Exílio
Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades
– Sophia de Mello Breyner Andresen, em “Livro sexto”, 1962.

No curta-metragem ‘Sophia de Mello Breyner Andresen’, João César Monteiro não biografa a poeta portuguesa. Sophia diz de modo textual no filme que detesta biografias: mais importante que a vida do artista são suas criações, as quais possuem a capacidade de revelar a beleza do mundo. Assim, com o cinema, João César Monteiro procura, por meio da ode à liberdade, a exuberância do real, busca que se encontra no cerne da obra poética da homenageada.

O vazio desenhava desde sempre a forma do teu rosto
Todas as coisas serviram para nos ensinar
A ardente perfeição da tua ausência.
– Sophia de Mello Breyner Andresen, em “Geografia”, 1967.

Curta-metragem de João César Monteiro (que então assinava como João César Santos) sobre a escritora Sophia de Mello Breyner Andresen.

Assista aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=u9-FLAEYYBo

Título original: Sophia de Mello Breyner Andresen
Realização: João César Monteiro
Assistente de realização: Jorge Silva Melo
Produção: Ricardo Malheiro
País de origem: Portugal
Roteiro: João César Monteiro
Fotografia: Abel Escoto
Som: Alexandre Gonçalves
Edição: João César Monteiro
Duração: 19 minutos
Bitola: 35 mm
Rodagem: 1969
Estreia: 31 de janeiro de 1972 (Cinema Apolo 70 Lisboa)

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Colaboração: André de Paula Eduardo

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Sophia de Mello Breyner Andresen – o navegar poético







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