sábado, outubro 5, 2024

Abel Silva lança livro de crônicas dia 10 de junho, no Belmonte do Jardim Botânico

Poeta, letrista, compositor e músico, Abel Silva está com novo livro, o 23º da carreira. “Vou te contar” pela Editora 7Letras. O lançamento será dia 10 de junho, segunda-feira, a partir das 18h, no Bar Belmonte, no Jardim Botânico. São 26 crônicas, escritas pelo poeta quando jovem e com diferentes estilos. A ideia surgiu depois de uma conversa com Roberto Menescal, amigo e parceiro de composições.
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– Ele me chamou a atenção que a gente precisa não esquecer o que fez. Fui para casa, olhei todos aqueles livros que eu tinha escrito e decidi voltar no tempo. A ideia foi resgatar o conceito de narrativas, todas diferentes, feitas por um jovem de 20 anos que era meio triste, sofria com a ditadura. – explica Abel.

“A pista”, é uma das primeiras crônicas a abrir o livro e acabou sendo adaptada e transformada no curta “P.S. Te amo”, do cineasta Sérgio Rezende, em 1977, quando ele foi aluno de Abel. Na apresentação, o jornalista Hugo Sukman revela um pouco do que o leitor vai encontrar:
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– O passeio de Abel Silva pela literatura narrativa fascina pela variedade de procedimentos. “Os peregrinos”, por exemplo, assume uma estrutura dramática – meio roteiro de filme buñueliano, peça de teatro rodrigueana – para ironizar a sociedade burguesa. “A morena do Catumbi” parece uma estranha notícia de jornal popular. No confessional “O In- pássaro no Impasse”, o tom é de ensaio literário, uma reflexão sobre a escrita, a loucura e a vida que cita explicitamente influências literárias como a outridade de Paz, a “consciência da excentricidade” de Cortázar, o “ser gauche” de Drummond, para (in) definir tudo isso. “Vertigem” é um contundente panfleto político. Há contos propriamente “literários” como “Rajah das veredas” ou “O aprendiz e o tigre” e o muito denso “Açougue das almas”, mas também um cordel – poesia “narrativa” por excelência, por isso coube neste volume de “histórias” – “O romance do cocar de penas com o boné vermelho”.

Letrista e parceiro de compositores consagrados da MPB, como Moraes Moreira, Sueli Costa e João Bosco, entre outros, e com vários sucessos no currículo, Abel é POETA, em caixa alta!! Para criar seus versos, ele costuma buscar inspiração em caminhadas pelo Jardim Botânico, bairro onde mora há quase 50 anos. Nos últimos anos, o compositor teve que lidar com a perda de alguns amigos e parceiros musicais, como Moraes Moreira, Suely Costa, João Donato e Gal Costa, que eternizou, com sua voz, o seu maior sucesso, “Festa do Interior”. Andarilho do Jardim Botânico, Abel costuma ser cumprimentado na rua como “Fala, poeta”! Recentemente deixou registrado seu depoimento nos arquivos do Museu da Imagem e do Som (MIS) e gostou da experiência.
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– A realidade foi bem melhor do que a expectativa e gostei muito dessa homenagem. Aguardem, que ainda vem mais coisa por aí. – adianta o artista que deve fazer mais um show para celebrar seus 50 anos de carreira até o final do ano.

revistaprosaversoearte.com - Abel Silva lança livro de crônicas dia 10 de junho, no Belmonte do Jardim BotânicoFICHA TÉCNICA
Título: Vou te contar
AutorAbel Silva
Editora7Letras
Prefácio/ e orelhasHugo Sukman
Foto capa/contracapaLena Trindade
Ano/ 1ª edição: 2024
Páginas: 127
Formato: 15,5 x 23cm
ISBN: 9786559056842
Valor: R$ 65,00
* Compre e o livro AQUI!
Saiba mais sobre o autorclicando aqui.
>> Siga Abel Silva@abelsilva.oficial
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“Isto tudo que escrevo de pé, neste móvel antigo onde não entra o cupim nem os dentes da maresia, estas coisas, meu amigo, são minha vida, falam de mim. Você duvida? Pois é assim. Fale de sua aldeia é a lição dos mestres -, mas o que sei eu de aldeias? A minha aldeia sou eu, e mais do que ser não careço. Magro de virtudes, caibo em meu silêncio e cansaço e sobro de meu endereço. A palavra verde, úmida de chuva e faminta de sol, brota de meu pensamento orgânico, eu tão pouco fluvial, eu oceânico.” – Abel Silva, na contracapa do seu novo livro.

revistaprosaversoearte.com - Abel Silva lança livro de crônicas dia 10 de junho, no Belmonte do Jardim Botânico
Abel Silva – foto: Lena Trindade

SOBRE O AUTOR
Abel Silva estudou na Faculdade Nacional de Filosofia e Direito, e foi editor de cultura do jornal Opinião, nos anos 1970. Depois, em 1976, fundou e editou a revista Anima, junto com José Carlos Capinam, que durou duas edições apenas. Sua primeira composição foi “Eu chego lá”, que ganhou letra de João do Vale, em 1967, mas Abel considera o início da carreira com a gravação de “Jura Secreta, que se tornou um sucesso nas vozes de Fagner e Simone, pelos idos de 1978, composta em dobradinha com Sueli Costa, que foi sua parceira há algumas décadas. Em 1981, Gal Costa gravou “Festa do Interior”, parceria de Abel e Moraes Moreira, que se tornou um dos maiores sucessos da Música Brasileira. A canção já ganhou versões em mais de 10 idiomas incluindo japonês, italiano, espanhol, finlandês, inglês e outros.
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Com mais de 300 músicas compostas, Abel conta com dois “Prêmio Sharp”, pela autoria de “Voz de mulher” (com Sueli Costa), registrada por Edson Cordeiro, e “Sempre você” (com Dominguinhos), na interpretação do parceiro. Recebeu, ainda, uma indicação ao “Prêmio Sharp” por sua composição “Amor escondido”, em parceria com Fagner, que a interpretou. Entre os últimos trabalhos estão o CD “A bel prazer – Abel Silva – Letras e canções inéditas”, lançado em 2016 pela gravadora Biscoito Fino), onde vários artistas fazem releituras de algumas de suas composições. Gente como Moraes Moreira, Sandra de Sá, Fagner, Pedro Miranda, Moacyr Luz, Leila Pinheiro e Zélia Duncan. Em 2018 foi a vez de “O encontro inédito – Roberto Menescal & Abel Silva”, também pela Biscoito Fino, com músicas da dupla interpretadas por vários convidados, como Claudia Telles, Cris Delanno, Fernanda Takai, Isabella Taviani e outros.
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Ao longo dos seus 50 anos de carreira, Abel sempre teve seu trabalho, como poeta e letrista, reconhecido. Segundo declaração de Carlos Drummond de Andrade, ele era “criador de uma poesia que se comunica e encontra expressão natural em música”, Já Glauber Rocha o definiu como “Neomodernista surpreendente, de cuca voadora”. E até a imortal Ana Maria Machado já se rende às letras de Abel: “Tem marca própria, uma visão poética original”, densa, mas cheia de alegria de viver e de um lirismo contemporâneo e sensual”,
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Como escritor, Abel lançou o primeiro livro, “O Afogado”, em 1971, seguido por “Açougue das Almas” (1974), “Asas” (1975), “Mundo delirante” (1990). Entre os mais recentes estão, “Poema ateu” (2011), “O gosto dos dias” (2015), “Fôlego” (2018) e “O caderno vermelho das manhãs” (2022), todos pela Editora 7Letras.


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