Tutty Moreno - foto:- Isabela Espindola
Originalmente lançado em 1998*, o álbum “Forças D’Alma”, de Tutty Moreno, estreia nas plataformas digitais pela gravadora Biscoito Fino.
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O álbum do músico baiano, um dos maiores e mais prestigiados bateristas da música brasileira, reúne canções de mestres como o conterrâneo Dorival Caymmi, Luiz Eça, Aloísio de Oliveira, Egberto Gismonti, Durval Ferreira, Newton Chaves e Joyce Moreno, que também participa no violão e voz nas duas faixas compostas por ela: “Forças D’Alma” e “Baracumbara”.
“‘Forças D’Alma’ é a realização da música livre, criativa, que morou em minha mente durante um longo período. Livre no sentido de liberdade para desconstrução e reconstrução dos temas escolhidos. Recebi um convite do produtor Roberto Sant’Anna, em 1998, para gravar um álbum meu: seria um projeto para a Secretaria de Cultura da Bahia, a ser realizado com músicos baianos e foco no jazz. Roberto me deixou à vontade para escolher repertório e músicos”, conta Tutty.
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O álbum apresentaria o Tutty Moreno Quarteto, composto pelo pianista André Mehmari; o saxofonista, clarinetista e arranjador Nailor Proveta, e o contrabaixista e produtor musical Rodolfo Stroeter. “Naquela época, conheci um jovem músico de 20 anos com quem tive grande alegria de trabalhar na estreia da Orquestra Filarmônica Brasileira, fundada pelo maestro Gil Jardim. O músico a quem me refiro é André Mehmari, que muito me havia impressionado pelo talento e pela afinidade musical. André entrou com uma extraordinária colaboração no projeto: a rearmonização da maioria das músicas, e os arranjos de cordas em algumas delas. Eu já conhecia e havia tocado inúmeras vezes com Rodolfo Stroeter e Nailor Proveta, não tinha dúvidas sobre o entendimento e a colaboração criativa de ambos. E assim foi”, pontua Tutty Moreno.
“Forças D’Água” conta ainda com a participação especial de Joyce Moreno, como conta o músico baiano. “Uma outra luz não poderia deixar de estar comigo nesse projeto, não só participando, mas a quem encomendei a música que dá título ao disco. Essa luz é a minha companheira de vida, lutas, palco, cama e mesa, minha mulher, meu caminho. O resto é música”.
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A crítica especializada considerou “Forças d’Alma” como um dos mais importantes lançamentos instrumentais de 1998. A revista norte-americana JazzTimes cobriu de elogios o que chamou de “disco de jazz brasileiro”. “É uma coleção de profundas reformulações de jazz, de um punhado de músicas que representam alguns dos compositores mais interessantes e complexos do Brasil.”, definiu a publicação.
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A boa notícia é que “Forças d’Alma” deixa de ser um item de colecionador, para figurar nas principais plataformas de música.
Disco ‘Forças D’Alma’ • Tutty Moreno • Selo Biscoito Fino • 2025
Músicas/compositores
1. A lenda do abaeté (Dorival Caymmi)
2. Alegria de viver (Luiz Eça)
3. Só louco (Dorival Caymmi)
4. Baracumbara (Joyce Moreno)
5. Samba novo (Durval Ferreira e Newton Chaves)
6. João Valentão (Dorival Caymmi)
7. Forças d’alma (Joyce Moreno)
8. A vizinha do lado (Dorival Caymmi)
9. Imagem (Luiz Eça e Aloísio de Oliveira)
10. Sanfona (Egberto Gismonti)
– ficha técnica –
Tutty Moreno – bateria | André Mehmari – piano, arranjos e regência das cordas | Rodolfo Stroeter – baixo | Nailor Proveta – sopros | Joyce Moreno – violão e voz nas faixas “Forças D’Alma” e “Baracumbara” || Cordas (nas faixas “A Lenda do Abaeté”, “Forças D’Alma”, “Imagem” e “Baracumbara”): Teodoro Salles – violino; Tatiana Onnis – violino; Alexandre Magno – violino; Ana Margarida Lima e Lima – violino; Roberto Urpia – viola; Sônia Laborda – viola; Cândida Lobão – cello | Direção musical: Tutty Moreno | Produção: Roberto Sant’Anna | Assessoria de imprensa: Belinha Almendra / Coringa Comunicação | Selo: Biscoito Fino | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 12 de junho | ♪Ouça o álbum: clique aqui // ♩Disco completo canal da Biscoito Fino.
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* Lançado em disco pelo Sons da Bahia, em 1998.
Sobre Tutty Moreno
Indicado ao Grammy Latino na categoria de “Melhor disco de jazz”, em 2008, Tutty Moreno já participou de inúmeros shows e discos emblemáticos, em mais de 60 anos de carreira. Tocou em “Transa” e “Araçá Azul”, de Caetano Veloso; “Live in London 71” e “Expresso 2222”, de Gilberto Gil; “Jards Macalé” (disco de 1972); “Sinal Fechado”, de Chico Buarque; “Álibi” e “Mel”, de Maria Bethânia, entre muitos outros. Desde de 1980 imprime o seu estilo como baterista nos discos que Joyce Moreno gravaria a partir de “Feminina”, de 1980.
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> Siga: @biscoitofino
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Série: Discografia Brasileira / Música instrumental / Jazz brasileiro / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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