São 15.508 itens sobre 193 países entre 8000 a.C e 2000 d.C.

A Biblioteca Digital Mundial, a maior ferramenta de cultura do planeta. Essa mega enciclopédia do conhecimento humano funciona em sete línguas – árabe, chinês, espanhol, francês, inglês, português e russo – e também possui conteúdos em várias outras línguas. As características dos seus mecanismos de busca foram pensadas para facilitar ao máximo as pesquisas interculturais através das diferentes épocas. Todos os milhares de temas oferecidos são acompanhados de descrições e alguns são apresentados em vídeos por bibliotecários e professores especializados, a fim de que os usuários possam situar o seu contexto. Tais ferramentas e técnicas pretendem despertar a curiosidade dos estudantes e do público em geral, com o objetivo de estimular o conhecimento do patrimônio cultural de todos os povos e países.

Concebido e preparado por uma equipe da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, o site da Biblioteca Digital Mundial da Unesco contou com a participação e a colaboração ativas da Biblioteca Alexandrina do Egito e da Fundação Biblioteca Nacional brasileira, além de outras bibliotecas nacionais e instituições culturais de dezenas de outros países.

Entre os tesouros culturais apresentados na Biblioteca Digital Mundial, estão as imagens de estelas e ossos para oráculos pertencentes à Biblioteca Nacional da China; manuscritos científicos árabes; fotografias antigas do Brasil e da América Latina; o Hyakumanto darani, uma publicação do ano 764 custodiada na Biblioteca Nacional do Japão; a famosa Bíblia do Diabo, do século 13, pertencente à Biblioteca Nacional da Suécia; obras caligráficas em árabe, persa e turco, provenientes da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Nela pode-se também encontrar a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século 16 considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das “Fábulas” de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

O site permite ao internauta orientar sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela web, sem necessidade de se registrarem. Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Alguns itens presentes na Biblioteca:

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A maldição de Ártemis – Fragmento

A maldição de Ártemis – Fragmento
Descrição: Esta antiga maldição é um dos mais antigos documentos gregos em papiro do Egito. Com data do século IV a.C., é originário da comunidade de gregos jônicos estabelecida em Mênfis, no Baixo Egito. A cultura grega passou a ser dominante em Mênfis, especialmente depois de 332 a.C., quando Alexandre, o Grande foi coroado faraó no templo do deus Ptah. No documento, Ártemis, de quem quase nada se sabe, apela para o deus greco-egípcio Seráfis punir o pai de sua filha por privar a criança dos ritos funerários e negar-lhe um enterro. Seráfis foi identificado com o touro mumificado Ápis, considerado uma manifestação de Ptah, e com o deus egípcio Osíris. Por vingança, Ártemis exige que o homem – cujo nome não é mencionado no texto – seja privado de ritos funerários semelhantes para seus pais e ele próprio. Suas palavras drásticas são um exemplo notável da grande importância da tradição dos ritos funerários gregos e egípcios. O papiro pertence à coleção de papiros da Biblioteca Nacional Austríaca, que foi montada no século XIX pelo arquiduque Rainer. Em 1899 a coleção foi doada ao imperador Franz Joseph I, que a tornou parte da coleção da Hofbibliothek (Biblioteca Imperial), de Viena. Uma das maiores coleções do gênero no mundo, a Coleção de Papiros (Coleção Erzherzog Rainer) foi inscrita no Registro da Memória do Mundo da UNESCO em 2001.

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Ventos das Quatro Direções

Ventos das quatro direções
Descrição: Este oráculo feito de osso por volta de 1.200 B.C. contém 24 caracteres em quatro grupos em um estilo vigoroso e forte, típico do grupo Bin de adivinhadores no reino de Wu Ding (circa 1200-1889 B.C.). Grava os deuses das quatro direções e dos quatro ventos. Os ventos das quatro direções refletem os equinócios da primavera e outono, os solstícios do verão e inverno, e as mudanças das quatro estações. Os quatro ventos são o vento leste, chamado Xie; o vento sul, chamado Wei, o vento oeste, chamado Yi (segundo tom em Mandarim); e o vento do norte, chamado Yi (primeiro tom em Mandarim). Constituem o sistema padrão sazonal independente concebido pelo povo Yin, e serviu como base importante para o calendário e a determinação de meses intercalados. Este item é da coleção de 35,651 exemplares de plastrões e ossos da Biblioteca Nacional da China, que constitui um quarto de todos os ossos de oráculos descobertos até à data, e considerada a melhor coleção na China.

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Bíblia do Diabo

Bíblia do Diabo
Descrição: O Codex Gigas (ou Biblía do Diabo), é um volumoso manuscrito do século XIII, da Bohemia, uma das históricas terras tchecas. Famosa por seu tamanho e sua impressionante representação do diabo, em página inteira (encontrada na página 577), contém um número de partes: o Velho e o Novo Testamento, duas obras de Josephus Flavius, Etimologias de Isidoro de Sevilha, Etymologieso livro-padrão para o ensino de medicina na Idade Média conhecido como Ars medicinae (A arte da medicina), a Chronica Boëmorum (Crônica dos Boêmios) do século XII, de Cosmas de Praga, e um calendário. De especial interesse são as seções que testemunham a origem boemia do manuscrito e sua história repleta de acontecimentos. No final do século XVI, o Codex foi incorporado às coleções do governante Rudolph II, da Casa de Habsburgo. Durante o cerco sueco de Praga, no final da Guerra dos Trinta Anos (1648), o manuscrito foi levado como troféu de guerra e transferido para Estocolmo.

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Pintura em Pedra S00176, Belém, Município do Distrito de Dihlabeng, Estado Livre, África do Sul

Pintura em Pedra S00176, Belém, Município do Distrito de Dihlabeng, Estado Livre, África do Sul
Esta pintura rupestre San representa um antílope cor de ameixa- avermelhada, de cabeça para baixo, com um sangramento no focinho e, no canto superior esquerdo, um antílope menor, pintado em amarelo, também sangrando pelo focinho. Tanto a postura de cabeça para baixo quanto as emanações nasais indicam morte. Para os San, esta morte era tanto literal quanto metafórica. Metaforicamente, a morte envolvia a passagem de um feiticeiro para o Mundo Espiritual que se acreditava existir por detrás da superfície rochosa. A pintura é do Estado Livre da África do Sul oriental, que é conhecida por suas representações de antílopes de cabeça para baixo em uma variedade de contextos incomuns. A imagem da pintura faz parte da Coleção de Arte Rupestre de Woodhouse, do Departamento de Serviços Biblioteconômicos da Universidade de Pretória. A coleção inclui mais de 23.000 slides, mapas e esboços provenientes de inúmeros locais de arte rupestre na África do Sul. Os San são povos caçadores-coletores que viveram ao longo de toda a África Austral e Oriental durante milhares de anos antes de serem expulsos por tribos africanas e colonos europeus. Os povos San continuam a viver no Deserto de Kalahari, na parte em que este cobre a Namíbia.

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Povos de várias Nações

Povos de várias Nações
Durante os quase dois séculos de contato externo restrito durante o período Edo (1600-1868), os japoneses ainda mantinham uma curiosidade sobre as culturas estrangeiras. Este mapa, publicado no início do século XIX, mostra um enorme arquipélago representando o Japão no centro do mundo. Estão presentes no mapa inserções de imagens e descrições de pessoas estrangeiras, a distância entre o Japão e suas terras, e as diferenças climáticas. Os locais indicados incluem o “País Pigmeu, 14.000 ri” (1 ri = 2,4 milhas), “País da Mulher, 14.000 ri”, e “País do povo negro, 75.000 ri.” No parte inferior direita, a América é dita ser povoada por “pessoas que são mais altas que em nosso país, brancas e lindas … quanto mais ao sul você vai, as pessoas tornam-se maiores; no extremo sul da América do Sul está Chiika-koku (país de pessoas altas).” As descrições dão a noção de conhecimento geográfico limitado e as representações estereotipadas dos estrangeiros no Japão nesse período.

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Mapa do Brasil, por John Rapkin (1851)

Brasil
Descrição: Este mapa do Brasil é um mapa de Tallis, identificável pelo estilo pergaminho nas bordas e pelas cenas ricamente ilustradas nele inscritas. John Tallis e Cia. era uma empresa britânica de cartografia que funcionou entre cerca de 1835 a 1860. O mapa foi elaborado e gravado pelo cartógrafo John Rapkin. Os mapas de Tallis eram conhecidos por seus desenhos precisos e numerosos topônimos e detalhes geográficos, bem como pela utilização de áreas sombreadas para indicar características topográficas. A beleza artesanal do mapa pode ser vista nas ilustrações coloridas dos quatro cantos que mostram “Barcos no Rio Negro” (canto superior esquerdo), “Santa Catarina” (canto superior direito), “Montevidéu” e “Cabo de Santo Antonio, Bahia” (abaixo, à esquerda), e “Rio de Janeiro” (abaixo, à direita).

Site Oficial: Biblioteca Digital do Mundo







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