A Sala Cecilia Meireles, um espaço FUNARJ, apresenta na sexta-feira, dia 1 de agosto, às 19 horas, dentro da Série Música de Câmara, Bernardo Santos (piano) com trio de músicos do Quarteto Atlântico: Ivan Scheinvar (violino), Luiz Felipe Ferreira (viola) e Bruno Valente (violoncelo). No repertório, obras de Enrique Granados, Franz Lizst, Heitor Villa-Lobos e Camille Saint-Saëns, em diferentes abordagens da escrita pianística entre os séculos XIX e XX.
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A Temporada 2025 da Sala Cecília Meireles tem o patrocínio da Petrobras.
Bernardo Santos é um dos pianistas portugueses mais ativos da sua geração, com apresentações em mais de vinte países e em salas como a Casa da Música, Palau de la Música Catalana, Tonhalle Düsseldorf, National Concert Hall (Dublin), Sala São Paulo e Teatro Degollado (México). Como solista, colaborou com orquestras como a Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquesta Metropolitana de Barcelona, Orquestra Filarmónica do Norte da Chéquia, entre outras. Atuou sob a direção de maestros como Carlos Vieu, Ligia Amadio, Jean-Marc Burfin, Gregor Böttcher, Guilherme Mannis, Rui Miguel Marques e Sílvio Viegas. Tem discografia dedicada a compositores como Falla, Ruy Coelho, Dvorak, Saint-Saëns e Piazzolla, e mantém intensa atividade camerística e internacional.
Programa
Enrique Granados (1867 – 1916)
– Allegro de Concierto, Op. 46
Esta peça combina o romantismo lírico com elementos da música espanhola. Sua escrita pianística exuberante exige técnica apurada, com passagens brilhantes e ornamentadas. A obra reflete a influência de Chopin e Liszt, enquanto antecipa o estilo nacionalista que Granados exploraria mais tarde.
Franz Liszt (1811 – 1886)
– Duas Lendas S. 175
– São Francisco de Assis e a Predicação aos Pássaros
– São Francisco de Paula Caminhando Sobre as Ondas
Dedicadas aos dois santos, estas peças traduzem o misticismo em música através de harmonias impressionistas, texturas evocativas e um uso poético do piano, antecipando o simbolismo do final do século XIX. A primeira lenda é delicada e contemplativa, enquanto a segunda é dramática e virtuosística, refletindo a dualidade entre devoção e força sobrenatural.
Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959)
– Bachianas Brasileiras N° 4
I. Prelúdio (Introdução)
II. Coral (Canto do Sertão)
III. Ária (Cantiga)
IV. Dança (Miudinho)
Escrita originalmente para piano e depois orquestrada, esta obra mescla formas barrocas com melodias e ritmos folclóricos, como o cantochão indígena e o baião. Dividida em quatro movimentos, destaca-se “Prelúdio (Introdução)” e “Dança (Miudinho)”, fundindo erudição e tradição popular de forma genial.
— Intervalo —
Camille Saint-Saëns (1835 – 1921)
– Quarteto com Piano em Sib Maior, Op. 41
I. Allegretto
II. Andante maestoso ma con moto
III. Poco allegro più tosto moderato
IV. Allegro
Elegância clássica e expressividade romântica: estas são as características desta peça, com destaque para o Adagio do terceiro movimento. A escrita pianística, que lembra um improviso de Chopin, e o diálogo intenso com o violoncelo, criando um clima de intimidade e paixão, mostram um Saint-Saëns mais emotivo.
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Serviço
Série Música de Câmara
Bernardo Santos (piano), com trio de músicos do Quarteto Atlântico: Ivan Scheinvar (violino), Luiz Felipe Ferreira (viola) e Bruno Valente (violoncelo)
1 de agosto 2025 | Sexta-feira | 19h
Local: Sala Cecilia Meireles – Largo da Lapa – 47 – Lapa, Rio de Janeiro/RJ
Gênero: Clássicos/Concerto
Classificação indicativa: Livre
Duração do espetáculo: 1:30h
Lotação: 670 lugares
Ingressos*: R$ 40,00 e R$ 20,00
* à venda na bilheteria da Sala Cecília Meireles
Ou compra online. clique aqui.
Mais informações: @salaceciliameireles
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