Concertos acontecem de quinta-feira (1/mai) a sábado (3/mai) na Sala São Paulo, e terão também obras dos alemães Richard Wagner e Emilie Mayer no programa; performance de sexta (4/mai) será transmitida no canal da Orquestra no YouTube.
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A Fundação Osesp e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresentam na Sala São Paulo a Temporada Osesp 2025.
Nesta semana, de quinta-feira (1º/mai) a sábado (3/mai), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp apresenta um programa no qual dois grandes nomes da história da música, Richard Wagner e Wolfgang Amadeus Mozart, dividem espaço com uma compositora que só recentemente tem sido redescoberta: a alemã Emilie Mayer. A regência será do franco-suíço Joseph Bastian, que é maestro titular da Orquestra Sinfônica de Munique.
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O público ouvirá o prelúdio inicial da ópera Lohengrin, de Wagner; a impressionante Sinfonia nº 7, uma das oito compostas por Mayer, que viveu entre 1812 e 1883; e o transcendente Réquiem de Mozart, com o Coro da Osesp e os cantores solistas Gabriella Pace (soprano), Ana Lucia Benedetti (mezzo soprano), Rodrigo del Pozzo (tenor) e Leonardo Neiva (barítono). Vale lembrar que o concerto de sexta-feira (2/mai), às 20h, terá transmissão ao vivo pelo canal oficial da Osesp no YouTube.
Sobre o programa
Richard Wagner (1813-1883) começou a compor Lohengrin em 1845, enquanto trabalhava em Dresden como diretor musical do rei da Saxônia. A ópera estreou em 1850 em Weimar, regida por Franz Liszt, sem a presença de Wagner, exilado na Suíça por envolvimento em movimentos anarquistas revolucionários. Ele só assistiu à obra em 1861, quando esta já era um sucesso. Considerada sua ópera mais romântica de Wagner, Lohengrin narra a epopeia do cavaleiro homônimo – filho de Parsifal, guardião do Graal – em sua missão de auxílio à donzela Elsa, acusada de matar seu próprio irmão.
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Na tradição do século XIX, a imagem do compositor era a de um homem genial, rebelde e incompreendido, enquanto às mulheres cabia o papel doméstico, e suas composições raramente iam além de peças modestas e esquecidas. Emilie Mayer (1812-1883), no entanto, desafiou esse clichê. Filha de um apotecário rico, perdeu a mãe cedo e, após o suicídio do pai, usou a herança para investir em uma formação musical sólida. Nunca se casou e construiu uma carreira notável, com obras como sinfonias, aberturas e música de câmara, recebendo reconhecimento em vida. Após sua morte, caiu no esquecimento, sendo redescoberta apenas recentemente. Sua Sinfonia nº 7 combina o rigor clássico com o lirismo romântico, revelando escrita densa, bem estruturada e de forte personalidade.
O Réquiem de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), composto em seus últimos dias de vida, tornou-se uma de suas obras mais populares no século XX. Encomendado anonimamente pelo conde Franz von Walsegg, que pretendia apresentá-lo como sua própria criação, o Réquiem foi iniciado enquanto Mozart ainda trabalhava em outras óperas e só recebeu atenção integral quando ele já estava gravemente doente. Convencido de que estava compondo sua própria missa fúnebre, Mozart morreu antes de concluir a obra, que foi finalizada por seu pupilo Franz Xaver Süssmayr. Apesar das controvérsias sobre a autoria de partes da partitura, o Réquiem é amplamente reconhecido como um dos pilares do repertório sinfônico-coral, representando uma síntese notável do estilo mozartiano tardio, em que o contraponto barroco encontra uma sensibilidade quase romântica.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Coro da Osesp
O Coro da Osesp, além de sua versátil atuação sinfônica, enfatiza o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral transcriptions (Naxos, 2019). Apresentou-se em 2006 para o rei da Espanha, Filipe VI, em Oviedo, no 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, em filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e artistas de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa no elogiado Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 por Aylton Escobar, integra a Osesp desde 2000, completando 30 anos de atividades em 2024. Teve como regentes Naomi Munakata [1995-2015] e Valentina Peleggi [2017-2019]. Desde fevereiro de 2025, Thomas Blunt é seu regente titular.

Joseph Bastian regente
Joseph Bastian é regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Munique e regente principal da Orquestra Dijon Bourgogne, na França, e da Asian Youth Orchestra, realizando turnês pela Ásia e pela Europa. Como maestro convidado, mantém forte presença na Alemanha junto à Sinfônica de Bamberga, à Orquestra do Estado Bávaro, à Filarmônica de Câmara Alemã de Bremen, à Filarmônica de Dresdner e à Sinfônica de Düsseldorf, além das orquestras das Rádios de Berlim (DSO & RSB), Frankfurt (hr-Sinfonieorchester), Colônia (WDR) e Stuttgart (SWR). Na França, colabora regularmente com orquestras como as Nacionais d’Île-de-France e do Capitole de Toulouse. Nesta temporada, apresenta-se no Mozarteum de Salzburgo, na Sinfônica Nacional da Estônia, nas Filarmônicas de Liège e de Luxemburgo, na Sinfônica Yomiuri Nippon (Japão), na Orquestra de Câmara de Lausanne (Suíça), além de na própria Osesp. O franco-suíço recebeu o Prêmio Neeme Järvi no Festival Menuhin de Gstaad [2016] e o Prêmio Eugen Jochum para Jovens Maestros [2019], concedido pela Sinfônica da Rádio Bávara.

PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
CORO DA OSESP
JOSEPH BASTIAN regente
GABRIELLA PACE soprano
ANA LUCIA BENEDETTI mezzo soprano
RODRIGO DEL POZZO tenor
LEONARDO NEIVA barítono
Richard WAGNER | Lohengrin: Prelúdio do Ato I
Emilie MAYER | Sinfonia nº 7 em fá menor
Wolfgang Amadeus MOZART | Réquiem, KV 626
SERVIÇO
1 de maio, quinta-feira, 20h
2 de maio, sexta-feira, 20h [Concerto Digital]
3 de maio, sábado, 16h30
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Luz, São Paulo, SP
Capacidade: 1.388 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: De R$ 42,00 a R$ 295,00 (valores inteiros*)
Bilheteria (INTI): osesp.byinti.com
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Estacionamento: Rua Mauá, 51 | R$ 39,00 (noturno, sábado e domingo após às 12h30) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
Mais informações nos sites oficiais da Osesp e da Sala São Paulo.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação da rede pública estadual e municipal têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Sala São Paulo Digital conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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