Instrumental

Álbum ‘Villa-Lobos Trios’ | Ricardo Castro, Antonio Meneses, Claudio Cruz e Gabriel Marin – Selo Sesc

Aos amantes de música de concerto, uma novidade: os trios de um dos maiores compositores brasileiros está agora disponível também em formato físico. “Villa-Lobos Trios”, concebido pelo violinista e maestro Claudio Cruz, traz 3 obras criadas por Villa-Lobos entre 1911 e 1918, além de um trio de cordas, de 1945, quando o compositor já era reconhecido internacionalmente. Esta é a primeira gravação completa dos Trios de Villa-Lobos.
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O termo “trios” refere-se a obras compostas para três instrumentos. No caso dos que compõem o disco, os Trios no. 1, no. 2 e no. 3 foram compostos para violino, violoncelo e piano, enquanto o Trio de Cordas é destinado a violino, violoncelo e viola.
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Tocada por brasileiros de altíssimo nível musical e ampla experiência em música brasileira e música de câmara, esta é a primeira gravação mundial completa dos Trios de Villa-Lobos, contemplando os três trios com piano (piano, violino e violoncelo) interpretados por Ricardo Castro, Claudio Cruz e Antonio Meneses, respectivamente, e o trio de cordas (violino, viola e violoncelo) por Claudio Cruz, Gabriel Marin e Antonio Meneses. Concebido pelo violinista e maestro Claudio Cruz, o disco contempla dois períodos distintos da trajetória de Heitor Villa-Lobos (1887-1959): entre 1911, época em que tinha grande influência dos compositores europeus, e 1945, momento de absoluta maturidade e consagração internacional.

Não há como negar, passados [65 anos] de sua morte, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ainda é considerado para muitos o maior e mais importante compositor brasileiro de todos os tempos. Uma referência para o meio musical, sua obra, amplamente gravada por orquestras, conjuntos camerísticos e solistas segue pulsante dentro e fora da música de concerto. Villa escreveu cerca de 1.000 composições e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter utilizado o folclore brasileiro em suas obras, tornando-se o maior expoente do nacionalismo musical brasileiro. Foi, também, através do compositor, que a música brasileira tornou-se mundialmente conhecida.
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Um trabalho tão vasto que periodicamente necessita duma luz mais dura em detalhes despercebidos de sua trajetória, como é o caso dos trios para cordas, colocados a disposição do público em gravação antológica pelo Selo Sesc no Sesc digital e nas principais plataformas de música, em janeiro de 2021. Encabeça o registro, o maestro, regente e diretor musical da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, Claudio Cruz, responsável por arregimentar a seleção ao lado de Ricardo Castro (piano) e Antonio Meneses (violoncelo) e Gabriel Marin (viola).

Os três trios com piano, cada um composto por quatro movimentos, foram escritos entre 1911 e 1918, época em que Villa-Lobos ainda buscava se afirmar no cenário musical brasileiro, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo, e sob forte influência da estética francesa. Os Trios n. 1, n. 2 e n. 3 compõe um trabalho referencial para quem se dispuser a conhecer melhor a obra do compositor, por apresentarem estética própria, mesmo tendo sido compostos num curto intervalo de 7 anos. Além disso, o que faz do disco uma gravação única é a inclusão do único Trio de Cordas (violino, viola e violoncelo) de autoria de Villa, já em 1945, período em que o músico já era reconhecido internacionalmente e consagrado na Europa e Estados Unidos.
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Além disso, conheça cada detalhe dos trios e onde estão situados dentro da trajetória de Villa-Lobos no texto abaixo assinado em parceria pela jornalista Camila Fresca e a pesquisadora musical Flávia Toni.
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Villa-Lobos Trios lançado agora em formato físico, e já está disponível nas Lojas Sesc, mas você também pode escutá-lo nas principais plataformas de áudio.

Capa do disco duplo ‘Villa-Lobos Trios’ • Ricardo Castro, Antonio Meneses, Claudio Cruz e Gabriel Marin • Selo Sesc • 2021/2025

Disco duplo ‘Villa-Lobos Trios’ • Ricardo Castro, Antonio Meneses, Claudio Cruz e Gabriel Marin • Selo Sesc • 2021/2025
Disco 1
Primeiro Trio (Rio, 1911) – Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
1. Trio nº 1: Allegro non tropo
2. Trio nº 1: Andante sostenuto
3. Trio nº 1: Scherzo – vivace
4. Trio nº 1: Allegro tropo e finale
Segundo Trio (Rio, 1915) – Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
5. Trio nº 2: Allegro moderato
6. Trio nº 2: Berceuse – barcarolla – andantino calmo
7. Trio nº 2: Scherzo – allegro vivace spiritoso
8. Trio nº 2: Final – molto allegro
Disco 2
Terceiro Trio (Rio, 1918) – Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
9. Trio nº 3: Allegro con moto
10. Trio nº 3: Assai moderato
11. Trio nº 3: Allegretto spirituoso
12. Trio nº 3: Allegro animato
Trio a Cordes (Rio, 1945) – Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
13. Trio a cordes: Allegro
14. Trio a cordes: Andante
15. Trio a cordes: Scherzo – vivace
16. Trio a cordes: Allegro preciso e agitato
– ficha técnica –
Antonio Meneses (violoncelo – fx. 1-16) | Claudio Cruz (violino – fx. 1-16) | Ricardo Castro (piano – fx. 1-12) | Gabriel Marin (viola – fx. 13-16)  | Concepção: Cláudio Cruz | Diretor de produção: Éser Menezes – Arte Matriz Soluções Culturais | Assistente de produção: Thiago Torres | Gravado, mixado e masterizado no Estúdio Monteverdi em Mairiporã – São Paulo/SP, em agosto e setembro de 2019 | Engenheiros de de gravação: Ulrich Schneider e Marcio Torres | Engenheiro de edição, mixagem e masterização: Ulrich Schneider | Textos: Flávia Toni e Camila Fresca | Projeto gráfico e capa: Alexandre Calderero | Selo Sesc | Distribuição digital: Tratore | Formato: CD digital | Ano: 2021 | Lançamento: 20 de janeiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui  | ♩Sesc digital: clique aqui |* Prêmio Concerto de Melhor CD do ano || Lançamento físico 2025 | CD duplo – físico: lançamento maio/2025 | Encarte 44 páginas, bilíngue, com textos de Camila Fresca, Flávia Toni e Irineu Franco Perpétuo || CD disponível nas Lojas Sesc.
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>> Siga: @selosesc / @maestroclaudiocruz

Claudio Cruz, Ricardo Castro e Antonio Meneses durante a gravação do álbum ‘Villa-Lobos Trios’ [foto: João Victor Cruz]
A cristalização de uma poderosa personalidade: os trios de Heitor Villa-Lobos
por Camila Fresca e Flávia Toni*
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Embora a escrita para trio de instrumentos musicais seja complexa, tendo em vista solucionar o equilíbrio e a transparência do tecido que entrelaça as três vozes, Villa-Lobos parece não ter evitado as possibilidades de enfrentar este tipo de agrupamento. Segundo seu catálogo de obras, ele escreveu sete peças com combinações diversas para três músicos. Pela ordem cronológica, e considerando primeiramente as formações que possuem instrumentos de sopro, temos uma peça para violoncelo, piano e flauta, de 1913, estreada por ele e Lucilia – sua primeira esposa – em 1915, e tendo Agenor Bens na flauta (a obra permaneceu em manuscrito e foi perdida). Um trio para oboé, clarineta e fagote foi escrito em 1921 e estreado em 1924, durante a primeira estadia do compositor em Paris. Há ainda uma Fantasia concertante, de 1953, para clarinete, fagote e piano, estreada em 1968, após a morte do autor.

Instrumentista que viveu de sua prática musical, no palco, antes do reconhecimento como compositor, Villa-Lobos tocava violoncelo, violão e piano, não se sobressaindo em nenhum deles. No entanto, pelo menos até 1930, sabemos que ele foi intérprete de seus três trios com piano em diversas ocasiões. As peças foram criadas entre 1911 e 1918, justamente o período em que, segundo Bruno Kiefer, foram compostas as obras “de alguma significação estética e/ou histórica” de Villa-Lobos antes da Semana de 1922.

Boa parte dos autores que estudaram a obra do compositor concorda que até 1922, pelo menos, a influência da estética francesa é marcante em sua produção. Em termos culturais não há como se escapar a esta chancela, haja vista, por exemplo, a expressão dilatada da presença de Darius Milhaud no Rio de Janeiro, entre 1917-18, participando de concertos e saraus de música com artistas cariocas, ouvindo e sendo ouvido por Villa-Lobos, entre outros autores e intérpretes.
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O Trio n. 1 para violino, violoncelo e piano é dos mais difíceis de se estudar a trajetória, pois pertence a um momento da vida do compositor em que a documentação é lacunar. Escrito em 1911, a obra tem os quatro movimentos tradicionais: Allegro non troppo / Andante sostenuto / Scherzo vivace – Scherzo / Allegro non troppo e Rondo final. Em sua estreia, em 1915, contou com Humberto Milano, ao violino, Oswaldo Allioni, ao violoncelo e Lucilia Villa-Lobos ao piano.
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Trata-se de uma obra de juventude e que, como afirma o pesquisador Eero Tarasti, não mantém (como os demais trios) relação estreita com a música da América do Sul. Ou seja, nesta obra não se localizam índices de brasilidade no ritmo ou nas melodias, sinais que comumente são buscados pelos ouvintes que almejam situar o compositor num dos movimentos nacionalistas do século XX. Segundo ele, essas peças poderiam ser consideradas de um impressionismo tardio, muito influenciadas por César Franck. O terceiro e especialmente o quarto movimento são mais elaborados e menos esquemáticos do que os dois primeiros. No Allegro non troppo e Rondo final, aliás, há nítida influência da Sonata em si menor para cello e piano de Brahms. Supondo que, como violoncelista, o próprio Villa-Lobos tocou muitas vezes essa obra, é possível afirmar que é neste trio que o jovem violoncelista se faz mais presente.
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O Trio n. 1 foi tocado novamente em São Paulo, no ano de 1922, a 17 de abril, tendo Leonidas Autuori ao violino, Lucilia Guimarães ao piano e Armando Bellardi no violoncelo. Em Presença de Villa-Lobos (vol.9), Alceo Bocchino relembra um ensaio dessa obra que contou com a presença do compositor:

[…] Após os primeiros ensaios particulares, Villa-Lobos quis ouvir o seu Trio. Célio Nogueira, Iberê e eu fomos, numa noite, à sua casa. Eu estava preocupado porque existem, nesse Trio, algumas passagens pianísticas complicadas. Complicadas até se descobrir o segredo delas, o jeito de sua realização. Eu havia resolvido os problemas, mas continuava apreensivo, ao mesmo tempo me perguntando por que Villa-Lobos escrevera – principalmente certa escala ascendente em velocidade – daquela maneira?! Comentando com ele esse momento da obra, aliás de grande brilho e efeito, respondeu-me sorrindo:
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“Ora, em 1911 eu não conhecia muito bem o piano!… Baseava-me, apenas, no violão.”
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O Trio n. 2 foi escrito em 1915 e tem igualmente quatro movimentos: Allegro moderato / Berceuse – Barcarolla (Andantino calmo) / Scherzo (Allegro vivace spiritoso) / Final (Molto allegro). Estreado em 1919, no Rio de Janeiro, e apresentado no primeiro Festival da Semana de Arte Moderna, a 13 de fevereiro de 1922, foi editado pela casa francesa Max Eschig em 1928, durante a segunda estadia do compositor em Paris.

Para Bruno Kiefer, este é igualmente um trio de inspiração francesa. “Em termos globais, a obra situa-se mais ou menos no pós-romantismo francês. Ouça-se, por exemplo, o último movimento com sua veemência típica de um subjetivismo exaltado, dinamizado por arabescos e figurações rápidas. De Villa-Lobos, assim como nós o conheceremos, encontraríamos, no máximo, alguns lampejos”, afirma. Para além da influência francesa, desde os primeiros compassos já se percebe que se trata de uma obra muito mais elaborada que a anterior, com uma escrita mais desenvolvida para as cordas e ritmos mais complexos.
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Escrito em 1918, o Trio n. 3 é também composto de quatro movimentos: Allegro con moto / Assai moderato / Allegretto spiritoso / Final (Allegro animato). Como no caso do segundo trio, a primeira edição se deu em Paris, pela editora Max Eschig. A peça, no entanto, já fora estreada no Brasil, a 21 de outubro de 1921, no Rio de Janeiro (Salão Nobre do Jornal do Commercio) tendo Paulina d’Ambrosio ao violino, Alfredo Gomes ao violoncelo e Lucilia Villa-Lobos ao piano. Poucos meses depois, os mesmos intérpretes tocaram-na em São Paulo, a 17 de fevereiro de 1922, no Segundo Festival da Semana de Arte Moderna.
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Plateia bem mais intimista teria escutado a obra em Paris, na casa do influente Henry Prunières, editor da Revue Musicale, segundo depoimento do pianista Souza Lima:
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Morando em Paris já há alguns anos […] entrosado naquele grande ambiente musical […] não tive dúvida em proporcionar ao nosso músico as primeiras ligações com os mestres do momento, tanto assim que o apresentei e fiz uma execução do seu 3º Trio juntamente com Raul Laranjeira (violino) e Mario Camerini (violoncelo) a Henry Prunières […] em sua residência, numa daquelas terças-feiras quando eram apresentados artistas e obras novas aos grandes mestres. Naquela tarde estavam presentes: Paul Dukas, Albert Roussel, Samazeuilh, Florent-Schmitt, Louis Aubert, Roger-Ducasse e muitos outros, que se surpreenderam com as pitorescas harmonias, com as combinações mais surpreendentes aliadas a uma perfeita fatura instrumental. Villa-Lobos foi muito cumprimentado e elogiado, mantendo diálogo com aquelas personalidades. Foi assim seu primeiro contato com os mestres franceses, o primeiro passo para um caminho que já se abria com vislumbres de consagração.

Trata-se sem dúvida de um passo além em relação ao Trio n.2, embora não haja um desenvolvimento da linguagem musical tão grande quanto a que se percebe do primeiro para o segundo trio. Ainda que dentro da estética romântica, é a obra mais madura das três, e igualmente a mais virtuosística, afastando-se de situações domésticas e exigindo intérpretes bem preparados.
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Vinte e sete anos passados após a composição do terceiro Trio, em 1945 Villa-Lobos atende a uma encomenda da Fundação Elizabeth Sprague Coolidge, entidade voltada à promoção da música de câmara através de encomendas de obras, concertos e festivais. Seu único trio para cordas – violino, viola e violoncelo – vem à luz em contexto pessoal e profissional muito diversos. Se na década de 1910, quando escreveu os trios com piano, Villa-Lobos era um compositor que tentava se afirmar nos meios musicais do Rio de Janeiro e de São Paulo, este trio é obra do compositor que se tornara o músico mais importante do Brasil. De personalidade exuberante, politicamente muito influente e reconhecido internacionalmente, iniciava um período de consagração definitiva por meio de viagens profissionais aos EUA, que se tornariam regulares até a sua morte, em 1959.
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No formato tradicional de quatro movimentos (Allegro / Andante / Scherzo (Vivace) / Allegro preciso e agitato), a obra teve sua estreia em outubro do mesmo ano em Washington, pelo Albenieri Trio.

Segundo Gerard Béhague, nesta obra Villa-Lobos “encapsula algumas de suas mais admiráveis idiossincrasias”. A peça se destaca pela riqueza melódica e combinações rítmicas que, no entanto, não possuem afinidade direta com fontes populares e folclóricas. Dentre os trios com instrumentos de cordas, este é o mais virtuosístico e pode-se dizer mesmo que o mais arrojado tecnicamente. O compositor faz uso sistemático de longas passagens em harmônicos em uníssono, reunindo geralmente dois dos três instrumentos e destacando, assim, a voz do terceiro deles – como no segundo movimento, no qual violino e violoncelo emolduram a voz da viola.
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Se encontram-se distantes no tempo no que diz respeito à sua criação, e ilustram claramente diferentes estágios composicionais do autor, os quatro trios de Villa-Lobos possuem características que podem ser aproximadas. A principal delas, talvez, diga respeito à arquitetura musical. Todas as peças possuem quatro movimentos (rápido-lento-scherzo-final) claramente desenhados conforme a tradição de trios, quartetos ou sonatas. Fica evidente que há, por trás das obras, um músico que estuda e observa peças do gênero e as toma como parâmetro para suas próprias obras.
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Em 1946, ao comentar a contribuição harmônica de Villa-Lobos para a música brasileira, o compositor Lorenzo Fernandez afirma que Villa apresenta “soluções que, longe de serem meros acasos, como a muitos se afigura, são fruto de longas e pacientes observações”. Ao traçar a trajetória do compositor até aquele momento, Fernandez acaba por fazer uma análise que se encaixa perfeitamente nas quatro obras aqui presentes:
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Só quem convive com esse grande artista, exteriormente tão desigual, é capaz de compreender a sua evolução lenta e segura, pois Villa-Lobos, desde os seus trabalhos de mocidade, em que se sente uma técnica deficiente e mão incerta, embora já se notem acentos de sua força criadora, começa uma ascensão em que a técnica vai melhorando dia a dia, vai enriquecendo-se até um período em que atinge grande complexidade, para alcançar, no momento atual [1946], uma maior simplicidade de meios e, ao mesmo tempo, grande poder de síntese e de emoção, numa cristalização total de sua poderosíssima personalidade.
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* Camila Fresca, jornalista, mestre e doutora em artes/musicologia pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
* Flávia Toni, mestre e doutora em Artes, é Livre-Docente (2004) e Professora Titular (2009) da Universidade de São Paulo.
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PERPETUO, Irineu Franco. Uma gravação histórica dos trios de Villa-Lobos. In: Revista Concerto, 3.2.2021. Disponível no link. (acessado em 5.6.2025).

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BIOS DOS ARTISTAS

Ricardo Castro – piano
Criador e Diretor-Fundador do NEOJIBA – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, Ricardo Castro estabeleceu-se na Europa em 1984, onde estudou piano com Maria Tipo e Dominique Merlet e regência com Arpad Gerecz. Premiado no Concurso da ARD de Munique, em 1987, e Geza Anda de Zurique, em 1988, tornou-se um pianista de renome internacional ao receber o primeiro lugar no Leeds International Piano Competition na Inglaterra, em 1993. Seu percurso inclui apresentações nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo como Concertgebouw de Amsterdam, Musikverein de Viena, Theatre de Champs Elysées de Paris e com renomadas orquestras, tais como a Gewandhaus Leipzig, BBC, London Symphony, English Chamber, a Filarmônica de Tóquio, a Tonhalle de Zurique, a Filarmônica de Varsóvia, a Suisse Romande e a OSESP. Hoje mantém uma atividade musical intensa e tem vários discos gravados para o selos BMG-Arte Nova e um duplo CD na Deutsche Grammophon. Regente titular e diretor artístico da Orquestra Juvenil da Bahia desde sua fundação em 2007, tornou-se em 2013 o primeiro brasileiro a receber o Honorary Memberships of the Royal Philharmonic Society, titulação iniciada em 1826 e concedida apenas 131 vezes em reconhecimento a importantes serviços prestados à Música. Foram celebrados entre outros grandes nomes da música Brahms, Wagner, Tchaikovsky, Stravinsky e Aaron Copland.

Antonio Meneses – violoncelo
Natural do Recife, Pernambuco, nasceu no seio de uma família de músicos (seu pai era 1º Trompa da Ópera do Rio de Janeiro). Começou a estudar violoncelo aos dez anos de idade, e aos 16 anos conheceu o famoso violoncelista italiano Antonio Janigro que o convidou a frequentar sua classe em Düsseldorf e mais tarde em Stuttgart, ambos na Alemanha. Em 1977, ganhou o 1º Prémio no Concurso Internacional ARD de Munique e em 1982, o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou. Apresenta-se regularmente com as mais importantes orquestras do mundo e é também um convidado regular de importantes festivais de música, incluindo Festival Pablo Casals (Porto Rico), Salzburgo, Lucerna, Viena, Berlim, Praga (Festival de Primavera), Mostly Mozart (NYC), la Grange de Meslay (festival de Sviatoslav Richter na França) e Colmar (festival de Vladimir Spivakov na França). Apresenta-se regularmente em recitais de música de câmara, tendo colaborado com os quartetos Emerson, Vermeer, Amati e Carmina. Entre 1998 a 2008, foi membro do Beaux-Arts Trio. Radicado na Suíça, além de cumprir sua agenda de concertos, ministra cursos de aperfeiçoamento na Europa, Américas e Japão, sendo também professor titular de violoncelo na Hochschule der Künste de Berna, na Suíça, desde 2007 e ministra master-classes mensais na Academia Stauffer de Cremona, Itália.  Faleceu em 3 de agosto de 2024.

Cláudio Cruz – violino
Iniciou-se na música com seu pai, o luthier João Cruz, posteriormente recebeu orientações de Erich Lenninger, Maria Vischnia e Olivier Toni. Foi premiado pela APCA e recebeu os prêmios Carlos Gomes, Bravo, Grammy, entre outros. Foi regente titular das sinfônicas de Ribeirão Preto e de Campinas. Em 2017, gravou CDs com a Royal Northern Sinfonia, em New Castle, na Inglaterra, e com o Quarteto Carlos Gomes, com obras de Carlos Gomes, Alexandre Levy e Glauco Velasquez. Gravou CDs com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, onde é diretor musical e regente titular, e lançou as edições dos Quartetos de Alberto Nepomuceno no Festival de Campos do Jordão e na Sala São Paulo. Participou do Festival Internacional de Música de Câmara “La Musica”, na Florida, e do Festival Internacional de Música e Câmara da Universidade da Georgia, ambos nos Estados Unidos. Atuou como diretor musical e regente nas montagens das óperas Don Giovanni e La Belle Helene no Theatro São Pedro. Atualmente, é regente e diretor musical da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e primeiro violino do Quarteto de Cordas Carlos Gomes.

Gabriel Marin – viola
Violista da Orquestra Sinfônica da USP, integrante do Quarteto Carlos Gomes e por muitos anos primeira viola da Orquestra Sinfônica Brasileira, Gabriel Marin nasceu em Paracicaba, interior de São Pualo. Com destacada atuação tanto na música orquestral quanto na música de câmara, representou o Brasil na Orquestra Juvenil do Mercosul e na Orquestra Jovem das Américas, atuando em concertos nas principais salas de treze países das Américas. Entre os reconhecimentos, destaque para o Prêmio Eleazar de Carvalho no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Foi violista da Orquestra Sinfônica de Odense, na Dinamarca, realizando concertos na Alemanha, participando também do famoso Festival de Verbier na Suíça em 2006. Como solista, atuou com diversas orquestras, destacando-se na Orquestra do Festival de Poços de Caldas, Orquestra de Câmara da USP e Orquestra Sinfônica Brasileira.

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Série: Discografia da Música Brasileira / Música instrumental  / Música de concerto /  Álbum.
Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

Revista Prosa Verso e Arte

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