quarta-feira, maio 28, 2025

‘Ainda Estou Aqui’ entra em lista de melhores filmes do New York Times

O jornal americano “The New York Times” divulgou uma lista com os dez melhores filmes de 2025 até agora. Entre os selecionados está o brasileiro “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional e do Globo de Ouro na categoria “Melhor Atriz em Filme de Drama”, entre outros prêmios. ‘Na atuação — que rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar — Torres impressiona’, escreveu a crítica Alissa Wilkinson.
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O jornal americano The New York Times nomeou “Ainda Estou Aqui” como um dos melhores filmes que as pessoas podem ter deixado passar no ano passado e começo deste ano. Junto à obra brasileira, estão os filmes “Sinners”, “Black Bag”, “Friendship”, “The Last Showgirl”, “Presence” e mais, sendo um dos únicos títulos estrangeiros na seleção.

Confira as indicações e opiniões:

‘Sinners’
Os gêmeos Smoke e Stack (ambos interpretados por Michael B. Jordan) retornam da Chicago de Al Capone para abrir um juke joint em Clarksdale, Mississippi. É então que o diabo — ou melhor, um vampiro irlandês — aparece neste filme repleto de diálogos.
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Opinião de Manohla Dargis: Dirigido por Ryan Coogler, é “uma exaltação para as telonas — uma canção apaixonada e efusiva de louvor à vida e ao amor, incluindo o amor pelo cinema. Ambientado no Mississippi sob as leis de Jim Crow, é uma fantasia que desafia os gêneros, transborda de grandes atuações, vampiros dançarinos e muitas reflexões sobre amor e história.”
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Ainda estou aqui
Ambientado no Brasil a partir de 1970, durante a ditadura militar, o drama acompanha os esforços de Eunice Paiva (Fernanda Torres) para manter a família unida e seguir atuando como ativista após a prisão e desaparecimento do marido, o deputado Rubens Paiva. Baseado em uma história real, o filme dirigido por Walter Salles ganhou o Oscar de melhor filme internacional.
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Opinião de Alissa Wilkinson: “Na atuação — que rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar — Torres impressiona. Proteger seus filhos significa encontrar alegria dentro do medo, esperança em meio à dor. Torres reveste sua performance com todas essas emoções, e seu olhar penetrante é magnético.”
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*“Ainda Estou Aqui” pode ser conferido no serviço de streaming Globoplay.

‘Black Bag’
Cate Blanchett e Michael Fassbender interpretam espiões britânicos casados, ambos encarregados de descobrir um infiltrado — que pode ser o próprio cônjuge — neste thriller de Steven Soderbergh.
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Opinião de Dargis: O filme é “elegante, espirituoso e enxuto até o osso, um quebra-cabeça vibrante e envolvente sobre espiões belos fazendo coisas extraordinárias que nós, meros mortais, só lemos nos livros — ou, com sorte, vemos nas telas. É um absurdo, mas do tipo glorioso e adulto que os críticos adoram dizer que Hollywood não faz mais.”
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‘Friendship’
Tim Robinson interpreta Craig, um sujeito simpático, com esposa e casa nos subúrbios, mas sem amigos — até que um novo vizinho descolado (Paul Rudd) se muda. Como é uma comédia de constrangimento, as coisas não vão correr bem.
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Opinião de Wilkinson: O filme é “frequentemente engraçado e sempre desconfortável… A atuação de Robinson, que às vezes parece vinda de uma dimensão paralela 3% diferente da nossa, confere a Craig ares de bomba-relógio prestes a explodir.”

‘Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl’
Na nova aventura em stop-motion do inventor Wallace e seu fiel cão Gromit, eles enfrentam o malvado pinguim mudo Feathers McGraw e um robô-anão de jardim desgovernado.
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Opinião de Dargis: O filme é “um suspense leve e divertido com toques à la James Bond.” Avança com “eficiência suave do começo sombrio e engraçado até o final suavemente pastelão, impulsionado pelos personagens e o humor doce e bobo típico do [co-diretor e co-roteirista] Nick Park.”
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‘Eephus’
Em Douglas, Massachusetts, duas equipes amadoras de beisebol se reúnem para um último jogo em um campo que será demolido para dar lugar a uma escola.
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Opinião de Wilkinson: O filme “foge completamente dos clichês do cinema esportivo, embora seja claramente um filme de beisebol. Habita um espaço entre o filme de convívio e a elegia, um tributo às instituições comunitárias que nos mantêm unidos.”

‘The Annihilation of Fish’
Nesta comédia suave, um imigrante jamaicano que se autodenomina Fish (James Earl Jones) enfrenta um demônio invisível ao chegar em Los Angeles. Lá, conhece uma mulher (Lynn Redgrave) com seu próprio companheiro invisível. O filme, de Charles Burnett, ficou inédito por 26 anos.
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Opinião de Dargis: Chamando-o de “visão profundamente humana e singular das margens”, ela escreveu: “Jones, que sustenta o filme do começo ao fim, dá a Fish uma carisma delicada que se intensifica à medida que a história avança e as emoções se aprofundam.”
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‘Caught by the Tides’
Combinando cenas de filmes anteriores com novas, o cineasta chinês Jia Zhangke acompanha Qiaoqiao e seu amante Bin, um criminoso de baixo escalão, ao longo de 20 anos.
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Opinião de Dargis: O filme é “um tour de force que é ao mesmo tempo um retrato tocante de um povo em transformação e um testamento autobiográfico, generoso e cheio de alma, de um dos maiores cineastas vivos.”

‘Presence’
O segundo filme de Steven Soderbergh na lista é uma história de fantasmas ambientada em uma casa suburbana aparentemente normal, com um filho atleta e uma filha claramente traumatizada.
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Opinião de Dargis: O passado da menina, o casamento dos pais e o ponto de vista limitado do fantasma “criam um mal-estar palpável que os cineastas ampliam até que todos estejam vibrando de tensão e as coisas fiquem estranhas. Embora haja alguns sustos típicos de casa assombrada, o efeito acumulado é mais perturbador do que assustador.”
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‘The Last Showgirl’
Quando o show de Las Vegas em que trabalha é encerrado, uma dançarina envelhecida (Pamela Anderson) luta para encontrar trabalho e se reconectar com a filha adulta, ao mesmo tempo em que encontra apoio nas amizades (incluindo uma personagem interpretada por Jamie Lee Curtis).
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Opinião de Dargis: Dirigido por Gia Coppola, o drama “conta uma história familiar de má sorte e escolhas questionáveis com delicadeza, muito amor por seus personagens e uma óbvia valorização dos altos e baixos que a idade e a beleza trazem. De escala modesta e trama solta, é um filme incomumente terno.”

* Com informações do O Globo / Uol/Flash.


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