímulos artificiais e menos sensível a estímulos naturais.

Esta dessensibilização leva à necessidade de estímulos cada vez mais fortes para provocar o mesmo efeito, alimentando um ciclo potencialmente perigoso de compulsão. A juntar a isso, a ausência da recompensa esperada pode desencadear uma queda abrupta dos níveis de dopamina, provocando sensações de frustração, irritação, ou mesmo apatia.

A importância de uma regulamentação

Apesar de falarmos da dopamina, fator central na motivação humana, existe uma possibilidade de desenvolver estratégias que consigam auto regulamentar e contrariar os principais impulsos excessivos e viciantes deste neurotransmissor.

A medicina e vários estudos tentam entender melhor, dia após dia, o comportamento do nosso sistema nervoso, promovendo o encontrar de técnicas e gatilhos comportamentais essenciais para existir um real controlo a estímulos compulsivos provocados pelas constantes formas de marketing das empresas de jogo online. Posto isto, atualmente é possível utilizar:

  • Técnicas de mindfulness (direcionar a atenção para o presente);
  • Meditação;
  • Consciencialização de gatilhos comportamentais.

Ao incorporar estes comportamentos racionais, é possível que cada utilizador consiga interromper o ciclo da dopamina provocado pela promessa de recompensas ou bónus. Desta forma, as plataformas de jogo online devem tentar educar os jogadores sobre o funcionamento do próprio cérebro e os mecanismos que estão por trás das suas estratégias de marketing digital.

A dificuldade dos comportamentos provocados pela dopamina

A caça ao bónus é um reflexo bastante direto de como o nosso cérebro reage à possibilidade de conseguir adquirir uma determinada recompensa. Ao ser alimentada pela dopamina, esta prática é realmente excitante, mas existem alguns comportamentos que se podem tornar perigosos a nível financeiro e social.

Por essa razão, é importante que todos os jogadores das plataformas de jogo online consigam compreender os mecanismos cerebrais que estão por detrás das nossas ações. Este conhecimento irá permitir manter a autonomia e a saúde mental que deve ser preservada a todo o momento nos jogos de fortuna e azar. Atualmente, a neurociência oferece ferramentas essenciais para tentar resistir ao apelo constante dos bónus que surgem a toda a hora nos ecrãs.

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