Em sua trajetória, o Água de Moringa tem se destacado por sua versatilidade. Com o mesmo espírito chorão dos músicos do Rio de Janeiro do final do século XIX, que criaram uma nova linguagem e uma nova escola a partir de suas experiências em tocar a música que chegava da Europa, o grupo em seu repertório revisita tanto os compositores tradicionais e pioneiros quanto os autores que às suas maneiras deram contribuições para o desenvolvimento do choro nos séculos que se seguiram.
Em 2019 o Água de Moringa celebrou 30 anos de carreira. A celebração contou com o lançamento internacional de três trabalhos inéditos: um CD próprio e mais dois álbuns em parceria com Carlos Fuchs e Mariana Baltar, dedicados, respectivamente, às composições para piano solo de Fuchs, adaptadas à formação do sexteto, e à homenagem a Aldir Blanc idealizada e produzida pela ‘crooner’ do conjunto, Mariana. Nesses trabalhos as possibilidades instrumentais foram ampliadas e desdobraram-se, a partir das propostas dos arranjadores da casa – Marcílio Lopes (bandolim, bandocello e bandolim de 10 cordas), Jayme Vignoli (cavaquinho, cavaquinho de 5 cordas, copos), Josimar Carneiro (violões de 7cordas de nylon e de aço) e Luiz Flavio Alcofra (violão de seis, guitarra), acrescido da contribuição do próprio Carlinhos (piano, arranjos, engenharia de som, produção) – e apoiadas ainda nos timbres de Rui Alvim (clarineta, clarone, saxofones alto e soprano) e André Boxexa (bateria e percussão – pandeiro, marimba, vibrafone, bambú, chocalhos, sinos), além da voz de Mariana Baltar (responsável também pela concepção, pesquisa e produção). Enquanto que, no projeto do Aldir, visita a obra de diversos parceiros presentes na obra do letrista – João Bosco, Guinga, Cristovão Bastos (além de Vignoli, Alcofra e Carneiro)- e, no de Fuchs, funde-se à linguagem pianística em peças inéditas, o Água de Moringa segue também, em sua vertente mais original, apresentando uma vasta seleção de choros, valsas, polcas, maxixes e tudo mais, que marcaram suas apresentações desde o início das atividades, no Instituto Villa-Lobos da UniRio, em 1989, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. Além de todo o material que incorporou dos lugares e situações pelos quais passou nessas mais três décadas de música brasileira.
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No palco Água de Moringa, é Marcílio Lopes – bandolim; Jayme Vignoli – cavaquinho; Josimar Carneiro – violão; Luiz Flavio Alcofra – violão; Rui Alvim – clarinete e clarone e André Boxexa – percussão | acompanhe na rede: @agua.demoringa

SERVIÇO
Saraus da Carioca | Água de Moringa
Data: 21 de maio/2025
Horário: 19h00
Local: Casa do Choro – Auditório Radamés Gnattali
Endereço: Rua da Carioca, 38, Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira)
Capacidade: 100 lugares
Ingressos, sympla: clique aqui.
* Casa do Choro: Site / @casadochoro
Casa do Choro
“O choro é a alma musical do povo brasileiro”, já dizia Villa Lobos. O choro é carioca! E o Rio de Janeiro, finalmente, ganhou um espaço a altura da importância do gênero, a Casa do Choro, que reúne, na Rua da Carioca número 38, oito salas de aula, estúdio, centro de pesquisa e auditório para shows e palestras.