Carlos Drummond de Andrade
“Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! Ser ‘gauche’ na vida.”
– Carlos Drummond de Andrade, do poema “Sete Faces”/in: Alguma Poesia, 1930.
O curta-metragem de Fernando Sabino (1923 — 2004) e David Neves (1938 — 1994), lançado em 1972, mostra o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) em seu espaço, com seu jeito gauche, sua fala mansa escondendo o anarquista de 18 anos. O documentário integra o DVD – Encontro Marcado.
Sociedade
Viver em sociedade requer instinto de formiga,
presas de leão e habilidade camaleônica.
– Carlos Drummond de Andrade, em “O Avesso das Coisas”. 2007.
Assista aqui esse breve curta-metragem
Carlos Drummond de Andrade (Itabira – Minas Gerais, 1902 – Rio de Janeiro, 1987), foi poeta, contista e cronista. Autor de mais de 50 livros e alvo de inumeráveis estudos no Brasil e no exterior, é considerado um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos. Muitos de seus versos estão incorporados ao vocabulário popular, como a expressão ‘E agora José?’, título de um de seus mais famosos poemas.
Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 1923 – Rio de Janeiro, 2004) foi jornalista, escritor, editor e cineasta. Escreveu mais de 40 obras (romances, contos, crônicas, poemas, muitas adaptadas para o teatro e o cinema. Dentre elas destacam-se O encontro marcado, O homem nu, A mulher do vizinho, O grande mentecapto. Em 1960, fundou, com Rubem Braga e Walter Acosta, a Editora do Autor e, 1967, com Braga, a Editora Sabiá, responsável pelo publicação de livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
David Neves admirador da nouvelle vague e de Humberto Mauro, foi um dos idealizadores e uma espécie de “líder afetivo” do Cinema Novo. Foi crítico de cinema no jornal O Metropolitano, ajudando a concretizar o Cinema Novo como um movimento cinematográfico forte. Teve obra marcada pela abordagem lírica de personagens femininas: Memória de Helena (1969), Lúcia MacCartney, uma garota de programa (1970), Luz del Fuego (1981) e Fulaninha (1985). A este último somou-se Muito prazer (1979) e Jardim de Alah (1988), sua trilogia de crônicas sobre a zona sul do Rio de Janeiro. Em documentários focalizou personalidades da cultura brasileira e o futebol, como Flamengo paixão, de 1980. Lançou o livro Cinema novo no Brasil em 1966, e a coletânea de digressões e poemas Cartas do meu bar em 1993, onde diz que se esforçava por “atingir a essência da rotina”.
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