Quarenta anos após o lançamento de “Pelo sim pelo não“, Claudio Nucci e Zé Renato lançam o single inédito “A bandeira do porvir“, uma música de Milton Nascimento com letra de Márcio Borges.
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“A canção inédita de Milton Nascimento e Márcio Borges, uma joia guardada há anos por Claudio, guarda símbolos marcantes para ambos. Lapidada por Claudio ao lado de Romulo Gomes, Paulo Calasans, Rafael Lorga e Marcio Resende, teve a voz de Zé Renato gravada no estúdio de outro amigo querido, Mú Carvalho. E o fato de ser uma inédita de Milton e Marcio, duas referências gigantes da dupla, ganha um significado ainda maior.” – Maurício Gouvêa
O lançamento também celebra os 40 anos do álbum “Pelo sim pelo não” com a inclusão de “Eu sambo mesmo“, de Janet de Almeida, faixa gravada em 1985 e descartada do álbum original. O single duplo ‘A bandeira do porvir’ já está disponível nas plataformas digitais; e em breve ganha edição em vinil. É uma jornada pela história da música brasileira, mostrando a evolução musical da dupla e a riqueza de seu repertório ao longo de cinco décadas.
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O single duplo ‘A bandeira do porvir’, traz participações especiais de Márcio Resende, Paulo Calasans, Rafael Lorga, Rômulo Gomes, Carlos Bala, Luiz Avellar, Nico Assumpção, Ricardo Silveira e Serginho Trombone. Capa com fotos de Alexander Landau e Dri Gonçalves; arte de Philippe Leon.
Single ‘A Bandeira do Porvir ‘ • Claudio Nucci e Zé Renato • Selo Discobertas • 2025
Canções / compositores
1. A bandeira do porvir (Milton Nascimento e Márcio Borges)
2. Eu sambo mesmo (Janet de Almeida) / gravada em 1985
– ficha técnica –
Faixa 1 – Claudio Nucci (voz, violão e arranjo); Zé Renato (voz); Márcio Resende (flautas); Paulo Calasans (piano); Rafael Lorga (ritmo); Rômulo Gomes (baixo fretless) | Faixa 2 (1985) – Claudio Nucci (voz); Zé Renato (voz); Luiz Avellar (teclados e arranjo); Nico Assumpção (baixo); Ricardo Silveira (guitarra); Carlos Bala (bateria e percussão); Serginho Trombone (trombone) | Gravação: ? | Gravação adicional, voz Zé Renato (fx. 1): Mú Carvalho | Mixagem: Claudio Nucci (fx. 1); Claudio Farias (fx. 2) | Masterização: Florencia Saravia-Akamine | Projeto gráfico e direção de arte: Philippe Leon | Fotografia: Alexander Landau e Dri Gonçalves | Produção executiva: Marcelo Froes | Direção artística: Maurício Gouvêa e Memeca Mosckovich | Selo: Discobertas | Formato: Single digital | Ano: 2025 | Lançamento: 8 de agosto | ♪Ouça o single: youtube / spotify / deezer.
Eis, as letras
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A bandeira do porvir
(Milton Nascimento e Márcio Borges)
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o espaço, o deserto, a noite, me conhecem
vou seguindo sempre por trilhas que sobem
e outras que descem
meus olhos lá no céu veem a nuvem desfraldar ao léu
uma bandeira que ela mesma borda e pinta
aqui na estrada eu sou a espada, o papel
e sou a tinta
que vai pintar na casa dos ventos
a bandeira do porvir
porque o que está por vir é só chamar
virá como flechas caindo sobre o mar amanhã
o verbo ser, o verbo amar, amanhã
guardar este tesouro no bosque da saudade
o amor é sempre o melhor lugar
pra quem quer se abrigar da tempestade
com tal bandeira nas mãos
vou ao encontro dessas fontes
no penhasco das sombras
com a força do meu braço,
a firmeza do meu arco
construir outro amanhã
na forja dos guerreiros
caminhar com você
até o fim de nossa rua
que o nosso caminhar com certeza
recebeu benção da lua
–*–
Eu sambo mesmo
(Janet de Almeida)
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Há quem sambe muito bem
Há quem sambe por gostar
Há quem sambe por ver os outros sambar
Mas eu não sambo para copiar ninguém
Eu sambo mesmo com vontade de sambar
Porque no samba eu sinto o corpo remexer
E é só no samba que eu sinto prazer
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Há quem não goste de samba, não dá valor,
não sabe compreender
O samba quente, harmonioso e buliçoso
Mexe com a gente e dá vontade de viver
A minoria diz que não gosta mas gosta
E sofre muito quando vê alguém sambar
Faz força, se domina, finge não estar
Tomadinho pelo samba, louco pra sambar
–*–
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Single.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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